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Mulheres sustentam a casa

Postado em 06 dezembro 2008 por Tamires Peixoto

Bárbara Pedreira, 53 anos, moradora de São Félix, vive com o filho e separou-se do marido, por causa da infidelidade dele. Ela conta que só conviveu com ele enquanto esteve grávida. Quando a criança nasceu, há treze anos, o marido passou a ter um outro relacionamento e saiu de casa.
O filho recebe uma pensão alimentícia do pai. No entanto, Bárbara, que é funcionária pública, sustenta a casa sozinha. Isso já ocorria mesmo quando estava casada, pois o marido gastava toda a sua renda com a amante. As irmãs que moram no Rio de Janeiro sempre ajudaram nas despesas. Ela diz que nunca faz o que não tem condições, e demonstra ser bem controlada financeiramente.
Bárbara conta que não sente falta do marido e que, depois dele, não se relacionou com mais ninguém. Ela se queixa do desrespeito dos homens. Prefere ficar sozinha. “Meu filho sente falta da presença do pai, mas eu tento preencher esse vazio”, comenta.
“As estatísticas (…) (IBGE, 2002) revelam que 24,9% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. A maior concentração está nas camadas mais pobres da sociedade, onde as condições precárias de vida, evidenciadas pelo desemprego ou subemprego dos companheiros ou a própria condição de mães solteiras, separadas ou viúvas as conduzem ao mercado de trabalho em situações que vão desde o compartilhar até responsabilizar-se sozinhas pela manutenção da casa” (Mary Alves Mendes).
Rejane Conceição, 44 anos, tem um namorado há dois anos. Contudo, ele se envolveu com uma outra mulher e ela engravidou. Desde então, as despesas da casa passaram a ser de responsabilidade de Rejane. O sustento vem de uma pensão do falecido pai e de um primeiro marido, também falecido, com quem teve dois filhos. Rejane já trabalhou em casas de família. O interessante do caso de Rejane é que ela parece complacente com situação, não se queixando tanto do fato de dividir o namorado com outra mulher. Ela brinca, dizendo que será uma outra pessoa em 2009.
Muitos estudos consideram o posicionamento da mulher no posto de chefe do lar como uma conquista de lutas do feminismo. Contudo, deve-se perceber que, em muitos casos, o perfil de provedora do lar é assumido por conta de situações que indicam que a população feminina ainda encontra obstáculos na sociedade, tais como o desrespeito conjugal, as desigualdades da divisão sexual do trabalho (algumas profissões ainda continuam sendo consideradas próprias apenas para homens e outras, apenas para mulheres) e até mesmo a violência.

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1 Comentários Para Este Artigo

  1. Ilani Silva Disse:

    Gostei da matéria Tamires e CAio! Mostra bem uma realidade, afinal a mulher ganhou espaço saindo de casa e tendo a possbilidade de trabalhar, mas mesmo assim quando chega em casa tem uma outra jornada de trabalho que é arrumar a casa, limpar, cozinhar, cuidar do filho e muitas ainda tem uma terceira jornada que é a de passar algumas horas sustentando o mito da beleza. A luta feminista não é fácil, quando pensa que há uma grande vitória, outras imposições subjetivas e implicitas vão abraçando as vitórias e tentando derrubá-las.

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