Fechar
Página inicial Notícias Pesquisa da UFRB desenvolve materiais de construção a partir de resíduos

Pesquisa da UFRB desenvolve materiais de construção a partir de resíduos

05/06/14 11:36 , 13/01/16 15:50 | 2835

Uma pesquisa que busca desenvolver materiais de construção a partir de resíduos gerados em indústrias é objeto de estudo de três professores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Os docentes Renê Medeiros, José Humberto Santos e Francisco Gabriel Silva são os responsáveis pela pesquisa.

São utilizados materiais como cascas de cacau, amendoim e bagaço de cana-de-açúcar. “Em certos casos os materiais são utilizados in-natura, mas são aproveitadas também as suas cinzas”, explica Renê Medeiros. Até o momento foram testadas cinzas produzidas em fornos de padarias de Cruz das Almas e Governador Mangabeira. Serão testadas também cascas de arroz e resíduos de indústrias de calçados. Pretende-se, ainda, catalogar resíduos de empresas da região para ver a possibilidade de sua utilização. De acordo com o professor, trata-se de uma pesquisa inédita no recôncavo baiano.

Pesquisa utiliza materiais como cascas de amendoim e cinzas

Renê Medeiros conta que produções de energia em indústrias produzem muitas vezes queima de materiais e as cinzas, a depender de sua composição química, podem ser utilizadas - desde que este venha a ser uma pozolana, em substituição parcial ou total do cimento. A pozolana é uma propriedade existente em alguns materiais, capaz de reagir ou se combinar com o hidróxido de cálcio, formando compostos estáveis e de poder aglomerante. “Estas adições minerais em substituição ao cimento conferem além da redução de custos, melhoria na trabalhabilidade do concreto fresco”, completa o professor Francisco Gabriel.

José Humberto Santos também ressalta a importância da destinação adequada destes tipos de resíduos. “Apesar de grande parte dos materiais serem orgânicos, eles tendem a incorporar sempre os mesmos micro ou macronutrientes naquele determinado espaço e em larga escala, eles tendem a causar uma desordem no solo”, aponta.

O projeto que teve início em 2013 pretende realizar estudos por mais ainda dois ou três anos com seus resultados apresentados em artigos científicos e também como parte de trabalhos de conclusão de curso dos alunos do Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas e do curso de Engenharia Civil.

Na dúvida, fale conosco!