A aids é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV (proveniente do inglês – Human Immunodeficiency Virus).
A transmissão ocorre por meio do contato com sangue, sêmen, secreção vaginal ou leite materno da pessoa infectada. Vale destacar que suor, lágrima, beijo no rosto ou na boca e uso comum de sabonete, toalha, copos ou talheres, entre outros, não transmitem a doença.
O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
Assim pega:
- Sexo vaginal sem camisinha
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Assim não pega:
- Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
- Masturbação a dois;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Suor e lágrima;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão ou abraço;
- Sabonete/toalha/lençóis;
- Talheres/copos;
- Assento de ônibus;
- Piscina;
- Banheiro;
- Doação de sangue;
- Pelo ar.
Desde 1996, com a distribuição gratuita de medicamentos no SUS aos brasileiros que necessitam do tratamento de aids, houve um aumento na sobrevida e uma melhora na qualidade de vida pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Essa redução da mortalidade está relacionada, dentre outros elementos, à ampliação da oferta de testagem; ao diagnóstico precoce da infecção e à adoção da terapia antirretroviral (TARV) para todas as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com diagnóstico confirmado, independentemente da situação imunológica. Dados de 2020 do Ministério da Saúde, mostram quem 665 mil Pessoas vivendo com HIV estavam em tratamento naquele ano – número 7,8 vezes superior ao observado em 1999, de 85 mil, considerando todos os esquemas terapêuticos dispensados.
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes, realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue. Esses testes podem ser realizados nos laboratórios de saúde pública, por meio do atendimento do usuário nas unidades básicas de saúde, em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em laboratórios particulares. Nos CTA, o teste anti-HIV pode ser feito de forma anônima e gratuita.
Nesses Centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, feito de forma cuidadosa, a fim de facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente.
Todos os testes devem ser realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) e por ela controlados.
Sintomas
A aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são semelhantes: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.
Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e meningite, por exemplo).
Prevenção
O Ministério da Saúde adota o paradigma da Prevenção Combinada do HIV. A ideia é usar diferentes estratégias de prevenção para evitar novas infecções. Dessa forma o ideal é combinar métodos, como o uso do preservativo interno e externo, o gel lubrificante, diagnóstico e tratamento, prevenção da transmissão vertical e novas tecnologias, como os medicamentos utilizados na pré e pós-exposição (PEP e PrEP) a infecção pelo HIV.
A profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP) está disponível em diversas unidades de saúde do estado da Bahia e encontra-se em expansão. O primeiro atendimento após a exposição (exposição sexual – violência sexual ou relação sexual consentida e/ou acidente com material biológico) ao HIV é uma urgência. A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível ou até 72 horas após à exposição. Já a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), consiste na utilização de antirretrovirais por pessoas que não estão infectadas pelo HIV, mas que se encontram altamente vulneráveis ao vírus por manterem, com relativa frequência, relações sexuais desprotegidas, que implicam um risco substancial de infecção.
Para além dessas medidas, também é importante considerar estratégias para enfrentar a discriminação, o estigma e os preconceitos que afetam algumas comunidades, tornando-as mais vulneráveis ao HIV/aids, como LGBTQIAPN+fobia e o machismo.
Para mais informações acesse www.aids.gov.br ou o site do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap)
Coinfecção TB-HIV
A tuberculose (TB) é uma infecção causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, sendo um importante problema de saúde pública. Seu principal sintoma é a tosse seca ou produtiva e persistente, outros sintomas são a febre vespertina, suores noturnos e emagrecimento. Afeta principalmente o pulmão, podendo atingir também outros órgãos. A transmissão ocorre através dos aerossóis provenientes da tosse ou espirro de uma pessoa com Tuberculose pulmonar ou laríngea, em que esta elimina os bacilos e a pessoa não infectada os inala (MANUAL CONTROLE TB NO BRASIL, 2019). A TB uma condição de saúde que pode ser prevenida, possui tratamento e cura.
A estimativa de pessoas infectadas com o Mycobacterium Tuberculosis é de cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, destes, cerca de 5 a 10% podem desenvolver tuberculose ao longo da vida. No entanto, Pessoas que vivem com HIV possuem de 15 a 21 vezes mais chance de evoluir para forma ativa da doença quando comparados a população geral. É relevante destacar que a tuberculose é a principal causa de morte entre as PVHA no mundo (BOLETIM COINFECCAO MS, 2022).
Dessa forma é importante que toda PVHA seja testada para TB e que toda pessoa com tuberculose seja investigada para uma possível coinfecção com HIV, para identificação precoce do quadro e início do tratamento para ambas também com brevidade.
Referente ao cenário da coinfecção no território baiano, no período entre 2013 e 2022 foram notificados 22.284 casos de HIV e 3140 casos de coinfecção TB-HIV. Entre os usuários com a coinfecção TB-HIV, a maioria, salvo em algumas faixas etárias, foi maior entre pessoas do sexo masculino e concentradas na faixa etária entre 30 e 39 anos de idade. No que diz respeito a proporção de pacientes portadores de TB testados com HIV nesse mesmo período, percebe-se o baixo percentual de testagem em todas as regiões, sendo que os menores percentuais são encontrados na região Nordeste, Centro-Norte e Oeste.
Para mais informações, procure uma das unidades de saúde em Amargosa.
Com informações de Secretaria de Saúde do Estado da Bahia