Pela primeira vez a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) recebeu o Certificado de Registro do Programa de Computador, emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O certificado foi concedido ao aplicativo de tecnologia assistiva denominado “Quick Voice”, desenvolvido pelos professores Ariston Cardoso, Susana Pimentel e pelo estudante do Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas, Raphael Mascarenhas.
A entrega do registro foi realizada na última quinta-feira (07), no Gabinete da Reitoria, na presença do reitor Silvio Soglia; da vice-reitora Georgina Gonçalves, da pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI), Rose Mubarack; e do Coordenador da CINOVA, Edilson Pires (PPGCI), além dos autores do aplicativo.
Ao entregar o documento original ao reitor Silvio Sogia, o coordenador da Cinova, Edilson Pontes, destacou que o certificado garante a propriedade da UFRB e proteção do programa desenvolvido pela instituição. Isso significa que o aplicativo Quick Voice foi criado exclusivamente pela Universidade e os seus inventores pertencem a instituição, conforme a Lei 9.609/98, que rege a proteção dos programas de computador.
Para ter direito ao Certificado, a Universidade entrou com um processo junto ao INPI, que fez a análise do código fonte e emitiu o registro favorável, por entender que há um ineditismo da funcionalidade aplicativo. Com isso, caso alguém resolva copiar um invento semelhante, a UFRB tem como reclamar a sua propriedade.“A primeira certificação do INPI concedida a UFRB significa que estamos iniciando um novo momento acadêmico de inovação tecnológica, reconhecimento científico e compromisso social.”, observou a pró-reitora Rose Mubarack.
A iniciativa da elaboração do aplicativo partiu do Grupo de Tecnologia, Engenharia, Robótica e Física (G-TERF) e do Grupo de Estudos sobre Educação Diversidade e Inclusão (GEEDI). O aplicativo converte código de barras bidimensional (QR Code) em arquivo de texto, seja por escrito ou em áudio. O Quick Voice, app de tecnologia assistiva, facilita o acesso de deficientes visuais ao conteúdo do código, que pode ser ouvido em qualquer lugar
Segundo Susana Pimentel, diretora do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens) e uma das idealizadoras do trabalho “O Quick Voice pode ser definido como um recurso de Tecnologia Assistiva, pois visa promover acessibilidade à pessoas cegas ou com baixa visão”, comenta.
Para o estudante Raphael Mascarenhas, um dos criadores do app, o G-TERF já pensa nos próximos outros passos. “Nós temos conversado no Grupo para criar um único aplicativo que permita um leque de soluções aos portadores de deficiência através das Libras”, explica.
O reitor Silvio Soglia considerou importante e simbólica a conquista do Certificado pela UFRB e parabenizou os autores pela iniciativa. “A UFRB ao longo de sua história aponta na perspectiva da inclusão. Então quero parabenizar os autores e todos envolvidos por mais essa tecnologia que a gente gera na universidade para melhorar a vida das pessoas”, disse.
Para usar o aplicativo Quick Voice é preciso baixá-lo, ativar o botão de leitura e apontar a câmera do celular em direção de um código QR, a partir daí o aplicativo rapidamente o converte para texto e já transforma em áudio. O Quick Voice está disponível, de maneira gratuita no Google Play.
O projeto tem o fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).
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