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Alunos da UFRB criam animação acessível em Libras sobre o Coronavírus

Alunos dos Centros de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas e Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia criaram, em conjunto, uma animação acessível em Libras com informações importantes sobre a pandemia do Coronavírus. O vídeo é uma iniciativa do Projeto de Extensão Farol - Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Surdos na Perspectiva Sócio-Antropológica, coordenado pelo professor Anderson Siqueira e com atuação em diversos campi da Universidade. “No momento atual de pandemia, informações podem literalmente salvar vidas”, aponta o professor, ressaltando a escassez de informações acessíveis à comunidade surda a respeito da doença, inclusive dos órgãos públicos de saúde.

 

A intenção do professor era criar um vídeo que trouxesse informações visuais de fácil assimilação e que pudesse circular tanto entre surdos que utilizam a linguagem brasileira de sinais quanto entre aqueles que não a dominam. “Aí entrou a ideia de trabalhar com o cinema de animação, que é uma linguagem predominantemente visual”, ressalta. A partir dessa ideia, o docente formou parceria com a também professora da UFRB e gestora do núcleo de extensão do Cecult, Ludmila Carvalho, para realizar a animação.

 

Alunos dos cursos de Licenciatura em Artes e do Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias foram envolvidos na produção. “O interessante é que, antes da pandemia, eu estava justamente trabalhando com os discentes sobre a linguagem da animação em stop-motion. Então a atividade, além de prestar um serviço público de fundamental importância, ainda teve um caráter formativo para todos os participantes”, conta a professora.

 

Todo o processo foi feito de forma remota e colaborativa, com reuniões virtuais de planejamento e execução. Os alunos fizeram tudo a partir de suas casas: da concepção da ideia ao roteiro, a criação das ilustrações, a filmagem quadro a quadro, até a montagem e pós-produção. Cada um contribuindo em uma parte do processo, que contou ainda com a consultoria de uma pessoa surda e de uma pessoa da área da saúde.“O fato de termos obtido esse resultado em condições de trabalho longe do ideal é uma conquista”, conclui a professora.

 

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