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O desafio da arte eletrônica é tocar o público

Publicado: Segunda, 04 Agosto 2014 14:54

Entre as aulas de piano que teve aos seis anos e as tardes adolescentes fuçando um computador 486 havia um abismo. O potiguar Jarbas Jácome, 32, só o iria transpor muitos anos depois, quando começou a pesquisar arte eletrônica. O encontro aconteceu na faculdade de Ciência da Computação da Universidade Federal de Pernambuco. Tinha que fazer um programa no qual pudesse visualizar sons e assim nasceu o ViMus, definido como um "sistema interativo de tempo real para processamento audiovisual integrado".

Na primeira experimentação, em 2003, tocava uma guitarra que ao invés de música produzia imagens. Transformou-o em objeto de estudo para o seu mestrado e também em plataforma para criar instalações. A mais recente foi a obra "Oriente", para a exposição Gil70, de 2012. Gilberto Gil regravou a música especialmente para a instalação, na qual o público era enredado numa teia de aranha.

Instigado pelos alunos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde ensina desde 2011, Jarbas está aprimorando o ViMus. Em setembro, irá fazer uma residência na Universidade de San Diego com Miller Puckette, referência na área. Em Cachoeira, ele também coordena o projeto "Arte e Computação" em uma escola pública. Jarbas acredita que o "deslumbre" inicial das pessoas com a arte eletrônica já passou e agora é preciso investir na parte mais difícil. "O desafio é tocar o público, mobilizá-lo emocionalmente".  

Veja alguns dos trabalhos de Jarbas Jácome.

Matéria do Jornal A Tarde. Texto: Tatiana Mendonça

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