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ECAD reúne cultura, artes e diversidades no campus da UFRB em Amargosa

20/05/14 15:29 , 13/01/16 15:50 | 1973

Em sua segunda edição, o Encontro de Culturas, Artes e Diversidades (ECAD) foi realizado no campus de Amargosa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), entre os dias 16 e 18 de maio. No local, estudantes, pesquisadores e a comunidade local prestigiaram a participação de mestres de capoeira do cenário nacional e internacional, conferências, palestras, oficinas e mostras de culturas populares.

“O ECAD é um produto do programa de extensão Balaio de Gato. O programa tem como objetivo central desenvolver atividades de extensão no entorno da UFRB, na região do Recôncavo Baiano, com uma proposta de atividades culturais: samba, maculelê, puxada de rede, capoeira, frevo, maracatu e atividades de matriz afro-descendente”, aponta o coordenador do evento, professor Jean Adriano. Ele explica que tais atividades fazem parte de um processo de educação formal e informal. "Dentro da universidade, nós temos muitos estudos em relação ao negro, mas poucos associando o negro a perspectiva de sua cultura corporal. Na UFRB, se não me engano, o programa balaio de gato é o único que desenvolve trabalhos nesta perspectiva", completa Adriano. 

Já no primeiro dia, além da vivência do ensino de lutas na escola, a conferência de abertura contou com a participação do mestre de capoeira Carlos Ferreira, o Ferreirinha, e do convidado internacional, o contramestre Martin Flax. “Eu tenho certeza que a capoeira é uma ferramenta que colabora muito na formação de professores. Além de uma atividade corpórea, a capoeira aflora o senso crítico. Eu, por exemplo, após começar a prática da capoeira, passei a enxergar a história do Brasil de outra forma, diferente daquela visão da escola. Passei a ter outros ídolos e analisar o mundo de forma diferente”, declara mestre Ferreirinha. A função social da capoeira no Brasil e na América latina foi exposta por Flax. Em sua opinião, a capoeira e seu ritual fazem com que o sujeito entenda a cultura na qual ela está inserida. Em relação a outros benefícios, ele cita as vantagens para o corpo e mente do praticante de capoeira, além disso, “a compressão do mundo, relacionar de diferentes maneiras com o próximo, tocar, cantar, lutar com respeito, tudo isto faz com que o capoeirista saia às ruas de cabeça erguida”, afirma o contramestre.

“Fazer parte de uma arte que de alguma forma nos convida a respeitar e dialogar com o outro é fundamental no processo educativo”, resume o coordenador do ECAD, Jean Adriano. O ECAD faz parte da programação do Maio Negro, evento no qual o Centro de Formação de Professores (CFP), campus de Amargosa, discute uma série de ações em torno do negro e da perspectiva de permanência na universidade. O evento é financiado pelo edital de eventos da Pró-Reitoria de Extensão da UFRB.

Confira fotos do evento:

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