Integrantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) e do curso de graduação em Engenharia de Pesca, cumpriram uma agenda de três dias, com representantes dos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Trabalho e Emprego (MTE), em comunidades quilombolas e ribeirinhas, formadas por pescadores(as) e marisqueiras de Cachoeira, São Félix, Santo Amaro e Capanema, no Recôncavo baiano. O objetivo foi conhecer a realidade desses locais para propor e firmar parcerias, em projetos de ações afirmativas e segurança alimentar e nutricional.
Estiveram em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro, com a pró-reitora da PROPAAE, Denize Ribeiro, a diretora do Departamento de Inclusão Produtiva e Inovações da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal, do MPA, Natália de Azevedo, e a chefe da Assessoria Especial de Articulação de Políticas de Trabalho para o Desenvolvimento, do MTE, Rosana Valle. As representantes ministeriais vieram a convite realizado em Brasília pela referida pró-reitora e pela reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, em que as representantes se comprometeram a conhecer o território do Recôncavo da Bahia, dialogar com os pescadores(as) e marisqueiras e verificar in loco as potencialidades do setor.
Em avaliação após visitas para conhecer o Quilombo Kaonge e o trabalho desenvolvido pelo Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), pelo Movimento de Pescadores e Pescadoras, pela Bahia Pesca (empresa vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia) e pelas associações de pescadores(as) e marisqueiras, Natália e Rosana decidiram pela elaboração de acordo de cooperação técnica entre a UFRB e os ministérios da Pesca e do Trabalho, para desenvolvimento de ações voltadas ao fortalecimento da pesca artesanal no território do Recôncavo.
A PROPAAE vai atuar como mediadora e apresentadora de propostas para a cooperação técnica, e os ministérios vão descentralizar recursos para implementação de ações de políticas afirmativas voltadas a estudantes do ensino médio das comunidades quilombolas e ribeirinhas visitadas e a estudantes de graduação e de pós-graduação da UFRB.
Devem fazer parte do desenvolvimento dos projetos os cursos de Engenharia de Pesca, Nutrição e Serviço Social, entre outros.