Texto: Matheus Rufino e Larissa Molina
Teve início na quarta-feira, dia 21 de novembro, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira, o IV Congresso Internacional sobre Culturas. Em sua quarta edição, o evento tem como tema “Memória e Sensibilidade – Cenários da Experiência Cultural Contemporânea” e é promovido pela UFRB por meio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), com apoio do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (UFBA),
Participaram da cerimônia de abertura autoridades acadêmicas e membros da rede de pesquisadores sobre culturas da UFRB, UFBA, Universidade da Beira Interior (UBI) e Universidade do Minho (UMINHO). A professora Renata Pitombo, coordenadora do PPGCOM, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a afetividade na realização do congresso. A vice-reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, reforçou a importância do evento para fortalecer a cooperação acadêmica entre as universidades onde a cultura exerce uma questão central. “Estamos num momento importante para receber esse evento. A expectativa é fortalecer a rede entre a UFRB, a UFBA e as universidades portuguesas’’, disse.
Também participaram da mesa o diretor do CAHL, Jorge Cardoso; a coordenadora de ensino da Pós-Graduação da UFRB, Ana Loyola; o diretor do Centro de Culturas, Linguagens e Tecnologias da UFRB, Danillo Barata; o vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez; o diretor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA, Messias Bandeira; o coordenador do Pós-Cultura da UFBA, José Roberto Severino; a diretora da Faculdade de Comunicação da UFBA, Suzana Barbosa; o diretor da Faculdade de Artes e Letras da UBI, José Rosa, e o coordenador do Mestrado em Estudos de Cultura da UBI, Urbano Sidoncha.
Em suas falas, os professores chamaram atenção para importância das reflexões sobre as culturas para as universidades no momento atual. “Precisamos compreender a importância de eventos como esse, até para resistir a essas investidas contra a universidade’’, afirmou o vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez. “Cultura é poder de emancipação, de consciência. Um juízo de valor que formulamos sobre o que mais importa, disse José Rosa, da UBI.
Cultura, memória e patrimônio - Após a mesa de abertura, foi promovida a mesa-redonda do congresso com a temática “Processos criativos e patrimônio cultural”. Mediada pelo professor Danillo Barata, foi composta pelos professores Edilene Matos, José Roberto Severino e José Rosa. Matos falou sobre o caráter mágico da poesia e a vida e obra do poeta português Antônio Aleixo, que refletiu sobre poesia e as várias dimensões da poesia e da oralidade.
Rosa destacou em sua fala os processos de construção de identidades na pós-modernidade, além de ressaltar o uso crítico da memória. “É preciso libertar o futuro do passado, mediante o uso crítico da memória contando as histórias a partir do lugar do outro. Isso é muito difícil, mas é o único caminho para reelaborar criativamente a memória”, afirmou.
Já Severino falou sobre políticas culturais e processo social do desenvolvimento de políticas para preservação do patrimônio cultural no Brasil, destacando como se pode pensar o patrimônio como lugar de resistência e memória.
Lançamento de livros e Bossa Nova - No período da tarde, o congresso prosseguiu as atividades com as sessões de apresentações em dez Grupos de Trabalho e também o lançamento dos livros: Escritas da Cidade, de Daniela Abreu Matos, A Instituição do Sensível, de Monclar Valverde, e LGBT como Pauta do Jornalismo, de Eder Santana.
À noite, o primeiro dia do congresso foi encerrado com o recital em homenagem aos 60 anos da Bossa Nova no Cine Theatro Cachoeirano. O espetáculo - sob direção musical e arranjos do o vibrafonista Ricardo Valverde e participação da cantora paulistana, Bia Goes - trouxe grandes clássicos do estilo puramente brasileiro, que despertaram as memórias afetivas do público. O congresso segue até essa sexta-feira, 23 de novembro.
Confira as fotos (crédito: Emily Chaves, Bárbara Seabra e Caíque Fialho):