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Trilha na Serra da Jiboia sensibiliza para a necessidade de conservação da área

26/11/14 11:07 , 13/01/16 15:52 | 1765

Os conselheiros e participantes do Projeto Serra da Jiboia, parceria entre a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) realizaram, na última terça, uma trilha pela serra. A professora da UFRB, Alessandra Caiafa, guiou os participantes da 2ª reunião do Conselho Gestor do projeto através da Trilha do Vale dos Guapuruvus. “Resolvemos fazer essa trilha porque é importante que as pessoas conheçam a biodiversidade que existe na área. Foi uma trilha pequena, mas já sensibiliza os conselheiros e participantes da importância da conservação da Serra da Jiboia. Durante a trilha foram destacados pontos de relevância biológica como uma espécie de planta que é alimento de mamíferos voadores, um indicador que há morcegos fazendo a dispersão da espécie na área”, explica a coordenadora do projeto Isabelle Blengini.

A trilha iniciou-se ao final do viveiro de mudas do CPMVS, sede do Gambá em Elísio Medrado,  e teve a duração de aproximadamente 2 horas. No caminho havia muitas árvores de Guapuruvu, o que explica o nome da trilha. A presença dos Guapuruvus também deu indícios importantes para fazer a interpretação ambiental da área. A professora Alessandra explicou que essa espécie é uma pioneira, ou seja, é uma das primeiras a surgir em um terreno em regeneração florestal e faz sombra para que outras espécies se estabeleçam. Ainda segundo Alessandra, a espécie mais velha de Guapuruvu identificada tem cerca de 40 anos, o que indica que a área está se regenerando desde então.

Os aspectos culturais também foram contemplados no passeio. O professor Eraldo Costa Neto, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), relatou lendas da região que são contadas pelos povos que convivem com a floresta. As instruções de oferecer fósforo à caipora e elementos amarelos para Oxum foram exemplos de conhecimentos produzidos pelo homem em contato com a floresta que ultrapassam o viés científico. A trilha terminou em um córrego, com leito pedregoso, onde a beleza cênica possibilita uma sensação de ligação com a natureza que sensibiliza para as várias dimensões da importância da conservação das florestas.

Reunião do Conselho Gestor

Antes da trilha realizou-se a 2ª Reunião do Conselho Gestor do Projeto Serra da Jiboia. O projeto, executado por Gambá e UFRB, com o financiamento do Funbio através do Fundo TFCA, apresentou o andamento de suas atividades aos conselheiros que realizam o controle social.

No relato das atividades, o professor Téo de Oliveira trouxe informações que estão sendo levantadas sobre os mamíferos da área. Devido à pouca literatura disponível sobre a região, algumas espécies, principalmente de morcegos, estão sendo descritas pela primeira vez na área.

A professora Alessandra Caiafa também apresentou aos conselheiros informações sobre o projeto dos Corredores Ecológicos, que procura criar corredores florestais para manutenção e circulação da biodiversidade. A Serra da Jiboia encontra-se no que foi determinado como Corredor Central da Mata Atlântica, englobando Espírito Santo, Sul da Bahia e algumas áreas do leste de Minas Gerais.

Fonte: Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá)

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