Editorial - Engenheiro de Pesca
Engenheiro de Pesca
Pescar em grande escala vai além de sair num barco e jogar algumas redes no rio ou no mar. A indústria pesqueira é complexa e exige um profissional especializado em várias áreas técnicas, tais como: de cultivo, de exploração e de industrialização do pescado. Estamos falando do Engenheiro de Pesca. A produção mundial de peixes criados em cativeiro é muito grande, são várias dezenas de milhões, nesse panorama encontramos a figura do Engenheiro de Pesca, que é o especialista na exploração de alimentos derivados das águas. Seja nas fazendas aquáticas, no mar ou nos rios, ele une a tecnologia à pesca de peixes, moluscos e crustáceos. Sabe e acompanha as diversas etapas da criação, reprodução e captura e planeja novas formas de exploração, armazenamento, transporte e processamento.
As melhores oportunidades estão na aqüicultura, que é o cultivo de peixes em cativeiro. Pode atuar, ainda, como consultor em empresas que faz a industrialização e a comercialização do pescado e na área de preservação ambiental, em órgãos do governo e em ONGs. A aqüicultura brasileira deve muito à esses profissionais que promoveram a modernização da indústria pesqueira através do desenvolvimento sustentável, aumentando a produtividade sem degradação ambiental, bem como outras atividades relacionadas à fazendas aquáticas.
Nos cursos em que se formam recebem aulas de: biologia, bioquímica, fisiologia celular e ecossistemas e aprendem também: geologia, construção civil, hidráulica, instalações elétricas, desenho técnico rural, administração e economia. O engenheiro de pesca sai preparado não só para o cultivo de peixes, moluscos, crustáceos e plantas aquáticas em gaiolas, reservatórios e tanques, mas também para ser um empresário, capaz de gerenciar a produção de uma fazenda ou outra atividade aquática, ecologicamente correta. A pesquisa pesqueira é feita por meio da observação da atividade dos pescadores e de cálculos matemático, de modo a garantir o estoque sem afetar o equilíbrio ambiental. A preocupação em não patrocinar a exploração predatória é a base de toda atividade. O cuidado com o meio ambiente não é exclusividade das autoridades públicas, mas de toda a sociedade. Os recursos naturais se extinguem, por isso todo o cuidado é pouco. A humanidade vive um momento delicado, em que a produção, a tecnologia e a preservação do ambiente devem caminhar unidas.
Este editorial foi enviado pela estudante de Engenharia de Pesca Suzane Vitena.