Estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) ligados ao Capítulo IEEE PES - Institute of Electrical and Electronic Engineers / Power & Energy Society (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos/Sociedade de Potência e Energia) anunciaram o desenvolvimento de um poste gerador de energia autônomo com potencial para atender a comunidades carentes de iluminação pública. O EEEcoluz, como foi nomeado, utiliza um tecnologia acessível composta por materiais recicláveis e de baixo custo, que torna o projeto ecologicamente sustentável.
“A ideia é auxiliar na iluminação de locais com baixa ou zero iluminação pública, levando assim energia para comunidades carentes que não são atendidas pela distribuidora de energia local, além de implantar unidades na UFRB”, explica a estudante Ingrid Flores, vice-presidente do Capítulo PES. O projeto é inspirado no trabalho da organização internacional Litro de Luz, que opera em 20 países levando luz até moradores que vivem sem iluminação em suas casas. Para tanto, foi desenvolvido um protótipo que está em fase de testes e apresentações em eventos científicos.
“Atualmente, estamos arrecadando fundos para instalação de uma unidade na UFRB e, com isso, podermos fazer levantamento de dados, dar visibilidade ao projeto e conseguir apoio e patrocínio para instalação das demais unidades”, disse Ingrid. O protótipo foi apresentado na Feira Expositiva do Ramo Estudantil IEEE UFRB, realizada no Hall da Biblioteca do Campus de Cruz das Almas, no último dia 11 de abril. O evento contou com a participação dos Capítulos técnicos PES, RAS e o IAS, o Grupo de afinidade WIE e o Grupo de Atividade TISP, que compõem o Ramo.
Destaque na feira, o protótipo do poste é composto por um painel solar (placa fotovoltaica), um circuito eletrônico e um bateria (secundária). De acordo com os integrantes do Capítulo PES, a vantagem em relação aos postes comuns é que o EEEcoluz trabalha com energia solar e off grid, ou seja, energia gerada de forma sustentável e independente, que não necessita de conexão com o sistema de energia da rede pública. Além disso, eles ressaltam outros ganhos com o projeto. “O estudante envolvido aprende algo que vai além de conhecimentos acadêmicos, que é pensar no próximo e encontrar soluções que ajudem a melhorar a qualidade de vida das pessoas de nossa comunidade”, destaca Ingrid.
As atividades do projeto EEEcoluz tiveram início no ano de 2017, logo após a fundação do capítulo PES. Desde então, conta com duas equipes de trabalho compostas por discentes do Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas (BCET) e das Engenharias da UFRB, coordenada pelos professores Marcus Tulius e Fernando Cardoso. “É de extrema importância que a UFRB incentive práticas como essas para que elas ganhem força, podendo vir a ser um gatilho para que outros projetos sejam desenvolvidos pelos discentes em prol da universidade e de um retorno ao investimento feito em nós por toda nação”, acredita a estudante.
Sobre o IEEE – Criado em 1884, nos Estados Unidos, o IEEE é uma sociedade técnico-profissional internacional, dedicada ao avanço da teoria e prática da engenharia nos campos da eletricidade, eletrônica e computação. Congrega mais de 400.000 associados, entre engenheiros, cientistas, pesquisadores e outros profissionais, em cerca de 150 países. Sua estrutura está organizada em Capítulos Estudantis, que são subunidades técnicas de um Ramo Estudantil IEEE e consistem de membros de uma ou mais sociedades que compartilham interesses técnicos e proximidade geográfica. Os capítulos fornecem aos membros da sociedade programas, atividades, networking profissional, eventos especiais, conferências etc.
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