Professores do CAHL discutem Bacharelado Interdisciplinar
Professores do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) participaram, na última quarta-feira (08), de um debate sobre Bacharelado Interdisciplinar (BI), promovido pela instituição. Na oportunidade, duas práticas desse tipo de ensino foram apresentadas: o BI em Saúde da própria Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e os BIs do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A chefe de gabinete do reitor e ex-coordenadora do BI em Saúde do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRB, Luciana Santana, explicou que essa modalidade de ensino, diferentemente dos cursos de progressão linear (CPL), permite que o próprio estudante monte sua grade curricular de acordo com suas áreas de interesse. Ela apresentou a matriz curricular apontando as inovações, como a construção de módulos, ao invés de semestres, e a definição de eixos de atuação. Segundo ela, o BI é a forma de romper com o modelo de ensino hegemônico, pautado somente na transmissão de conhecimento.
Os estudantes do curso atuam nas comunidades da cidade de Santo Antônio de Jesus, escolhendo os bairros e as formas de intervenção. Segundo Luciana, o maior ganho dessa modalidade de ensino é quando “o projeto deixa de ser do estudante e passa a ser da comunidade”, trazendo benefícios para a população local.
O professor Messias Bandeira também apresentou à comunidade acadêmica da UFRB os BIS do IHAC da UFBA. Atualmente com 4.200 estudantes e 64 docentes, o Instituto possui quatro bacharelados interdisciplinares. São eles: Artes, Humanidades, Saúde e Ciência e Tecnologia. Os egressos nessas áreas recebem o título de bacharel, podendo partir diretamente para o mestrado ou podem ingressar
Segundo Messias, os BIs permitem uma mobilidade dos estudantes por áreas de estudo. Durante três anos, os discentes estudam a cultura contemporânea, formas de expressão e linguagens. O objetivo é que os alunos conheçam amplamente as áreas de interesse e tenham uma formação menos técnica e mais cultural.
Relatos de experiências
Alguns estudantes do IHAC deram depoimentos sobre suas vivências nos BIS da UFBA, desde os motivos que levaram a cursar essa modalidade de ensino até as dificuldades ainda encontradas nos cursos.
Segundo Messias, a infraestrutura ainda não comporta o número de ingressos e os professores ainda têm uma visão disciplinar, pautada no modelo das universidades tradicionais. Porém, acredita que o patrocínio da universidade e o maior empenho do corpo docente podem contribuir para o crescimento dos BIS nas universidades brasileiras.
Assessoria de Comunicação do CAHL – ASCOM-CAHL
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