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UFRB e Bahia Pesca impulsionam produção de sabonetes de algas

11/11/15 11:37 , 13/01/16 15:53 | 1641

A qualidade do sabonete à base de algas produzido em Manguinhos, comunidade localizada na Ilha de Itaparica, tem significativos avanços graças à parceria entre a Bahia Pesca (empresa vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia) e a Universidade Federal do Recôncavo Bahia (UFRB). A melhora se dá devido às pesquisas de estudantes dos cursos de Engenharia de Pesca e Biologia da instituição, que estão ensinando às marisqueiras qual o melhor tipo de algas para produção do sabonete e a melhor forma de extraí-las do ambiente sem prejudicar o ecossistema.

“Na região existem dois tipos de algas vermelhas que são utilizadas para a produção do gel, matéria-prima dos sabonetes. Os estudos realizados na parceria da Bahia Pesca com a UFRB conseguiram constatar que as algas vermelhas cilíndricas produzem géis mais consistentes, ou seja, de melhor qualidade, enquanto as algas vermelhas achatadas resultam num sabonete menos proveitoso”, explica o biólogo e técnico da Bahia Pesca, Brunno Falcão.

Para realização dos estudos, as pesquisadoras da UFRB, Marília Costa e Stela Bispo, utilizaram a estrutura da Bahia Pesca e realizaram um intercâmbio de informações com os técnicos da empresa. “A Bahia Pesca já trabalha com a produção de sabonetes à base de algas desde 2009, por isso já temos um significativo banco de dados sobre o assunto. Com o intercâmbio de informações com as pesquisadoras, podemos não apenas ampliar nossos conhecimentos, mas também formar multiplicadores desta ação”, afirma Brunno.

Palestra

Em outubro a Bahia Pesca reuniu as marisqueiras em uma palestra na própria comunidade, ministrada pelas pesquisadoras, para divulgação dos resultados da pesquisa, instrução de como identificar as algas cilíndricas e auxílio na melhor forma de extração. “As marisqueiras reclamavam que os sabonetes tinham pouco tempo de durabilidade. Agora elas irão aperfeiçoar a produção, já que ensinamos como identificar as algas boas. Na palestra, as marisqueiras puderam aprender também que as algas devem ser cortadas acima das ramificações que as prendem no sedimento, proporcionando a manutenção da vida no ecossistema e permitindo que a alga volte a crescer novamente”, conclui Marília Costa.

Fonte: http://www.bahiapesca.ba.gov.br/

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