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População de Cachoeira mantêm a tradição dos presépios

Postado em 04 janeiro 2010 por Gustavo Medeiros

Em Cachoeira, algumas famílias ainda mantêm viva a tradição do presépio de Natal. A tradicional homenagem artística que relembra o nascimento de Jesus Cristo em um estábulo pode ser visitada até quarta-feira, dia 6 de janeiro , Dia de Reis,nos lares do município. Os cachoeiranos, que não deixaram morrer a tradição cristã, fazem questão de abrir as portas de suas casas para a visitação ao presépio.

Na antiga Rua do Sabão, nos arredores da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, a aposentada Carmelita Santos Ramos,81 anos, faz questão de mostrar o presépio que monta há mais de seis décadas em sua casa. Dona Carmelita conta que herdou do pai a tradição de montar o presépio de natal. A instalação ocupa praticamente todo o espaço da pequena sala. O presépio de dona Carmelita possui cerca de 300 peças, incluindo as imagens do menino Jesus deitado na manjedoura; Maria e José, além dos três reis Magos Melchior, Gaspar e Baltazar.

Considerada como as principais imagens do presépio, essas peças confeccionadas em gesso, pertenceram às tias de dona Carmelita, que no passado, as repassaram para o seu pai.“Eu faço tudo isso com muito gosto e amor”, declara Dona Carmelita, ao mesmo tempo em que se queixa da falta de interesse dos mais novos pela tradição. “As pessoas perderam o gosto pelas tradições e as crianças de hoje pensam que o presépio é uma brincadeira”, ela reclama.

O tradicional presépio começa a ser montado na segunda semana de dezembro. “É para ficar todo pronto no dia 24 véspera do Natal”, adianta-se aposentada que guarda todas as peças cuidadosamente em caixas de papelão. No presépio que recria o nascimento de Jesus Cristo, além da gruta onde Maria dera luz ao filho de Deus, Carmelita deixa a imaginação correr livre.

Na areia da praia espalhada em frente a gruta construída com papel metro imitando rochas, ela espalha bonecas, serias, cavalinhos, soldados, patos e no alto do morro de papel são colocadas casinhas multicoloridas

Não muito longe da casa de Dona Carmelita, na Rua do Dendê, Nivaldo Santos, 36 anos, assegura tradição do presépio também iniciada pelo pai. Com cuidado e carinho, ele cuida de todos os detalhes do ambiente recriado do nascimento de Jesus Cristo. O encantamento e a beleza dos presépios são realçados pelas lâmpadas do pisca-pisca. Detalhe que Nivaldo faz questão de exagerar. “Sem luz não há beleza no presépio”, diz enquanto arruma as figuras.

Na Rua da Santa Casa de Misericórdia, mais duas famílias montam presépio e recebem visitas. Em das casas, a da família Maia, o presépio ocupa quase toda sala da antiga casa. “Se depender de nossa família, a tradição não vai desaparecer”, afirma uma das donas da casa.

O início da tradição- Os cristãos já celebravam a memória do nascimento de Jesus desde finais do séc. III, mas a tradição do presépio, na sua forma atual, tem as suas origens no século XVI. Antes dessa época, o nascimento e a adoração ao Menino Jesus eram representadas de outras maneiras. As primeiras imagens do que hoje conhecemos como presépio de natal foram criadas em mosaicos no interior de igrejas e templos no século VI e, no século seguinte, a primeira réplica da gruta no Ocidente foi construída em Roma.

No ano de 1223, no lugar da tradicional celebração do natal na igreja, São Francisco, tentando reviver a ocasião do nascimento do Menino Jesus, festejou a véspera do Natal com os seus irmãos e cidadãos de Assis na floresta de Greccio. São Francisco começou então a divulgar a idéia de criar figuras em barro que representassem o ambiente do nascimento de Jesus.

De lá pra cá, não há dúvidas que a tradição do presépio natalino se difundiu pelo mundo criando uma ligação com a festa do Natal. Já no século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica.

