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Exposição mostra a evolução das tecnologias no cinema - III BAFF

17/05/10 21:00 , 13/01/16 15:39 | 3658

Até dia 23 de maio de 2010, durante o III Bahia Afro Film Festival, estudantes das escolas da região e comunidade de Cachoeira e São Félix, estão conhecendo o acervo de equipamentos de cinema e TV de Roque Araújo, lenda viva do cinema baiano.

Roque, com 73 anos de vida e 53 anos de cinema, tem muita história para contar, e é ele mesmo quem está recebendo os visitantes da exposição, montada no foyer do Auditório do Quarteirão Leite Alves, no CAHL.

Roque trabalhou com Glauber Rocha e fez de tudo um pouco nos sets de filmagem - foi motorista, eletricista e assistente de câmera. Graças à sua dedicação e amizade, foi escolhido pelo próprio Glauber como guardião das sobras de sua última produção: “A Idade da Terra” e com esse material montou o filme-homenagem “No Tempo de Glauber”.

Inventivo e atuante, Roque dirigiu, produziu e fotografou diversos filmes e vídeos ao longo de sua carreira. Hoje integra a equipe da Dimas, onde continua a produzir e colaborar com o crescimento do audiovisual baiano. Nesta exposição, ele reúne equipamentos que vêm sendo colecionados há mais de dez anos. São câmeras, lentes, moviolas, equipamentos e outros maquinários que ajudam a contar um pouco da história da produção cinematográfica na Bahia. Veja entrevistas com Roque na TVWEB UFRB.

Sobre o III BAFF

Quarenta e seis filmes nacionais e internacionais, entre produções concorrentes e convidadas de curta e longa-metragem, mostra de filmes de animação, exibição especial de documentários de cineasta cubano Santiago Alvarez, além de conferências, seminários, oficinas e quatro shows musicais serão apresentados gratuitamente ao público estimado de 25 mil pessoas, de 13 a 23 de maio.

Entre os pontos altos da programação, a primeira exibição no recôncavo de “Pau Brasil”, de Fernando Belens, e de “Atabaque Nzinga”, de Octávio Bezerra, produção rodada em Cachoeira, além da estreia nacional do curta-metragem “Mandinga em Colômbia”, de Lázaro Faria. As três produções integram o hall de filmes convidados do BAFF. Na mostra competitiva, produções como “A Ilha dos Escravos”, de Francisco Manso, “Benguelê”, de Helena Martinho da Rocha, “Da Roda ao Samba”, de Paulo Dourado e “Doido Lelé”, de Ceci Alves, classificado para o Festival da Cannes. No sábado, 22, será feita a divulgação dos trabalhos premiados acompanhada de homenagens, no auditório da UFRB. No encerramento do BAFF 2010, no domingo, 23, haverá a exibição dos filmes premiados, a partir das 20h, e lançamento da Mostra Itinerante de Filmes do IIIº Bahia Afro, percorrendo 24 municípios de 6 estados. (a inclusão dessa informação é importante pelo fato do MINC está aprovando um apoio financeiro para esse objetivo)

MOSTRAS COMPETITIVAS E DE FILMES CONVIDADOS

O Festival contempla os amantes da sétima arte com uma rica produção cinematográfica que remete à ancestralidade africana. Curtas e longas-metragens, entre filmes de animação, documentário e ficção, trazem nomes da filmografia de países como Alemanha, Itália, França, Estados Unidos, Portugal e Espanha (que exibirá o filme “O milagre do Candeal”, de Fernando Treuba).

INTERCÂMBIO CULTURAL

O Festival marca também o incentivo aos novos talentos formadores da linguagem audiovisual, através de oficinas conduzidas por profissionais renomados dirigidas para o aperfeiçoamento de estudantes e cineastas atuantes no mercado. “Tela em Transe: Oficina de Cinema, com Operação de Câmeras cinematográficas com introdução ao cinema digital” será uma das temáticas desenvolvidas no evento, com coordenação de Lázaro Faria, Roque Araújo e Xeno Veloso, quinta-feira, 20, das 8h às 12h, no Centro Cultural Danneman, em São Félix. No mesmo horário, em Cachoeira, a experiência da Escola Internacional de Cinema de Cuba será demonstrada aos participantes, com a presença de Lazara Herrera, diretora da oficina de documentário Santiago Alavarez do Instituto de Cinema Cubano/ICAIC e de Savatori Braca, da Escola Livre de Documentários de San Pólo (Itália). A ocasião servirá ainda para viabilizar a formação de parcerias entre a escola cubana, a UFRB e demais apoiadores do evento, para intercâmbio cultural com alunos do curso de cinema da universidade. O Pólo Cinematográfico de Paulínea, em São Paulo, será outro case discutido dentre as conferências voltadas para propostas de fomento à cultura, como referencia para amadurecer a criação de uma Film Comission de Cachoeira, São Felix e Recôncavo da Bahia.
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