Programa secreto dos EUA monitora Facebook, Google e Microsoft
O programa do governo norte-americano do qual faz parte a captura de todos os registros telefônicos agora tem nome: PRISM. Uma reportagem do jornal The Washington Post revela que o monitoramento se estende a prestadores de serviços de tecnologia e internet, como Google, Facebook, Microsoft, Apple, Yahoo, AOL e PalTalk — serviço de comunicação em uso na Síria. Segundo o jornal, o governo teria carta branca para obter diversos dados de usuários desses serviços.
As informações sobre o PRISM estão em um documento ultrassecreto obtido pelo The Washington Post. Todas as empresas envolvidas disseram desconhecer completamente a existência do programa e negaram que o governo tenha acesso aos seus sistemas, exceto com uma devida autorização da Justiça. O diretor de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, disse que há vários erros na reportagem publicada pelo jornal e também nas informações do britânico The Guardian — primeiro a publicar sobre o assunto. Clapper não especificou quais seriam esses erros.
O The Washington Post afirma que o PRISM teve início em 2007, mesmo ano indicado por senadores que tinham conhecimento da coleta dos dados. A primeira empresa “parceira” teria sido a Microsoft. Hoje, informações do PRISM são responsáveis por 1 a cada 7 relatórios produzidos na Agência de Segurança Nacional (NSA), segundo a publicação.
Outro documento obtido pelo jornal é um “manual de usuário” para coleta de dados do Skype. O texto diria que qualquer “chat, vídeo, transferência de arquivo” e “chamadas feitas quando um dos terminais é um telefone convencional” estaria passível de monitoramento. No caso do Google, dados do Gmail, chat de voz e vídeo, arquivos do Google Drive e o monitoramento em tempo real de pesquisas estaria à disposição.
O monitoramento é possível porque as empresas aceitam obedecer uma “diretiva” do advogado-geral e do diretor de inteligência para dar acesso direto a seus servidores à Unidade de Tecnologia de Interceptação de Dados do FBI. Em troca, as empresas teriam imunidade contra ações judiciais. As empresas teriam a opção de se negar a colaborar, o que a Apple teria feito durante 5 anos, segundo o jornal. Mas o governo também pode obter uma ordem para obrigar uma empresa a “colaborar”.
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Fonte: Linha Defensiva