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Nota da Reitoria da UFRB sobre o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC)
10/09/08 14:13
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13/01/16 15:35
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A Reitoria da UFRB é completamente favorável aos processos de avaliação institucional do ensino superior. Particularmente no sistema público, a avaliação é necessária para prestar contas à sociedade brasileira dos recursos que ela investe na educação. No entanto, consideramos que a inclusão da UFRB no ranking definido pelo novo indicador que aponta a qualidade de instituições de educação superior constitui-se num grave equívoco. No portal do INEP (http://www.inep.gov.br), a explicação sobre o significado do Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), ratifica a inadequação do uso do referido índice para a UFRB. A posição da Reitoria da UFRB decorre dos seguintes fatos:
A - Não existe universidade com apenas um curso. Reduzir a avaliação da UFRB ao resultado obtido pelo curso de engenharia agronômica, como, infelizmente, fez o INEP desconsidera o imenso esforço da comunidade acadêmica da UFRB e do próprio MEC em instituir uma universidade que já conta com quatro campi, 300 professores (chegaremos a cerca de 700 até 2012), 200 servidores técnico-administrativos, oferece 1.790 vagas no vestibular em 26 cursos de graduação, 01 doutorado e 04 cursos de mestrado;
B- O curso de engenharia agronômica apresenta, infelizmente, uma série de insucessos desde o ano de 2000, quando o processo de avaliação de cursos de ciências agrárias foi instituído pelo MEC e ocorria por meio do Exame Nacional de Cursos (Provão): Ano 2000 – conceito C; Ano 2001 – conceito C; Ano 2002 – conceito C; Ano 2003 – conceito E. Por fim, em 2007, quando incluído no ENADE, o referido curso obteve o conceito 1, equivalente portanto àquele obtido em 2003 no Provão, quando este curso de graduação integrava a UFBA. É importante registrar que a comunidade do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB, após profundas análises, realizou uma reforma curricular do curso de engenharia agronômica, recentemente implantada. Por outro lado, com a criação da UFRB, tem-se claro que o curso de engenharia agronômica foi fortemente beneficiado pela implantação dos novos cursos no campus de Cruz das Almas. A contratação de professores e a implantação de novos laboratórios terão impactos diretos e positivos no referido curso;
C – É importante reconhecer que nada indica que tenha havido boicote ao ENADE. Um percentual abaixo de 20% dos alunos ingressantes e concluintes obteve notas entre 00 (zero) e 10 num máximo possível de 100. Deve-se ressaltar, no entanto que a falta de informações sobre a importância do ENADE parece contribuir para resultados aquém do esperado para o nível do curso oferecido. É evidente que docentes, discentes e administração precisam ampliar a consciência sobre a relevância do ENADE, notadamente pela perspectiva sistêmica que ele apresenta, possuindo características no processo avaliativo que foram sugestões de professores e alunos de todo o Brasil;
D - Na composição do IGC é possível afirmar que praticamente todos os itens considerados foram gerados num período anterior à criação da UFRB e, mais importante e injusto: tais itens dizem respeito a atividades da então Escola de Agronomia da UFBA que, sob nenhum argumento minimamente razoável, poderia ter uma dinâmica comparada à de universidades e, então com elas perfilada para comparações como, infelizmente, fez o INEP.
Recém criada, com apenas dois anos de funcionamento, a UFRB solicitou uma visita in loco de uma Comissão do INEP para reavaliação da infra-estrutura e das condições de ensino do seu único curso avaliado. Com a criação da UFRB, houve investimentos em novos equipamentos, contratação de novos professores e uma reforma curricular, por isso a necessidade de uma reavaliação.
A referida visita será uma interessante oportunidade para o INEP se informar sobre o belo capítulo do ensino superior que professores, técnico-administrativos, estudantes e comunidade estão escrevendo no interior do nordeste do Brasil.
Atenciosamente,
Silvio Luis Soglia
