Mostra - Lugares, Fronteiras e Trânsitos

Os trabalhos dessa mostra se movem por diversos territórios, propõem lentes pessoais e modos de ver o real, bem como jogos entre linguagens e gêneros poéticos e estéticos.

Título: Tempo de Pipa

 

Sinopse:
Tempo de Pipa’ é um audiovisual criado a partir da poesia de Breno Silva, que é poeta, ator, ativista, graduando em Museologia pela UFRB, integrante e idealizador do Coletivo Pé Descalço e cofundador do selo Balan’agulha. Em sua poesia, retrata a realidade vívida dos guetos, das crianças, da vida, do genocídio de quem tem a cor-da-noite e do que se origina a partir violência. Para além da poesia falada, o trabalho conta com a participação especial da artista Sued Nunes, que é cantora, compositora, poeta, atriz e cofundadora do selo Balan’agulha. Sued Nunes traz sua musicalidade ancestral para completar a poética de “Tempo de Pipa” e entrega vida a quem dar ouvidos.
Tempo de Pipa é um olhar pro futuro a partir do passado, a infância. O futuro é agora, é ancestral. Visão é verbo, pois o que os olhos veem também é dito. Ser criança não é questão de idade, muito menos de polícia. O assunto aqui é outro, por incrível que pareça. Palavras ressignificadas e cheias de vida, por mais que também seja caso de morte.

Ficha Técnica:
Vozes/Letra: Breno Silva e Sued Nunes
Roteiro: Breno Silva e Marvin Pereira
Fotografia: Gabriel Moreno, Jomar Fonseca e Thiancle Carvalho
Edição/Montagem: Marvin Pereira e Thiancle Carvalho
Realização: Coletivo Pé Descalço e Corvo Vermelho Produções

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)

Título: Muro: Vozes Fluviais 

Sinopse:
MURO: VOZES FLUVIAIS é uma série de colagens de fotografias nascidas de an-danças pelo Recôncavo Baiano. Uma poética em peregrin-ação. Encontro entre os muros, as águas e narrativas diaspóricas. Dissolução da fronteira posta entre a luta e a festa. Como festejar a cura da ferida ainda aberta? Do muro, faz-se voz, do canto, transbordo, das águas que habitam o corpo, faz-se multidão.

Ficha Técnica: Hanna Rodrigues - Artista visual

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)

Título: Janelas

Sinopse:

Obra audiovisual produzida pelo alunos do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas como atividade avaliativa final para o componente Tecnologias Audiovisuais ministrada pelos professores Renata Ferreira Gomes e Luís Henrique Barbosa. O texto original aborda sobre as perspectivas e convicções que desenvolvemos ao longo da vida que inevitavelmente se mostram incompletas por se basearem em recortes extraídos de um contexto infinitamente maior representado pelo Todo que por essência apresenta-se como um conhecimento utópico!

Ficha Técnica:
Édrei Castelo Branco - Direção e Montagem
Amanda Botelho - Texto Original
Juliane Maia - Roteiro

Campus: Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult)

Título: Barbearia

Sinopse:

Tem sido dias marcantes, cada um à sua maneira aqui em Santo Amaro. e esse sábado não fugiu a tônica. perto do meio dia estou olhando pra nós pelo espelho da barbearia corte com fé. de Jeferson. homem preto nascido na Liberdade, Salvador. barbeiro de 6 anos. ex percussionista. aprendeu o que sabe da barbearia na favela, ele me disse. eu o conheci há algumas semanas e chego ainda receoso. 

 Jeferson me abriu o seu espelho. somos pares. enquanto corta o cabelo de Lucas, músico, ele me conta um pouco dos atravessamentos e das migrações em sua vida. nosso encontro acontece após a leitura de A diáspora da bixa preta, Lucas Veiga e Etnografias Brau, Osmundo. que como preciso como o corte na régua de Jeferson me trouxeram a luz os atravessamento a e as interseccionalidade presentes no corpo homem preto. sobretudo na Bahia, em Salvador, onde se inventa toda uma performance de masculinidade negra com um forte apelo visual. é nesse apelo visual que me apego. Salvador como metrópole de grande influência próxima do recôncavo exporta esse estilo performático brau para sua área de influência. enquanto sou obviamente guiado Jeferson em nossas fotos. percebo signos de uma masculinidade peculiar, semelhante ao brau que li, porém com ares do recôncavo. pares díspares em suas e experiências de negritude. ao criarem uma performance que o envaidece o homem preto refaz seu belo.

Ficha Técnica: Lucas Nascimento - Fotógrafo

Campus: Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult)

Título: Maré Quilombola

Sinopse:

Documentário realizado no Quilombo de São Francisco do Paraguaçu, situado no entorno da Baía do Iguape, região do Recôncavo Baiano. De caráter político-poético-antropológico, o fazer fílmico se mistura com a experiência vivida no momento presente, nessa primeira produção do coletivo Caranguejo Filmes. Através dos registros da tradicional festa do Beiju com Mel, é possível sentir a resistência latente da cultura quilombola, que, em uma perspectiva não linear do tempo, a todo momento conversa e renova a tradição.

