O reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Nacif, o reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), José Bites, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE), Zezeu Ribeiro, se reúnem nesta segunda-feira, 25 de agosto, com o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Levi, para debater “A Volta do Bendegó”. O projeto, que envolve universidades estaduais e federais do Estado da Bahia, pretende o retorno do meteorito Bendegó, o maior exemplar da coleção brasileira, ao seu local de origem no sertão nordestino.
Descoberto no município de Uauá, na Bahia, em
“Há um sentimento de perda muito grande por parte das comunidades do sertão baiano. Assim como outros bens culturais no mundo, o Bendegó foi retirado de sua inserção social e histórica”, disse o conselheiro Zezeu Ribeiro, membro da comissão. De acordo com ele, esse deslocamento representa uma distância não apenas física, mas também simbólica. “Além de toda importância para a ciência e projeção internacional, a pedra tem uma história mística. Os sertanejos associam sua descoberta ao anúncio da saga de Antônio Conselheiro
Em sessão ordinária realizada em junho de 2011, o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) recomendou o retorno do meteorito Bendengó para o sertão de Canudos, no estado da Bahia, e que sejam criadas as condições necessárias para sua guarda, preservação, difusão e promoção cultural. Para o reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif, essa iniciativa faz parte de uma nova concepção civilizatória que define a necessidade dos monumentos da humanidade permanecerem em seus locais de origem, valorizando o território e a cultura local.
Sobre o projeto – “A Volta do Bendegó” consiste em ações com três fases: sensibilização, retorno e permanência. O projeto inicia sua sensibilização com 12 shows aulas, intitulados Bando Anunciador da Volta do Bendegó, rememorando a tradição do prenúncio. Também nessa fase serão realizados oficinas e concursos culturais na rede escolar. Para o retorno, estão previstos eventos para festejar a devolução e instalação oficial do meteorito na sua casa original e abrigo, no Parque Estadual de Canudos. A fase de permanência promoverá o desenvolvimento e o turismo científico na região.