Fechar
Página inicial Notícias Estudante da UFRB desenvolve desenho colaborativo sem as mãos

Estudante da UFRB desenvolve desenho colaborativo sem as mãos

14/03/12 17:04 , 13/01/16 15:47 | 4503

Utilizando linguagem de programação computacional, o estudante do 5º semestre do curso de Artes Visuais com ênfase em Multimeios pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Zimaldo Melo desenvolveu um programa que permite a interferência do público na própria estética da obra. O trabalho “Desenho Aleatório Colaborativo Sem as Mãos” não utiliza como anteparo as estruturas tradicionalmente conhecidas, mas um programa em linguagem Processing que desenha a partir da detecção das faces. O resultado é um registro gráfico da performace do fruidor.

O trabalho orientado pelo professor Jarbas Jácome, do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da UFRB, está entre os selecionados para ser apresentado no dia 17 de março, das 14h às 20h, durante o Dorkbot 2012, evento internacional que divulga ideias que circundam o mundo da Arte e Tecnologia e fomenta novos diálogos sobre o assunto. A mostra acontece em Salvador, no Instituto Cultural Brasil – Alemanha (ICBA), e reúne trabalhos já apresentados em cidades como Nova York, Melbourne, Londres, São Francisco, Mumbai, Roterddam, Barcelona, Tokyo, Budapeste, entre outras.

Segundo Melo, a apropriação da tecnologia para a produção artística é um movimento que se firma como tendência contemporânea. Após atuar na Publicidade, o estudante se aproximou das Artes Visuais e experimentou várias técnicas até chegar ao “Desenho Aleatório Colaborativo Sem as Mãos”. O trabalho foi inspirado em um antigo brinquedo de parque de diversão, em que uma folha de papel é presa em uma base giratória e as pessoas despejam tinta, que espalhada pela força centrífuga, forma uma pintura abstrata e aleatória.

Qualquer indivíduo que se movimentar na frente do programa produzirá uma figura, o que significa que o desenho nasce a partir da posição do apreciador, sendo o segundo ponto definido pela sua ação. A detecção das imagens não produz os detalhes em série, tornando cada desenho único. “A proposta é que seja realizada uma interação. O desenho só existe se houver quem aprecie a obra”, explica o artista. Quanto mais pessoas se posicionarem na frente do trabalho, mais linhas são traçadas pelo programa.

Na dúvida, fale conosco!