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CAHL 2011 - Mensagem da Direção

 

Nos últimos três anos, o Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia mudou muito: quando o Prof. André Itaparica e eu fomos eleitos para assumir a Direção, em novembro de 2007, o nosso Centro contava com 26 professores, 05 servidores técnico-administrativos, 200 estudantes, 03 cursos de graduação e funcionava no precário anexo do Colégio Estadual da Cachoeira. Hoje, o CAHL conta com mais de 100 professores, 33 servidores técnico-administrativos, 31 servidores terceirizados, mais de 10.000m2 de área administrada e receberá, este semestre, 1500 estudantes, entre os quais 400 calouros.

Nos próximos meses, integralizaremos o nosso quadro docente de 120 professores e receberemos também novos servidores técnico-administrativos, para atender essa extraordinária expansão. Em três anos, passamos de 03 para 08 cursos de graduação, além da criação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, de cursos de pós-graduação lato sensu e do convênio com o Programa de Pós-Graduação em História da UNEB. Em 2010, o curso de Jornalismo do CAHL foi reconhecido pelo MEC, com nota 4 (numa escala cuja nota máxima é 5), fruto do empenho a da seriedade de toda a nossa comunidade acadêmica. Em breve, receberemos a visita do MEC para o reconhecimento dos cursos de História e Museologia, com a certeza de que obteremos o mesmo êxito. Estamos concretizando convênios de cooperação científica com universidades de excelência, a exemplo da Universidade Lumière Lyon II e da Universidade de Washington (16a no ranking mundial das universidades). A comunidade do CAHL participou ativamente da criação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFRB, marco essencial para a consolidação de nossa instituição. Vários docentes do CAHL estão assumindo cargos importantes na Administração Superior da Universidade. O nosso calendário anual de eventos científicos, culturais e artísticos, aliando pesquisa e extensão de forma cada vez mais rica e diversificada, vem potencializar a diversidade cultural, étnica e racial do Recôncavo da Bahia.

Em breve, o CAHL estará administrando também o Cine-Teatro da Cachoeira, reabilitado através do Programa Monumenta, programa este que investiu 42 milhões de reais na cidade nos últimos anos – incluindo a reforma do nosso Quarteirão Leite Alves. De modo semelhante, o PAC da Cidades Históricas deverá injetar mais de 100 milhões de reais em Cachoeira entre 2011 e 2014, contribuindo significativamente na reconstrução da Cidade Heróica que, este ano, festeja os 40 anos de sua elevação ao título de Monumento Nacional pelo IPHAN. Portanto, permaneço convicto de que o CAHL e a Cidade de Cachoeira têm, juntos, um futuro extremamente promissor.

A implantação inicial do CAHL não foi fácil e ainda não está totalmente concluída. Enfrentamos, nos últimos três anos, inúmeras dificuldades. Determinados rumos foram tomados – sempre de forma democrática, no âmbito das discussões e deliberações do nosso Conselho Diretor –, porém seguindo, às vezes, um ritmo e uma velocidade literalmente assustadores. No entanto, não acredito que tínhamos como optar por um ritmo mais compassado. De fato, a envergadura da UFRB e do CAHL alcançada no final do Governo Lula deu à nossa instituição uma dimensão extraordinária, além do esperado, que, em si, garante o seu futuro e a sua irreversível autonomia dentro do sistema IFES. Após quatro anos, a UFRB já pode ser comparada, nas suas dimensões, à Universidade Federal de Ouro Preto – comparação esta que, para o CAHL, tem um valor significativo diante do perfil peculiar da cidade de Ouro Preto –, que tem mais de 40 anos de existência.

Enfim, neste início de ano letivo, marcado pela posse de um novo Governo Federal, há de se fazer um balanço dos últimos anos. Para mim, o elemento crucial é este: a UFRB nasceu com um propósito e uma política de ações afirmativas que permitiu a inserção no ensino público superior federal de jovens brasileiros oriundos de grupos étnico-raciais historicamente discriminados e deliberadamente afastados do crescimento sócio-econômico de um Brasil então governado por “elites” excludentes e reacionárias. Graças à mobilização histórica do povo do Recôncavo e à determinação do Governo Lula, criamos, juntos, uma instituição cuja cor não é a mesma das outras IFES do Brasil, uma instituição voltada para a excelência acadêmica e a responsabilidade social. Este fato é, sem dúvida, o maior motivo de orgulho para todos nós!

Prof. Dr. Xavier Vatin - Diretor do CAHL

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