Após uma seleção que envolveu profissionais com doutorado e com experiência em participação social, o professor Israel Campos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), foi selecionado para atuar como consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O docente compõe o quadro do Centro de Ciências da Saúde (CCS), em Santo Antônio de Jesus.
O processo seletivo ocorreu em fevereiro e desde sua aprovação, Campos vem prestando serviços às instituições com foco na preparação para a 5° Conferência Nacional de CT&I (5ª CNCTI), que acontece nos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto, no Espaço Brasil 21, em Brasília (DF). Entre as atividades que desempenha na função de consultor estão a produção de documentos técnicos e bibliográficos e a atuação em eventos sobre ciência e tecnologia promovidos pela UNESCO e pelo MCTI. O professor coordenou a participação e a mobilização social na Conferência Regional de Ciências, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Sul do país; e é responsável pela avaliação das conferências preparatórias para a 5° CNCTI, além de integrar a organização deste evento.
Com uma atuação focada em possibilitar meios para promover a participação social nas discussões sobre o futuro do país, Campos relata ter mantido contato com múltiplas produções científicas, tecnológicas e de inovação das cinco regiões do Brasil durante os congressos preparatórios para a 5ª CNCTI. “A diversidade foi uma questão central para que essa ampla participação fosse efetivada, então tivemos pessoas historicamente excluídas desse diálogo, mas que fazem e discutem Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), presentes nas conferências, como pessoas negras, indígenas, mulheres, jovens, LGBTQIAP+, entre outros segmentos sociais”, afirma. Ele ressalta a importância da consulta à comunidade científica e da presença da diversidade de governos, bem como de organizações e movimentos da sociedade civil, em eventos como o 5ª CNCTI.
No processo de construção coletiva e diversa do conhecimento científico, Campos destaca o papel das universidades, especialmente as públicas, ao representarem parte da comunidade científica que produz ciência, tecnologia e inovação. Ele aponta a extensão universitária, que leva o saber acadêmico a espaços da sociedade como escolas, quilombos, empresas e outras comunidades; a abertura de cursos noturnos; a oferta de bolsas de pesquisa e de permanência; e a implantação de cotas raciais e sociais como ações que contribuem para a popularização da ciência e difusão do conhecimento científico e possibilitam transformar o país. “Sem universidade pública de qualidade e aberta, a CT&I não teria o status que tem no país e, consequentemente, não estaríamos atualmente com a perspectiva de nos tornar a oitava economia do mundo. Educar enriquece um ser humano e um país inteiro”, defende o educador.
Com a realização da 5ª CNCTI, Campos espera a conclusão do processo democrático da construção do futuro de CT&I para os próximos dez anos no país. Esse processo, segundo ele, contará com a participação de movimentos sociais, cientistas, políticos e empresários. “A democracia, em sua diversidade social, é um fundamento para termos um país com mais igualdade social, Direitos Humanos e progresso. Estaremos em Brasília somando e dialogando pelo futuro da Ciência, Tecnologia e Inovação e fico feliz em também trazer essa experiência para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia”, conclui Campos.
Saiba mais sobre o trabalho do professor Israel Campos acessando a página israelcamposedh.com.
Sobre a 5ª CNCTI
A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) é um importante espaço de diálogo entre diferentes atores da sociedade para refletir sobre o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação no país e seu rumo nos próximos anos. Foram realizadas mais de 200 Conferências preparatórias para o encontro nacional.
Esta edição traz como tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.