Campus da UFRB em Cachoeira sedia II Colóquio Internacional do Observatório da Vida Estudantil

De 31 de maio a 02 de junho, o II Colóquio Internacional do Observatório da Vida Estudantil (OVE) reuniu na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, pesquisadores da França, Brasil e Portugal convidados a refletir e dialogar sobre a vida universitária, no âmbito do tema Universidade, Responsabilidade Social e Juventude. As duas instituições anfitriãs do evento, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), fizeram a abertura oficial dos trabalhos, em cerimônia realizada no auditório da Fundação Hansen Bahia.

“Nossa ambição é influenciar a gestão das universidades, no que se refere ao planejamento e assistência estudantil, o que passa necessariamente pela pesquisa”, anunciou a coordenadora do OVE, Sônia Sampaio, referindo-se aos trabalhos que seriam apresentados ao longo do colóquio. Na cerimônia de abertura ela representou a reitora da UFBA Dora Leal e destacou o passo importante dado com o edital pró-UFBA para o desenvolvimento de projetos voltados para o estudo da própria universidade. Ela frisou ainda a parceria com a UFRB como um reforço para o Observatório. “De uma ‘maternidade’ já passamos para uma ‘fraternidade’ e esperamos que essa relação seja ainda mais promissora”, disse.

Representando o reitor da UFRB Paulo Gabriel Nacif, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Ana Cristina Fermino ressaltou o empenho da sua instituição para com as questões da democratização do acesso e da manutenção do estudante no ensino superior. Segundo ela, não basta pensar apenas em oportunidade para todos, mas principalmente em como o estudante se mantém e se adapta ao ambiente universitário. “É uma luta constante que depende de todos: gestores, técnicos, professores e colegas”, defendeu. E fez questão de demonstrar o seu contentamento em ver o tema sendo discutido de forma global. “Nós que vivenciamos essas questões em sala de aula sabemos o quanto elas são importantes para todas as instituições”.

De mesma opinião, a diretora do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), campus da UFRB em Cachoeira, Georgina Gonçalves demonstrou o compromisso dos professores e membros do OVE com “essa temática que lhes é cara: a vida dos estudantes”. Para a presidente da comissão organizadora do evento, eles chegam ao II Colóquio com o mesmo espírito do primeiro e com a intenção de formalizar uma agenda de atuação para os próximos anos. Ela aproveitou a ocasião para uma homenagem ao sociólogo e professor da Université Paris 8 Alain Coulon, referenciado como presidente de honra do OVE por sua obra e sua atuação pelo ensino superior na França.

Alain Coulon proferiu a conferência de abertura do evento, na qual falou sobre ‘Responsabilidade social das universidades nas sociedades contemporâneas: desafios e contradições’. O colóquio contou ainda com conferências do coordenador do Observatório Jovem e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo Carrano, que trouxe um panorama de estudos recentes sobre trajetórias dos estudantes universitários; do pesquisador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa José Machado Pais, que falou sobre o futuro incerto dos jovens universitários no contexto da crise europeia; e do pesquisador do Observatoire de La Vie Étudiante e professor da Université de Lorraine Saeed Paivandi, que debateu sobre a avaliação do ensino pelos estudantes.

Lançamento de livro – O segundo dia do colóquio, 1º de junho, foi marcado pelo lançamento do livro Observatório da Vida Estudantil – Estudos sobre Vida e Cultura Universitária, organizado por Georgina Gonçalves (UFRB) e Sônia Sampaio (UFBA). A obra é a segunda lançada pelo OVE e nasce como fruto dos trabalhos apresentados no primeiro colóquio. Em sua segunda edição, o evento não foi diferente e também pretende registrar a contribuição deixada ao longo dos três dias, quando foram apresentados e discutidos trabalhos preocupados com a responsabilidade social da instituição universitária brasileira frente aos diferentes segmentos juvenis que exigem inserção na educação superior pública.

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