A Agenda 21 da cultura foi o tema central da palestra de abertura do Diálogos Culturais, evento realizado pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Entre os palestrantes, o Secretário Executivo do MINC, Vitor Ortiz, e o pesquisador Leonardo Brant, com mediação do professor da UFRB, Danilo Barata.
“É importante que as políticas culturais venham da sociedade e sejam compactuadas entre o governo e esta mesma sociedade”, apontou Ortiz. Destacou ainda a necessidade de proteção de culturas locais, o que gera, em sua opinião, a possibilidade de aparição. Para tanto, ele enfatizou a aprovação da Agenda 21 da cultura em 2004 que reuniu cerca de 740 representantes locais - “pela primeira vez, agentes locais e não exclusivamente nacionais”. O documento que nasceu no Brasil durante o IV Fórum de Autoridades Locais pela Inclusão Social de Porto Alegre já se encontra traduzido em mais de 19 línguas.
O pesquisador Leonardo Brant, autor do livro "O Poder da Cultura" e editor do site Cultura e Mercado, por sua vez, apontou a gestão como elemento essencial para falar em cultura. “Em relação aos grandes discursos que fomos capaz de desenvolver na última década, não encontramos soluções de gestão para dar conta da complexidade e de seus desafios. O Plano Nacional de Cultura, por exemplo, é um documento que precisa ser ainda debatido na sua avaliação, pois para executá-lo se faz necessário o diálogo e a discussão", avalia Brant. Contudo, apontou uma melhoria acerca da questão na nova administração do MINC que de forma inovadora estabeleceu metas para a realização deste plano.
O evento nesta segunda e terça-feira, 27 e 28 de fevereiro, no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), contou ainda com as presenças da pró-reitoria de extensão, Ana Rita Santiago; da diretora do CAHL, Georgina Gonçalves; do Secretário de Cultura de Cachoeira, Lourival Trindade; Edite Souza da Irmandade da Boa Morte; e, além dos palestrantes, Mônica Trigo do MINC.
“Nós, o governo e a sociedade amadurecemos com o diálogo”, reflete Ortiz. O Diálogo Culturais ainda vai debater políticas para as artes e fomento à cultura nesta terça-feira, no CAHL. Entre os convidados, autoridades da FUNARTE, TVV, SEFIC e Secult.
{phocagallery view=category|categoryid=86|limitstart=0|limitcount=0}