Neste mesmo século, vindo de Nápoles, o hábito de manter o presépio nas salas dos lares com figuras de barro ou madeira difundiu-se por toda a Europa e de lá chegou ao Brasil. Hoje, nas igrejas e nos lares cristãos de todo o mundo são montados presépios recordando o nascimento do Menino Jesus, com imagens, de madeira, barro ou plástico, em tamanhos diversos.

Por Alzira Costa

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Terméletricas: Reunião divide população em Sapeaçu

Postado em 30 outubro 2009 por Gustavo Medeiros

O que deveria ser uma reunião para esclarecimentos  dos diretores da Multiner, empresa vencedora na licitação pública realizada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), para a construção de duas usinas termoelétricas na localida do Jenipapo, em Sapeaçu na última quarta-feira(28/10), por pouco, não acabou em brigas entre os participantes. A reunião ocorreu no Ginásio de Esportes.

Cerca de 700 pessoas lotou as dependências do ginásio para ouvir a explanação do presidente da Multiner, o engenheiro Jorge Boueri, sobre os projetos e funcionamento das usinas, cujas obras chegaram a ser iniciadas, mas foram suspensas, pois estavam sendo construídas sem as devidas licenças ambientais dos órgãos responsáveis.

Os integrantes do movimento contrário à instalação das usinas, manifestavam a todo instante suas preocupações com relação aos possíveis impactos ambientais que o funcionamentos das unidades poderão causar. “Isso é uma verdadeira pamonha que querem jogar aqui em Sapeaçu”, desabafou o pequeno produtor rural Virgílio Souza,   proprietário de terras no povoado de Laranjeira, próximo ao local escolhido pela empresa para a construção das termoelétricas. “Não querermos esse tipo de desenvolvimento para o Recôncavo”, protestou a comerciante Valcira Costa dos Santos.

Estudantes, aposentados, ambientalistas, donas de casa, pequenos produtores rurais, comerciantes e um grande número de funcionários da prefeitura municipal de Sapeaçu – que teriam sido dispensados do trabalho para comparecer à reunião, de acordo com uma servidora da Secretaria de Saúde,  compuseram o público do agitado encontro. A reunião foi promovida por solicitação dos membros do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEPRAM) que no próximo dia 6 de novembro irá se reunir em Salvador para deliberar sobre a licença ambiental para a implantação das usinas, cujo projeto já recebeu parecer contrário do IMA(Instituto do Meio Ambiente), órgão de fiscalização e defesa do meio ambiente do Estado da Bahia.

 Representantes do Movimento Termoelétricas Jamais em Sapeaçu prometem levar dez ônibus lotados de manifestantes para acompanhar a reunião de Cepram. Três representantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente participaram da reunião.

“O Cepram pode concordar ou não com o parecer do IMA”, explicou o conselheiro Emídio Souza Barreto Neto, representante do Grupo Ecológico Humanista Papamel. Ainda segundo, o conselheiro, a reunião de ontem foi convocada para maiores esclarecimentos por parte da Multiner sobre informações das emissões atmosféricas, cálculos de dispersão de gases e proximidade das construções com residências, pontos destacados no parecer do IMA.

O engenheiro de cálculos ambiental, Sílvio de Oliveira, consultor da Multner, em sua explanação disse que o município de Sapeaçu possui suporte atmosférico capaz de suportar a dispersão de gases que deverão ser lançados quando as usinas estiverem em funcionamento.

 Por sua vez, o presidente do Movimento Termoelétricas Jamais em Sapeaçu, o pós-doutor em Química e professor universitário, Sílvanildo da Silva Borges, questionou as informações dos dois representantes da Multiner. Inconformado com as informações prestadas, ele disse que “o tempo da reunião foi muito curto para esclarecimentos sobre um assunto que pode trazer danos irreversíveis para o homem e para o meio ambiente”, queixou-se. “Os impactos socioambientais poderão atingir toda região próxima e não apenas Sapeaçu”, alertou o ativista.

As duas usinas termoelétricas de Sapeaçu integram a relação das obras do PAC (Plano de Aceleração) do Governo Federal no Recôncavo baiano.

Por Alzira Costa

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