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EDUFRB faz sua estreia com livro sobre a irrealidade no cinema

02/03/12 14:02 , 13/01/16 15:47 | 1677

A Editora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – EDUFRB comemorou sua estreia na noite desta quarta-feira, dia 29 de fevereiro, com o lançamento do livro “A Irrealidade no Cinema Contemporâneo – Matrix e Cidade dos Sonhos”, de autoria do professor Adriano Oliveira. A obra é também a primeira publicação do docente do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB e uma adaptação de sua dissertação de mestrado em Crítica da Literatura e da Cultura, concluído em 2006.

O lançamento reuniu colegas e alunos do autor no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira, para prestigiar a dupla estreia. A diretora do CAHL Georgina Gonçalves foi a primeira a parabenizar Oliveira. “Além de ser uma celebração para ele que vê um trabalho materializado, é um orgulho para nós do centro que o primeiro autor seja daqui”, disse. Em seguida, o superintendente da EDUFRB Sérgio Mattos demonstrou sua satisfação com o primeiro lançamento e se mostrou entusiasmado com o funcionamento da editora. “Com esta obra, a EDUFRB se apresenta para a comunidade e dá início a sua série de publicações oficiais. É um estímulo para outros escritores submeterem seus originais ao nosso Conselho Editorial, pois como se diz no meio acadêmico: quem não publica, não existe”.

Mattos anunciou que nos próximos meses a EDUFRB lançará mais dois títulos: o livro de comunicação “O rádio na era da convergência das mídias”, da professora Rachel Severo, e o livro de crônicas “Ponte estreita em curva sinuosa”, do técnico-administrativo Aquilino Paiva. As obras estão entre as 13 selecionadas no primeiro edital da EDUFRB, lançado em 2010, e que serão publicadas em sequência. “Queremos chegar a dez lançamentos ainda este ano”, apontou o superintendente, explicando a realidade do mercado. “Dentre as editoras universitárias brasileiras, a maioria é pequena e publica em média 6 a 8 livros por ano. Nossa meta anual é de 8 a 10 livros”. Para os interessados, Mattos sugere a leitura das normas de publicação no site da editora.

Debate

A noite do lançamento foi também de reflexão e debate sobre o tema do livro. A mesa redonda “Cinema, Irrealidade, Subjetividade” reuniu o autor Adriano Oliveira e a professora Amaranta César, do curso de Cinema e Audiovisual da UFRB. De início, Oliveira agradeceu pelos cumprimentos e falou sobre as principais questões abordadas no livro. Segundo ele, os filmes Matrix e Cidade dos Sonhos exemplificam uma tendência de enredo contemporâneo que intitulou como representação da irrealidade. “Este tipo de enredo não é necessariamente novo, mas tem interesse atual”, diz.

Oliveira explica o fascínio por serem obras que podem expressar concepções da subjetividade nos dias de hoje. “Talvez pela experiência de vivermos num mundo saturado de imagens e constantemente mediado, as pessoas começam a se questionar se não vivemos num mundo desrealizado”, assinala. Amaranta descreve a sensação provocada como um embaralhamento da própria identidade. Ao final, eles questionam a dualidade ‘real e virtual’ e desafiam a pensar o irreal como parte da nossa realidade.

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