Professora de Gestão Pública ministra formação sobre Prova Brasil para Diretores e Coordenadores da Rede Municipal de Educação de Pojuca
Por Leandro Queiroz (estudante deJornalismo/CAHL-UFRB)
No período de expectativa para a divulgação dos resultados da última edição da Prova Brasil (2017), a Secretaria de Educação do Município de Pojuca convidou um dos professores do quadro do Curso de Gestão Pública do CAHL - UFRB, Lys Vinhaes, para uma roda de conversa sobre a Prova e seus resultados para coordenadores pedagógicos e diretores de escolas. A formação aconteceu na manhã desta quarta (18) na Secretaria Municipal de Educação de Pojuca e, na ocasião, desencadeou a necessidade de novos encontros sobre a temática. A data para divulgação dos resultados da Prova Brasil está prevista para o dia 8 de agosto.
“A Prova Brasil tem uma matriz que é única e padrão, e uma escala-padrão para todo território nacional. Ela nos permite um bom diagnóstico sobre determinadas competências e habilidades para o 5º ano e 9º ano em Português e em Matemática para todas as escolas que tem um determinado número de alunos. Com isso, você tem uma noção de o quanto seu alunado precisa para alcançar essas competências e habilidades, que são mínimas, estão longe de ser as máximas. Elas não são as únicas também, porque nós temos uma prova escrita. Então, as habilidades que não são passíveis de medição através de prova escrita não são consideradas na Prova Brasil” ressalta Lys Vinhaes, doutora em Educação.
A professora ressalta também que a Prova Brasil é um instrumento de avaliação não do aluno, mas das escolas, redes participantes e políticas de educação adotadas. “As provas em larga escala têm normalmente uma estrutura que implica, para a leitura dos resultados, a articulação entre matriz de referência, escala (onde os resultados serão posicionados) e a prova (o instrumento). Esses resultados são publicados de forma que as escolas ou o ente avaliado consiga se enxergar na escala e essa escala remeta à matriz de referência. Então, sempre eu vou, na minha abordagem de formação de professores sobre este tema, remeter à escala e à matriz de referência para que as pessoas saibam o que está sendo avaliado e qual o nível de proficiência que foi atingido pelos que foram avaliados”, declarou Lys Vinhaes.
“O que precisamos é que cada escola, no caso da Prova Brasil, se reúna e pense, de maneira integral, não apenas no 5º ano e não apenas no 9º ano, sobre o que acontece para que esses alunos estejam com tal distribuição nos níveis da escala. Como eles podem fazer com que os alunos estejam no nível proficiente, no nível mais alto da escala em termos daquilo que se espera para o 5º ano ou para o 9º ano?”, pondera Lys antes de completar que “a escola precisa aprender a pressionar e a ser um ator mais fortalecido na busca de políticas de educação que estejam mais voltadas para o seu contexto escolar e não política de educação de gabinete”.
Os resultados da Prova Brasil para as escolas participantes no ano de 2017, em todo território brasileiro, tem previsão para divulgação no dia 8 de agosto. Para participar da Prova é preciso que as instituições tenham turmas, de 5º e 9º ano do ensino fundamental, com o mínimo de 20 alunos frequentes. A prova é padronizada nacionalmente, com questões das disciplinas de Português e Matemática, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino básico no Brasil integrado ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
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