Primeiro Seminário Nacional de Vigilância em Saúde da População Negra conta com participação de Professoras do Mestrado em Saúde da População Negra e Indígena
Participaram em Brasília, no dia 23/10, do Seminário de Lançamento do Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, as Professoras Diana Anunciação, coordenadora do curso, e Edna Araújo que faz parte do corpo docente do curso.
Sobre o evento:
A secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, representou a ministra Anielle Franco na abertura do 1º Seminário Vigilância em Saúde da População Negra, ao lado da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, para discussão dos desafios no avanço da implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). É a primeira vez na história que a saúde do povo negro, 57% da população, será uma das prioridades da pasta da Saúde.
O seminário também marcou o lançamento da edição especial do Boletim Epidemiológico “Saúde da População Negra’, retomando a análise histórica de dados com perspectiva étnico-racial após 8 anos sem atualização. A ministra Anielle Franco assina o prefácio do Boletim, que considera ser uma “ferramenta estratégica para o enfrentamento às desigualdades de raça e gênero na saúde, e documento de valorização da ciência e do protagonismo de ativistas em saúde da população negra, que constroem o diagnóstico da realidade a ser enfrentada”.
Também compuseram a mesa de abertura a professora da UFMT Maria Inês da Silva Barbosa, a representante do Conselho Nacional de Saúde Ana Lúcia Silva Marçal, o Secretário de Atenção Primária à Saúde Nésio Fernandes, a Secretária de vigilância em Saúde e Meio Ambiente em meio ambiente Ethel Maciel, a representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) Socorro Gross, e o assessor especial para Equidade Racial em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Batista.
O boletim analisa índices de saúde da década de 2010 a 2020 e no estrato pela variável raça-cor todos são piores para essa população. São mais elevados os óbitos, as taxas de mortalidade materna e infantil, a prevalência da anemia falciforme, de doenças crônicas e infecciosas e os índices violência. Os dados são importantes diagnósticos para a construção de políticas públicas que possam a médio e longo prazo reduzir desigualdades e melhorar as condições de acesso à saúde da população negra.
O lançamento do estudo também demarca o preenchimento do campo raça-cor no preenchimento de todas as informações e notificações da saúde, que já era lei, mas sem aplicação plena. “Este seminário é um evento histórico, que demonstra a sinergia do Ministério da Saúde com o Ministério da Igualdade Racial e de todo o governo Federal no compromisso com a abertura dos dados e diagnósticos estratificados por raça-cor para que possamos enfrentar o racismo na saúde e em todos os âmbitos”, destacou a secretária executiva Roberta Eugênio.
O seminário segue até amanhã com discussões sobre a determinação social da saúde, bem como, a reconstrução e avanços dos compromissos assumidos na Política Nacional Contará com palestrantes, representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Igualdade Racial, especialistas no tema, acadêmicos e membros da sociedade civil.
Os dois volumes dos boletins estão disponíveis nos links:
Volume 1: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-saude-da-populacao-negra-numero-especial-vol-1-out.2023
Volume 2: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-saude-da-populacao-negra-numero-especial-vol-2-out.2023
Por: Ministério da Igualdade Racial
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