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Pesquisa na UFRB

Estudo do Herbário UFRB relata 316 espécies de plantas aquáticas no Recôncavo

05/01/16 08:56 , 18/01/16 13:15 | 1828

Um esforço de coleta no período de 2009 a 2015 nos 20 municípios dentro da bacia do Recôncavo resultou numa lista com mais de 300 espécies de plantas aquáticas pelo Herbário da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O número corresponde a metade do valor estimado deste tipo de planta no Brasil. O estudo teve financiamento da FAPESB e do CNPq e seu resultado foi publicado na edição de dezembro da revista Check List - The Journal of Biodiversity Data.  

No total, foram relatadas na publicação 316 espécies em 206 gêneros e 71 famílias, incluindo 11 espécies de samambaias, com plantas halófitas e emergentes sendo as mais comuns. Todas as espécies foram classificadas em seis formas de vida. As coletas no Recôncavo acrescentaram nove famílias de angiospermas às 72 já relatadas em estudos prévios de tais plantas no Nordeste do país. São elas: Anemiaceae, Amaryllidaceae, Heliconiaceae, Hypoxidaceae, Iridaceae, Piperaceae, Polygalaceae, Sapindaceae e Vitaceae.

“A importância desses esforços de coleta é evidente. Essa região apresenta uma grande variedade de habitats que desempenham um papel importante na conservação/manutenção da biodiversidade”, explica a coordenadora do trabalho, professora Lidyanne Aona. Segundo o biólogo Grênivel Costa, também foi possível constatar que a flora aquática da bacia do Recôncavo é caracterizada por elevada riqueza de espécies, o que corresponde a cerca de 50% das 500-600 espécies estimadas para o ambiente aquático no Brasil.

O estudo abrangeu uma área de 11.200 km2 nos municípios de Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do, Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Sapeaçu, Saubara, e Varzedo. Uma amostra de cada espécie foi depositada no Herbário da UFRB.

“Além de ampliar o conhecimento sobre a composição florística dos ambientes aquáticos na bacia do Recôncavo da Bahia, o estudo também facilitará um acompanhamento em longo prazo de ambientes aquáticos e ajudar os pesquisadores a lidar com a sua gestão da água, essencial para a conservação e manutenção de qualquer corpo de água”, conclui o relato.

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