Discurso de formatura de Engenharia Sanitária e Ambiental – 2012.1
Orador: George Dantas Leal
Cruz das Almas, 02 de fevereiro de 2013.
Se fizéssemos uma retrospectiva do semestre de 2012.1 (e diga-se de passagem, QUE SEMESTRE!!!), a uma altura desta estaríamos formados, trabalhando, em alguma outra universidade fazendo mestrado ou especialização, mas o destino nos guardou algo interessante, a data de 02 de fevereiro, um dia de fé para os baianos. Gostaria de dizer aos meus colegas formandos, que acredito que esta data é muito representativa e nos trará bastante bênçãos para os dias que virão.
Quando entramos na Universidade percebemos que se inicia algo diferente e inesquecível em nossas vidas. Especificamente para os formandos de Engenharia Sanitária e Ambiental aqui presente tudo começou em 19 de março de 2007.1, pode parecer estranho para alguns eu estar falando o “ponto um”, mas é assim que a vemos o ano passar depois que convivemos no mundo semestralizado da universidade. Foi um momento único quando todos os colegas começaram a perder os cortes que de certa forma cultivaram desde num sei quando (Erick Sebadelhe bem sabe disso), lembro ainda da matrícula onde todos tiveram a oportunidade de formar opiniões daqueles ao qual a sua visão e o seu tempo permitiram observar ( quem não enxergou, Rhuan Barreto querendo arrancar a foto da carteira de reservista para entregar e o jovem Ícaro Gandus entrando na sala, que atire a primeira pedra). Interessante como uma prova não te torna apenas universitário, pensando bem aquele vestibular nos tornou também pessoas capazes de enfrentar o mundo, sofrendo - e como sofremos por estar sozinhos - sendo que a nossa companhia a partir de agora eram pessoas que nem sabíamos que existia. Começava ali, com aquelas pessoas novas, uma nova vida, a sua recém-nascida vida universitária, longe dos pais, dos velhos amigos, cheia de novas responsabilidades e dúvidas, coisas que, com certeza, são fatores que explicam o nosso crescimento e amadurecimento hoje.
Somos hoje aqui, apenas 2 formandos, mas que todos saibam que representamos também outras pessoas, alguns ainda estudantes e outros já engenheiros, representantes das primeira turmas de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFRB, saliento que a caminhada acadêmica fez com que essas turmas se unissem de tal forma, que fica difícil hoje distinguir quem é quem. Por mais dificuldades que tivemos, com professores que faltaram, laboratórios e livros que não tinha, somos hoje exemplo de admiração e superação dentro do nosso curso. Que me desculpe as outras turmas, mas NUNCA MAIS haverá uma história como a DOS PIONEIROS DO CETEC. Esperamos que o relacionamento amistoso, cordial, companheiro e parceiro entre estudante, professores e funcionários, construídos nesses 6 anos de CETEC seja mantido, pois foram estes sentimentos que contribuíram para construção não só do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, mas para o CETEC como um todo.
Em homenagem a um colega, nossa turma é nomeada com o nome de Rhuan Barreto, que por escolhas da vida não pode concluir esta graduação, mas que continuou com a amizade feita no pouco tempo presente na UFRB. A sua inteligência fora do comum tornou Rhuan um exemplo de competência e admiração para as pessoas que o conheceram e conhecem, inclusive os professores. Com ele aprendemos muitas coisas, a questionar (sobretudo as correções de prova), a ensinar (mesmo que fosse o professor quando cometia um equivoco), enfim, Rhuan é escolhido como nome da turma não só por ser uma amigo, um parceiro dos formandos de Engenharia Sanitária e Ambiental aqui, mas principalmente por ser, dentro do pouco tempo de UFRB, um destaque a ser lembrado por muito tempo.
Assim gostaríamos de agradecer aos que fizeram parte direta da nossa vida acadêmica:
Primeiramente agradecemos aos nossos pais, pessoas fundamentais em nossa jornada, por isso os maiores agradecimentos. Eles que nos deram a vida e ensinou a vivê-la com dignidade, se doaram inteiros e que renunciaram aos seus sonhos, para que, muitas vezes, realizassem os nossos.
Agradecemos aos funcionários em nome de Denis Gadelha, o seu humor e alegria no trabalho tornam o ambiente muito mais agradável para quem necessita dos serviços prestados, felicidade e amizade com os alunos o torna um funcionário diferenciado e por isso a homenagem. Sem esquecer também de Lima, Da Paz, Expedito, Lívia, Décio e tantos outros. São vários os que contribuíram para que atingíssemos esta vitória. Por isso, nossa maior gratidão e admiração pela compreensão e colaboração que sempre dedicou.
Agradecemos aos professores em nome de professora Rosa Alencar, esta que sempre demonstrou confiança em nós alunos, uma grande capacidade de orientar e nos aconselhar, além de passar muito da experiência dos seus belos cabelos brancos. Professora Rosa representa um pouco de cada professor que passou pela nossa vida. O jeitão mãe de Lidiane, a formalidade de Paulo Serrano, a rigidez nordestina de Anaxsandra, a dedicação de Denis Petrucci, a paciência de Andrea Fontes, o Dom de ensinar de Maria Amélia. Para vocês que nos guiaram para além das teorias, das filosofias e das técnicas, expressamos o nosso reconhecimento, respeito e carinho que sempre serão poucos diante do que nos foi oferecido.
Hoje falar dos amigos é falar da nossa própria vida,...resenhas, historias, viagens.... foram tantas coisas vividas juntas que ficaria mais 12 anos contando. Nunca será esquecido as Noites fazendo trabalhos, estudando para as finais, o apoio na apresentação da monografia. Não será esquecida as viagens pra os Encontros e Congressos e a ressacas das viagens, Filhos de Gandus 1 e 2. Onde tudo começou, São João, o acarajé que terminava em festa. E até da simples conversa no Pavilhão de aula, ou na longa caminha até o portão da UFRB. Foi tudo muito bom!!
Confiança, amizade, companheirismo, solidariedade foram alguns dos sentimentos que surgiram e que foi despertado em nós, mesmo que por proteção, mas por que somos humanos e não vivemos só. Vivemos num mundo onde as relações são necessárias, as conversas obrigatórias, as brigas surgem quase como lei para crescermos e sermos fortes e capazes de enfrentar as dificuldades que a vida nos impôs.
E agora, o futuro?... Em uma canção da música de Paulinho Moska, admirada por Viviane, Lucas, Zenite, Driele e principalmente Prof. Celso Borges, agora é “tudo novo de novo...”. Novas conquistas, novas angustias, mas principalmente novas realizações. Com a formação que tivemos, não podemos ser meros profissionais, devemos ser líderes de uma mudança na nossa sociedade, cumprindo o papel o qual aqui juramos, sem esquecer sobretudo da ética em busca da felicidade.
Finalizo minhas palavras com a frase de Ana Jácomo, que diz : "Em algumas fases da caminhada, a gente esquece sim, de que tudo passa. Esquece sobretudo, que precisamos permitir que passe. e que não há muito o que fazer nesses momentos, senão ENTREGAR E CONFIAR, e como é difícil isso!!. É necessário deixar que as coisas morram (mas sejam lembradas) e abram espaço para o novo. Devemos aceitar o intervalo da travessia, em que as coisas não tem mais a forma antiga, nem ainda a forma nova "
Sucesso para todos nós!!!
Muito obrigado e uma boa noite!!!