Segundo dados da Secretaria de Assistência Social, o programa assiste atualmente  cerca de 64 crianças no Distrito de Iguape,  41 no São Francisco e apenas 27 crianças na sede. Embora existam dificuldades de permanência dessas crianças e adolescentes no projeto. “As crianças não comparecem todos os dias e às vezes chegam a vir duas crianças em um turnoâ€, diz Palloma Braga, monitora do PETI. Para ela, o número de jovens inseridos no programa ainda é pouco.

Com dois anos de funcionamento, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)  ainda encontra dificuldades para manter suas atividades. Segundo Sérgio Rocha, monitor do PETI, a demanda de crianças é muito grande e não há estrutura suficiente para atender todas. Existe a necessidade de mais espaço, de monitores e de recursos. “A verba que o governo repassa é pouco e a prefeitura afirma não ter condições de custear todas as despesas, então a gente trabalha no limiteâ€, afirma Sérgio.

 Sérgio acredita que a evasão dessas crianças se dá pelo não comprometimento dos pais. Para ele, muitas famílias passam por sérios problemas financeiros e muitos deles preferem manter seus filhos trabalhando para ajudar nas despesas da casa, mesmo com a ameaça de perder o benefício. Segundo Palloma, muitos pais não têm a exata noção de como funciona o programa. “As mães olham o PETI como reforço escolar, temos que fazer um trabalho de conscientizaçãoâ€, afirma. Carlos Souza Bispo,15, participante do PETI, trabalha ajudando seu pai a descarregar caminhões na feira. A sua mãe Edna Souza Bispo afirma que o filho não vai todos os dias por falta de interesse.

O programa do Governo Federal tem como objetivo, além de retirar as crianças e adolescentes de 7 a 15 anos do trabalho infantil, possibilitar o acesso, a permanência e o bom desempenho dessas crianças e adolescentes na escola. “O PETI veio justamente para tentar inibir esse tipo de ação, proporcionando a criança uma possibilidade de, em um turno ele está estudando, no outro participando, como chamamos de jornada ampliada, com atividades socioeducativaâ€, afirma Sérgio.

As crianças que estão cadastradas no PETI de Cachoeira recebem o benefício bolsa família; as que não estão inseridas nesse beneficio, recebem pelo PETI uma quantia de 25 reais.  Para receber a transferência de renda, as famílias têm que assumir a responsabilidade de retirar as crianças/adolescentes do trabalho infantil e manter a freqüência dessas crianças e do adolescente na escola e em Ações Socioeducativas.

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Por Queila Oliveira e Talita Costa

 

 

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