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A poesia está de luto: Morre Damário Dacruz

Postado em 22 maio 2010 por Gustavo Medeiros

Morreu na madrugada da última sexta-feira (21), aos 56 anos, no hospital Jorge Valente, em Salvador, o poeta, jornalista e fotógrafo Damário Dacruz. Ele não resistiu aos efeitos de um devastador câncer no pulmão. O corpo foi velado até o meio-dia no Cemitério Jardim da Saudade de onde seguiu para o sepultamento no cemitério da Piedade em Cachoeira.

Em vida, Damário sempre manifestou aos familiares o desejo de ser sepultado em Cachoeira, cidade que ele adotou há mais de duas décadas e onde fundou o espaço cultural Pouso da Palavra. Damário estava atuando na Assessoria Geral do Comunicação do Estado da Bahia (Agecom).

Sepultamento-Amigos, familiares, artistas, autoridades e pessoas simples se despediram ontem (21/05) à tarde do poeta Damário Dacruz. O corpo do  fundador do ESpaço Cultural  Pouso da Palavra, foi velado no Salão Nobre da Câmara de Vereadores.

Antes do sepultamento no Cemitério da Piedade, amigos prestaram homenagens a Damário. No ato religioso que antecedeu ao sepultamento, o cônego Hélio Cezar Leal Vilas-Boas lembrou a criatividade do poeta. Familiares do poeta Damário Dacruz continuam recebendo muitas manifestações de pesar pelo seu falecimento.

POEMAS

Todo Risco

A possibilidade de arriscar

É que nos faz homens

Vôo perfeito

no espaço que criamos

Ninguém decide

sobre os passos que evitamos

Certeza

de que não somos pássaros

e que voamos

Tristeza

de que não vamos

por medo dos caminhos

Caixa-preta

Sou um homem.

Portanto,

mais que palavra.

Não pronuncio

o sentimento

apenas como palavra.

O que foi dito

ao entardecer

não se confirma

na madrugada.

O que foi visto

no sonho

não se confronta

com a realidade.

Sou um homem.

Portanto,

uma surpresa.

Por Elsimar Pondé e Alzira Costa ( adaptado)

2 Comentários Para Este Artigo

  1. Valdeck Almeida de Jesus Disse:

    A morte e a vida de um poeta

    Um poeta morre todo dia,
    E não apenas no dia da sua morte.
    Sorte, má-sorte, é para quem vive
    A ilusão da vida eterna
    Eternamente no corpo.

    Para o poeta, o que importa,
    De verdade, é o passado, o futuro,
    Algo que não se toca, na se pega.

    O poeta vive o invisível, o não vivido.
    O dia a dia do poeta é sofrido,
    Não medido, não visto, não visitado.

    A morte, com sorte, é apenas uma passagem
    A uma nova vida, sonhada, não vivida
    Sofrida, impossível, etérea.

    Vai poeta, abraça teu futuro e teu passado
    Voa, poeta. O infinito te espera,
    Colossal, improvável, invisível…

    Vai poeta, recita, declama,
    Faz parte do universo,
    Faz da vida um verso…

    Valdeck Almeida de Jesus
    Para Damário da Cruz
    22 de maio de 2010
    São Paulo-SP – Jardim Ângela
    http://www.galinhapulando.com

  2. Helenita Disse:

    Tive a felicidade de conhecer o grande Damario em Cachoeira, fiquei encantada com sua simpatia, com a sua inteligencia e com o seu enorme prazer pela vida.
    Fique extramamente triste com o desaparecimento tao precoce.
    Mas com certeza o homem se eterniza quando o seu trabalho permanece e com certeza Damario sera eterno.

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