Seminário na UFRB cria Rede Baiana de Pró-Reitorias de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) sediou na última quinta-feira (05) o Seminário da Rede de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Bahia, no auditório da PPGCI, campus Cruz das Almas. O evento reuniu coordenadores e pró-reitores de pesquisa e pós-graduação da Bahia com o objetivo de formalizar a integração das pró-reitorias e desenvolver uma rede de suporte entre as instituições de ensino superior do estado.
A Rede Baiana de Pró-Reitorias de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação foi aprovada por unanimidade pelas representações institucionais presentes no Seminário e será coordenada por Maurício F. Silva (UFRB) e Silvone S. Bárbara Silva (UEFS). Resultado de diversos encontros realizados nos últimos anos, a Rede terá papel estratégico na gestão da pesquisa no estado e se propõe a contribuir na temática junto aos diversos órgãos responsáveis pelo fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).
“Sentimos a necessidade de estreitar mais os laços e pensar ações comuns para fortalecer a pesquisa em torno de um plano de ação que pudesse trazer uma melhora no processo de desenvolvimento do estado. Nós estamos discutindo todas as áreas: saúde, produção alimentícia, a questão de desenvolvimento de tecnologias de ensino e etc., a ideia é que a gente consiga agregar a partir desse desenvolvimento e colocar a disposição da sociedade”, conta Maurício F. Silva.
A articulação surge como assistência colaborativa entre as instituições de ensino públicas e privadas baianas, tendo em vista a possibilidade de ampliação e maior qualificação das ações científicas. Em um contexto complexo de cortes orçamentários volumosos e a disseminação de discursos negacionistas que buscam desqualificar as pesquisas produzidas por estas instituições, torna-se fundamental concretizar este vínculo, como afirma o reitor da UFRB, Fábio Josué.
“É indispensável que possamos estar reunidos, construindo parcerias para compartilhamento de espaços, para a troca e socialização de experiências, para a mobilidade de nossos pesquisadores, nossas equipes que compõem essas instituições de modo que possamos fortalecer a pesquisa, a pós-graduação e a inovação no estado da Bahia”, aponta.
Já Cláudio Reichert (UFOB) destaca a institucionalização da rede como forma de fortalecimento. “A gente acredita ser importante concretizar a formalização, porque tem um aspecto político-institucional, no sentido de defendermos essas questões relacionadas à pesquisa, ciência, tecnologia e inovação e o papel social disso”.
Bahia Competitiva
Na ocasião, houve também o lançamento de editais do Programa Bahia Competitiva, apresentado por Handerson Leite, diretor de Inovação da FAPESB. O programa visa apoiar Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) baianos através de projetos em parceria com empresas que promovam inovação, formação de pessoas e o desenvolvimento de tecnologias.
Handerson Leite falou sobre a necessidade de encorajar a propagação dos projetos para outros espaços além das instituições acadêmicas. “O papel da FAPESB aqui é incentivar essa integração. Nós mudamos a lógica dos nossos editais e desenvolvemos a pesquisa em rede, utilizando do espaço compartilhado, seja com outras universidades, seja com a comunidade”, reforça.
Dessa forma, o pacto entre as instituições de ensino superior e o desenvolvimento de projetos de intervenção podem auxiliar no desenvolvimento da sociedade e impactar diretamente nas esferas socioeconômicas do país, como enfatiza Robério Silva (UESB), presidente do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (FROPOP).
Os seguintes eixos temáticos e suas respectivas áreas prioritárias compõem o Bahia Competitiva: Eixo 1 - Social: educação, segurança pública, governo inteligente, economia solidária e empreendedorismo social / Eixo 2 - Tecnologias Habilitadoras: nanotecnologia, indústria 4.0 e computação avançada / Eixo 3 - Desenvolvimento Econômico: energias renováveis, economia verde, economia criativa, tecnologias em saúde, agricultura familiar e agronegócios.