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Diálogo Cultural do III EBECULT leva samba de roda ao campus de Cachoeira

19/04/12 21:27 , 13/01/16 15:47 | 1702

Samba de Dona ZelitaO samba do Recôncavo tomou o auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) na noite desta quarta-feira, dia 18 de abril, primeiro dia do III Encontro Baiano de Estudos em Cultura (EBECULT). Abertas as rodas de samba e de conversa, deu-se início o primeiro dos Diálogos Culturais inseridos na programação do evento. A proposta foi promover um momento de troca com os mestres de uma das manifestações reconhecidamente mais ricas da região.

Participaram do diálogo representantes do Samba Suerdick de Dona Dalva e do Samba Geração do Iguape, de Cachoeira; do Samba de Dona Zelita, de Saubara, e do Samba Chula Filhos da Pitangueira, de São Francisco do Conde. A mediadora foi a cantora, compositora e dançarina Clécia Queiroz, que se intitulou uma apaixonada pelo samba de roda do Recôncavo. Ela convidou a professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e pesquisadora do samba chula, Katharina Doring, para abrir as falas expondo sobre a sua pesquisa e o contato que manteve com os mestres.

Katharina Doring explicou que o objetivo de sua pesquisa foi conhecer a história de vida dos mestres do samba do Recôncavo a fim de levar o aprendizado adquirido com este contato para suas aulas de arte-educação. Seu trabalho deu origem a um documentário com depoimentos de mais de 15 mestres do samba chula, em especial. “Comecei a pesquisa em 2001, já são onze anos e ainda não saí do samba, é contagiante”, disse, fazendo questão de frisar que aquela era mais uma oportunidade de aprender com os mestres ali presentes.

Geração de mestres - Conhecedor das origens e declarado “guardião zeloso” do samba chula, o mestre Zeca Afonso dos Filhos da Pitangueira contou que aprendeu a arte com o avô e prometeu a ele levar à frente a tradição. “Meu tataravô foi um dos escravos que trouxeram o samba chula para o Brasil. Todo mundo acha que esse samba nasceu no Recôncavo, mas é uma manifestação cultural de origem africana”, afirmou o mestre. Segundo ele, os escravos rezavam e depois festejavam com o samba os santos São Cosme, Santo Antônio e São Roque.

Dona Zelita, também mestre do samba e exímia tocadora de prato, fez questão de contar que aprendeu tudo que sabe na roça. “Antigamente a gente tocava era na enxada, agora é que tem essa coisa do prato. A gente ia capinar e depois desmontava a enxada para tocar o samba”, disse. Para ela, o samba é uma tradição que infelizmente está se perdendo aos poucos porque os jovens não se interessam em preservar.  “Espero que não acabe aqui”, incitou. Pelo menos no primeiro dia do EBECULT, só a noite acabou em muito samba de roda.

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