A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Facilmente reconhecido pelas suas características (preto e com rajadas ou listras brancas), o mosquito é menor que o pernilongo comum, picam durante o dia, e só as fêmeas alimentam-se de sangue. Seus ovos se desenvolvem em água parada, seja ela limpa ou suja. No verão os riscos aumentam por conta da alta temperatura e das chuvas fora de época, que tornam o ambiente propício para a reprodução dos mosquitos.
Segundo o agente de endemias de Cruz das Almas Alessandro Almeida de Santana, o mosquito da dengue possui uma metamorfose completa uma vez que seus estágios de desenvolvimento são compostos por quatro fases: ovo, larva, pulpa e mosquito. Alessandro alerta a população para um fato preocupante, o mosquito vem sofrendo mudanças ao longo do tempo e está ganhando agilidade no seu tempo de desenvolvimento, um ovo que precisava de 24 a 48 horas para transformar-se em larva, hoje basta apenas 15 horas para a transformação.
A população deve ficar em alerta no combate ao mosquito, não deixando água parada nos recipientes como garrafas, pneus, tampas de garrafa pet, reservatórios de água e todo e qualquer vasilhame que possa acumular as águas das chuvas. Deve-se ter em mente que o Brasil faz parte dos países que estão nos trópicos e por isso tem todas as condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito.
Em terreno baldio são encontradas larvas do mosquito
Os sintomas da dengue são febre alta entre 38 a 40 graus, dor nos olhos, nas articulações, manchas na pele, olhos vermelhos, falta de apetite, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores em todo o corpo. A pessoa que apresentar esses sintomas deve procurar uma unidade de saúde para um diagnóstico e prescrição do médico e em hipótese alguma se automedicar, uma vez que poderá levar a doença para o estágio hemorrágico que pode ocasionar a morte.
O estágio hemorrágico é a forma mais grave da doença, pode ser provocada por remédios contra-indicados ou pelo fato da pessoa ter sido infectada com vírus por mais de uma vez ou seja, a pessoa que tem dengue pela 2ª vez, já corre o risco de ter a dengue hemorrágica. Segundo Alessandro um dos maiores problemas para os agentes de endemias combaterem a dengue são os lixos despejados em terrenos baldios, as casas que estão fechadas e não podem ser visitadas e reservatórios de água postos em locais de construções sem tampa, como veremos no vídeo a seguir.
Por Daniela Silva e Meire Fiuza
Confira o vídeo com Alessandro, agente de endemias
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Comitê de combate a Dengue/UFMG
