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Categoria | Mulher

Ser mãe solteira é muito difícil?

Postado em 11 setembro 2009 por Tamires Peixoto

Cresce o número de mães solteiras no Brasil, apesar da redução dos números de filhos por mulher. A tensão é ainda maior quando as futuras mamães são “meninas”, entrando na fase da adolescência ou já adolescentes.

Segundo site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil, 27,4% entre os 328 mil jovens, mulheres, de 15 a 19 anos, são responsáveis pelos domicílios, principalmente nas áreas mais carentes. Houve um ligeiro aumento na proporção de meninas de 15 a 17 anos de idade com filhos, de 2004 para 2005, de 6,8% para 7,1%. Esse aumento ocorreu principalmente no Norte (1,6 ponto percentual) e Nordeste (0,5 p.p.).

Amadurecimento precoce, perda de espaço, de desenvolvimento, o estudo é deixado para segundo plano e os sonhos de conquistas, muitas vezes, são interrompidos. Além disso, o estado emocional dessas meninas – mulheres é intensamente abalado.

Na cidade de São Félix, a situação não é diferente. O número de mulheres que tiveram filhos, precocemente, e que assumiram a responsabilidade sobre as crianças “sozinhas”, sem ajuda dos parceiros é significativo.

“O destino pregou essa peça em mim. Não é nada do que eu planejei, não é nada do que eu esperava”, relata Jéssica Samile da Silva Martins, 18 anos, moradora de São Félix e mãe aos 17. Jéssica encontrou na sua família, o apoio emocional e financeiro necessários para enfrentar essa fase turbulenta de sua vida. “Se eu não tivesse minha família ao meu lado eu não sei o que seria de mim. É muito difícil ser mãe solteira”, acrescenta. Além disso, o pai do seu filho não ajuda nas despesas da criança. Nairobi Chaves Cerqueira, 21 anos, também tem uma história parecida. Engravidou aos 17 anos e só conviveu com o pai de sua filha 10 meses após o nascimento da criança. “Cada um foi para o seu lado, não dava mais certo ficarmos juntos, mas ele continuou com a obrigação dele de pai e eu com a minha de mãe. Não reclamo de nada, tenho minha família ao meu lado. Minha filha veio na hora certa e só trouxe coisas boas pra mim, ela é tudo na minha vida”, comenta Nairobi.

Cobrança da família em casa, repudio da sociedade lá fora. Esse também é um dos obstáculos que as mães solteiras enfrentam, seja na vida profissional, seja na reconstrução de um novo relacionamento ou nas amizades. “No começo minha mãe me colocou pra fora de casa. Engravidei por descuido, tinha apenas 14 anos e o pai do meu filho era casado e eu não sabia. Minha família ficou revoltada, principalmente por que eu era muito nova”, diz Lílian da Silva Pedreira, 24 anos, mãe há nove anos.

Lílian sofreu muitos preconceitos por todos os lados. Chegou a não querer pegar o seu filho nos primeiros meses por medo. “Sofri demais. Na escola armaram uma cadeira quebrada para mim, eu sentei e cair. A minha barriga feriu e quase foi aberta. Minhas amigas se afastaram de mim. As mães proibiram que elas andassem comigo. Falavam que eu iria colocá-las a perder”, completa.

Ser mãe solteira atrapalha o lado amoroso, afirma as entrevistadas. A insegurança e o receio de “começar de novo”, está presente na vida dessas mulheres. Jéssica Samile admite que será complicado encontrar um outro namorado. “Eu e o pai do meu filho brigamos muito. E ele não quer que eu me relacione com outra pessoa”, conclui. Nairobi afirma que namora, mas não se vê morando com outra pessoa. “Não pensei ainda em um relacionamento profundo. Tenho receio por causa da minha filha. Se fosse menino seria diferente. A gente nunca sabe o que está passando na mente da outra pessoa. Ela vai crescer, vai despertar. E eu fico pensando: será que ele vai abusar da minha filha?”, relata.

“Se você é casada e contrata uma pessoa para trabalhar em sua casa e essa pessoa é mãe solteira, você não vai confiar nela. Vai sempre querer que ela fique longe do seu marido, pensando que ela vai dar em cima dele. É assim que acontece comigo”, observa Lílian. E continua: “Na construção de um outro relacionamento atrapalha também, por que não são todos os homens que aceitam o filho de outro homem. Aí reclama o tempo todo, muitas vezes quer maltratar o filho da gente e a gente que é mãe, sente um bocado. Desse jeito, não tem como ficar com ninguém”.

Com tudo isso, todas elas são muito felizes do jeito que vivem. Amam os seus filhos e fazem tudo por eles. O instinto materno é ainda mais forte. Sendo solteiras, casadas, divorciadas e viúvas, todas possuem algo muito forte em comum. Acima de tudo são verdadeiramente mães.

Maiane Matos

1 Comentários Para Este Artigo

  1. Gislene Disse:

    Ser mãe solteira é uma tarefa difícil. Quanto mais jovem mais complicado fica. Porque dúvidas, medos e arrependimentos são constantes.

    Eu tive minha filha com 25 anos.

    Mas sempre fica aquele receio de recomeçar, porque:

    Nosso tempo se limita a casa e trabalho

    Os custos aumentam grandemente. Junto a preocupação com a criança

    Dependemos dos outros para cuidar do nosso bebê (Pois muitas vezes o que ganhamos não é suficiente para pagar um local) e as jogadas na cara de ajudar nos machuca.

    Não confiamos mais no sexo oposto, e qualquer falha já nos faz pensar que são todos iguais.

    Muitos homens acham que mãe solteira significa sexo fácil. E acaba nos ofedendo e entristecendo muitas vezes com comentários.

    A vida social já não é mais a mesma: Algumas mães de amigas nos recriminam e proibem até a amizade.

    Aqueles que ainda não se afastaram. Muitas vezes tem comportamentos totalmente diferentes dos teus, por conta das circunstâncias.

    Piadas, Comentários maldosos de quem não gosta de ti são inevitáveis. O preparo psicológico tem de ser a cada dia.
    Para não se oprimir, para não desistir de continuar, e para se doar da melhor maneira ao teu filho.

    Eu ainda não quero me envolver com ninguém. Pois tenho muito medo
    Minha filha tem somente 1 ano e 8 meses. Tenho medo de alguém fazer algum mal a ela. Acho que enlouqueço!

    E apesar de estar convivendo com a difícil tarefa de ser MÃE SOLTEIRA!
    Tenho plena consciência de que apesar de ter acreditado que tudo tomaria outro rumo. Sabia do risco de ter sido abandonada em um momento que é tão especial na vida de uma mulher.

    Também sinto que quem mais perde é o pai da criança.

    Porque eu curto cada momento e tudo parece novo e alegre no momento que estou com minha filhota.

    Não recrimino quem opta pelo aborto. Ou por conviver em meio a tempestades com o pai da criança.

    Mas acredito que qualquer decisão, deve ser bem analizada e rápido
    Para não se arrepender. E colocar em risco um inocente.

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