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Bahia Pesca e UFRB apresentam pesquisa sobre larvas de tambaquis

23/11/15 09:25 , 13/01/16 15:53 | 1640

Uma pesquisa realizada por estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em parceria com a Bahia Pesca (empresa vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia), identificou as melhores estratégias alimentares para o desenvolvimento de pós-larvas de tambaquis. O estudo foi apresentado ao público durante a Fenacam (Feira Nacional do Camarão), que aconteceu entre 16 e 19 de novembro em Fortaleza-CE. 

“As altas taxas de mortalidade relacionadas a fatores nutricionais tem comprometido a larvicultura da espécie, com impactos negativos na piscicultura. Os resultados obtidos pelos estudantes, com o apoio da Bahia Pesca, são essenciais para um aumento na produtividade e rentabilidade dos piscicultores”, explica o gerente de operações da Bahia Pesca, Antônio Laborda.

Para estabelecer protocolos nutricionais mais eficientes e que resultem em uma maior taxa de sobrevivência das pós-larvas, os pesquisadores da UFRB testaram na estação de piscicultura da Bahia Pesca em Pedra do Cavalo, em Cachoeira, diferentes tratamentos com alimentação inicial. Para avaliar o desempenho zootécnico das pós-larvas foram testados tratamentos com ração contendo 55% de proteína bruta; fertilização com farelo de trigo, uréia e superfosfato simples e fertilização com ração.

Os resultados mostraram que as pós-larvas apresentaram um melhor desempenho zootécnico nos tanques tratados com fertilização inorgânica ofertada por duas semanas. Nesses tanques ocorreu à produção de alimento natural endógeno, plâncton, suficiente para atender às necessidades nutricionais das pós-larvas no período em que a pesquisa foi desenvolvida.

Desta forma, os dados obtidos até o momento indicam que as pós-larvas apresentam um melhor desempenho zootécnico quando o alimento vivo está disponível em grandes quantidades. “Outros estudos estão sendo conduzida através dessa parceria com a Bahia Pesca a fim de estabelecer um protocolo para a oferta de alimento inicial que proporcione uma maior taxa de sobrevivência das pós-larvas e consequentemente a redução nos custos de produção”, afirma o professor da UFRB, Moacyr Serafim.

Além do orientador, a equipe de pesquisadores é formada também pelos alunos do curso de engenharia de pesca Julliana de Castro Lima, Antonio Araujo Mendez, Rodrigo Ramalho Portela e Thales de Sá Lima, e pela aluna de biologia Thaís Aline da Silva dos Santos.

Informações: www.bahiapesca.ba.gov.br

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