Com a presença de representantes de instituições de ensino brasileiras e europeias, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) deu início nesta terça-feira, dia 15, no campus de Cruz das Almas, ao Seminário sobre Internacionalização com Foco na Pesquisa e Pós-Graduação. O evento reúne o relato de experiências bem sucedidas e tem como mote a nova proposta da CAPES/MEC para a internacionalização das Instituições de Ensino Superior (IES).
Compuseram a mesa de abertura o reitor da UFRB, Silvio Soglia; a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação, Rosineide Mubarack; a superintendente de Assuntos Internacionais, Ana Fermino, e, como convidados, os professores Isac de Medeiros, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); José Maria de Lima, da Universidade Federal de Lavras (UFLA); José Magno Luz, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
O reitor falou sobre a sua expectativa em empregar as proposições do Seminário no processo de internacionalização e no desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação da UFRB. “Tivemos uma grande experiência com o Programa Ciência Sem Fronteiras no âmbito da graduação, que imprimiu um novo contexto de internacionalização nas universidades brasileiras. Precisamos agora que essas experiências internacionais gerem possibilidades concretas de cooperação e projetos futuros para o reconhecimento dos nossos programas de pós-graduação, como sinaliza a CAPES”, ressaltou Soglia.
A superintendente Ana Fermino destacou que um dos objetivos do evento é debater o processo de internacionalização da UFRB e a política que será adotada pela instituição para os próximos anos. Em sua fala sobre o “Panorama atual da Internacionalização na UFRB”, ela apresentou as ações empreendidas e os números alcançados com os programas de mobilidade internacional. De acordo com os dados, foram 130 discentes de graduação em intercâmbio pelo Ciência Sem Fronteiras e 560 missões no exterior por docentes entre 2006 e 2017.
“Nessa nova política da CAPES, nós precisamos discutir quais países, quais universidades e quais áreas estratégicas nós devemos trabalhar para que possamos alavancar a internacionalização da nossa universidade, e que isso tenha reflexos na nossa pesquisa e pós-graduação”, disse Fermino. Para a superintendente, é preciso que “as universidades planejem o seu processo de internacionalização e não apenas ações pontuais, que não chegam a ser institucionalizadas”.
O professor Isac de Medeiros, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UFPB, apontou a necessidade de tornar visíveis as instituições e o que elas estão produzindo. “As necessidades da internacionalização já vêm sendo pensadas pela comunidade científica há muito tempo. O Plano Nacional de Pós-Graduação já prevê esse processo, inclusive com a definição de estratégias, mas claro que, diante dos problemas econômicos, a gente precisa refletir e repensar sobre elas”, afirmou.
Dupla diplomação
Durante o evento, o reitor da UFRB, Silvio Soglia, e o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal, José Alberto Pereira, renovaram o protocolo de intenções entre as instituições, que existe desde 2009 e tem por objetivo promover e fomentar atividades acadêmicas, científicas e culturais através de colaboração no ensino, na pesquisa e na extensão.
Na ocasião, também foi assinado o primeiro termo aditivo referente ao programa de dupla diplomação na área de Engenharia Agronômica, envolvendo o Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (UFRB) e a Escola Superior Agrária (IPB). Os estudantes de Agronomia da UFRB que participarem do programa irão receber, após o período da mobilidade, o diploma de Mestre em Agroecologia pelo IPB.
O seminário sobre internacionalização segue até esta quarta-feira, 16, no auditório da Biblioteca.
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