Ficha Técnica: 

Flora Wiering - fotografia, edição e montagem
Gabriel de Sousa - imagens adicionais
Flávia Silvano - produção
Danilo Santos - ass de produção
Adler Braga - finalização de som

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)

Título: Reduto

Sinopse: Um filme sobre imagens e imaginários

Ficha Técnica: 

Direção: Michel Santos
Roteiro e montagem: Emaxsuel Rodrigues e Michel Santos
Circulação (2020): Festival Curta Taquary, Festival Taguatinga de Cinema, Mostra fale de Cinema, 1° Cine Beiras D'água, Circuito Penedo de Cinema.

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)

Título: 72 Horas dentro de um caminho

Sinopse:
O Brasil é um país de dimensões continentais assentado numa emaranhada malha rodoviária. “72 Horas dentro de um caminho”, documentário assinado por Sarah Oliveira Carneiro e Luciano Fogaça, narra a viagem que fizeram de carro, indo do Recôncavo da Bahia até Curitiba, no Paraná. Ela, escritora; ele, fotógrafo. Era verão do ano de 2018 e percorreram 7.500 quilômetros em 25 dias. Com imagens das estradas, do céu quase sempre azul e das pessoas encontradas no percurso, “72 Horas dentro de um caminho” é uma ode à experiência da viagem e um convite a nos indagarmos sobre deslocamentos, cidades, permanências, direções e reencontros num mundo onde vigora o princípio da pressa.

Ficha Técnica:
Imagens: Luciano Fogaça e Sarah Oliveira Carneiro
Roteiro: Sarah Oliveira Carneiro
Edição: Luciano Fogaça e Sarah Oliveira Carneiro
Texto e áudio: Sarah Oliveira Carneiro

Campus: Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult)

Título: Na Pele do Jaguar

Sinopse:
O documentário Na Pele do Jaguar, TCC de Comunicação Social – Jornalismo, feito a partir de entrevistas e imagens de importantes festividades religiosas e manifestações culturais na cidade de Jaguaripe/BA, reflete sobre os elementos institucionais, místicos, histórias passadas de geração a geração que permeiam o imaginário da população jaguaripense. Além de mostrar a, possivelmente, mais popular comunicação que conhecemos: a de contar experiências vividas ou transmitidas para outras pessoas. Técnicas poéticas advindas do cinema e das artes visuais, como a performance, alimentam o trabalho criando um limiar entre a realidade e a ficção, corporificando as lendas da cidade. Todo o material é construído para se fazer uma reflexão acerca do nosso lugar de origem, da nossa representatividade e pertencimento devido às manifestações populares que estão presentes na vida de cada indivíduo e como essas mesmas histórias são absorvidas por outras pessoas ao longo de nossa trajetória.

Ficha Técnica:
Direção: Cícero Bernar
Assistente de Direção: Vinny Nepomuceno
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Moreira Fernandes
Montagem: Lailson Brito e Cícero Bernar
Diretor de fotografia: Thiancle Carvalho
Assistente de fotografia 1: Juvenal Júnior
Assistente de fofografia 2: Gabriel Ferraz
Assistente de fotografia 3: Cícero Bernar
Imagens: Thiancle Carvalho, Juvenal Júnior, Gabriel Ferraz, Cícero Bernar e Vinny Nepomuceno
Imagens aéreas: Emerson Ishikawa
Direção de arte: Allan da Silva e Israel Santos
Captação de som: Otávio Conceição
Edição e mixagem de som: Cícero Bernar
Produção: Cícero Bernar e Vinny Nepomuceno
Produção local: Izailson Muricy, Zenaide Muricy, Graziele Santos e Juliana Maria Silva
Performers: Maria Luísa Rosa, Graziele Santos (Marias Pretas), Alisson Ferreira (São Gaspaião)

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)

Título: Quem Barra?

Sinopse:
Transitar entre as cidades de Cachoeira e São Félix no Recôncavo da Bahia possui uma relação direta com a travessia da ponte Dom Pedro II, localizada sobre o Rio Paraguaçu, onde em determinado momento desse trânsito, ser atravessade, ao olhar para o horizonte com a imagem da Barragem e Hidrelétrica Pedra do Cavalo, torna-se algo inevitável. O processo de construção da estrutura foi iniciado durante a ditadura militar e finalizado em 1985. Segundo Sena Dias (2017, p. 66, apud FREITAS, 1998), “a Barragem e Hidrelétrica Pedra do Cavalo figuravam como símbolo do desenvolvimento e poder do Estado, pois constituíam-se junto com a Barragem de Sobradinho as maiores da Bahia, além de ser elemento chave e de grande importância para a implantação e funcionamento do Centro Industrial Subaé (CIS).” Em Agosto de 2020, um “teste de calha”, que seria realizado pela Votorantim, sem comunicação prévia adequada e apresentação de um plano de mitigação dos danos ambientais e sócio econômicos que seriam causados, foi impedido, após mobilizações da comunidade local. Sem licença ambiental para gerir a estrutura desde 2009, a Votorantim segue com suas atividades. Quem barra o crime ambiental?

Ficha Técnica:
Adu: Idealização e Performance
Ana Lopes: Captação de Imagem
Maria Antonia Clementino: Captação de imagem
Thais Santos: Captação de Imagem
Laíse Gaspar: Montagem

Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL)