Mostra: Das insubmissões: quando os corpos (se) desordenam
Esses trabalhos trazem uma agudez necessária em tempos duros. Gêneros, vozes, imagens, temáticas, corpos se hibridizam e produzem algumas insubmissões, enfrentamentos e infiltrações no sistema de verdades e sentidos pré-estabelecidos e dominantes.
Título: MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO?: Abuso de poder, pedofilia, assédio sexual, estupro e o silenciamento naturalizado na capoeira.
Sinopse:
Diante das avalanches de notícias tristes que estão invadindo a nossa cena da capoeira, invariavelmente, pedofilia, assédio sexual e estupro, são todas expressões ligadas ao poder, ou seja, ao abuso do poder. O texto deste podcast trata sobre os desafios de relações humanas que se estabelecem na submissão de pessoas e no silenciamento naturalizado pelo "medo". A capoeira, como grande expressão popular, nasce e se alimenta das relações humanas sob os fundamentos e valores de matriz afrodescendentes, que elegem ancestralidade, memória, circularidade, oralidade, dentre outros, como faróis de nossa práxis capoeirana. Porém, enquanto humanos, somos falíveis e frutos de uma educação, seja ela formal ou informal, que estruturam nossa maneira de pensar, agir e se relacionar com outras pessoas. Neste sentido, muitos são os motivos que consolidam o poder e, sobretudo o abuso dele, em nossas relações, mas também diversos são os tipos de abuso vividos por nós desde a infância até a hora de “bater as botas”. Este podcast traz aspectos que consolidam o abuso de poder na capoeira, possíveis motivações, riscos e considerações, na forma de recadinhos, para cada ente envolvido neste duro ciclo do abuso de poder.
Ficha Técnica:
Carolina Gusmão Magalhães - autora e narradora e Jean Adriano Barros da Silva - coautor.
Campus: Centro de Ciências da Saúde - CCS
Título: I, WOMAN
Sinopse:
O espetáculo “I, Woman” foi produzido em inglês pelo Grupo de Teatro Literart – Literatura e Arte e visa à familiarização com as literaturas de língua inglesa e o seu entrelace com atividades teatrais pelos estudantes de Língua Inglesa do CFP e professores da rede pública de ensino. Apresenta uma bricolagem de diferentes narrativas auto etnográficas fictícias inspiradas em mulheres de diferentes contextos e épocas em diálogo também fictício com a escritora Virginia Woolf. Dentre as obras trabalhadas estão The Prologue e The Wife of Bath’s Tale, ambas de autoria do escritor inglês Geoffrey Chaucer; Romeo & Juliet do autor inglês William Shakespeare; The Color Purple da autora estadunidense Alice Walker; e The Handmaid’s Tale da autora canadense Margaret Atwood. O vídeo apresenta legendas em inglês visando a compreensão pelo público em geral e a comunidade surda.
Ficha Técnica:
Direção: Maria da Conceição de Melo Tôrres
Produção:Bruna de Almeida Oliveira
Consultoria: Débora Souza da Rosa e Diogo Oliveira do Espírito Santo
Atores e Atriz: Gabriele dos Santos Lima Almeida. Jorge Neto Almeida de Jesus Santos, Marlos Gabriel de Castro Silva, Mylene Silva e Silva, Wesley Lago Evangelista
Roteiristas: Gabriele dos Santos Lima Almeida. Jorge Neto Almeida de Jesus Santos, Marlos Gabriel de Castro Silva, Mylene Silva e Silva, Wesley Lago Evangelista.
Maquiador: Jorge Neto Almeida de Jesus Santos
Tradutor: Marlos Gabriel de Castro Silva
Campus: Centro de Formação de Professores - CFP
Título: Onde cabe meu corpo
Sinopse:
Onde cabe meu corpo trata-se de um vídeo-performance sobre como os estereótipos condensados sobre um corpo gordo, fomentados pela gordofobia pode influenciar de forma negativa a saúde mental de mulheres gordas. A poesia exposta no vídeo, traz como base um grito-desabafo sobre como a fetichização, preterimento e rejeição do corpo fora de um padrão estético podem evidenciar a loucura e desespero de um indivíduo, até que ele perca a vontade de viver.
A poética pautada no vídeo-performance tem como referências a exposição Corpo-Poema, realizada por Thaís Albuquerque e Marília Cacho, que tem como provocação, pautas e reinvindicações feministas ilustradas em corpos femininos através de poemas e registradas por meio de fotografias em preto e branco, dando voz, a partir da literatura e da imagem, as vivências passadas por situações de machismo e que marcaram pessoalmente de alguma forma esses corpos expostos nas fotos.
A proposta é que, através do toque e evidência do corpo e seus detalhes, o público tenha a sensação de repulsa, agonia e por intermédio do desespero ecoado enquanto a poesia é oralizada, haja uma reflexão de como a gordofobia pode ser enlouquecedora para quem a sofre, relatando sobre como ela é uma violência silenciosa e cotidiana, configurando em sintomas depressivos, altos índices de ansiedade, compulsão alimentar, entre outros.
Como bem diz Dalva de Souza Lobo (2015), ao falar sobre performance, poesia e oralidade, “Liberar o corpo implica a libertação da palavra, revelando sua movência como registro vivo.” Portanto, através da exposição dessa estrutura corpórea que luta e resiste, espera-se, transmitir uma vivência catártica que agucem sentidos diferentes de interpretação e que estabeleça algum tipo de identificação sobre as várias feridas expostas durante a apresentação da poesia e do movimento encenado.
Este vídeo-performance foi gravada durante a pandemia, e tem como propósito demonstrar como esse processo de isolamento perdurou sobre corpos gordos, tendo como base alguns relatos feitos de forma informal com pessoas gordas que tiveram acréscimo de inseguranças e estatura (peso), por conta da ansiedade provocada durante o processo de quarentena. Assim, este vídeo tem como tentativa, debater como estes corpos performam e como quem o habita o vê. Denunciar como este corpo se sente não cabendo em espaços de afetos e sensibilidade e como ele está sempre sendo invadido por críticas fundadas por um estigma de má saúde e desleixo.
Onde cabe meu corpo te convida a passear pela a poesia que compõe uma estrutura física fora do padrão e como nele pesa, não só seu sobrepeso, mas todo um sentimento de angústia, culpa, mas ao mesmo tempo de força para que resista às setas que o atravessa, provocados pela gordofobia. É ferida aberta, desabafo, grito, mas também respiro, alívio e consolo.
Ficha Técnica:
Criação e Interpretação: Mariana Brandão
Texto: Mariana Brandão
Captação de Imagem: Mariana Brandão
Operação de vídeo: Mariana Brandão
Edição de Vídeo: Mariana Brandão
Campus: Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas - CECULT
Título: Afeminados
Sinopse:
Documentário narrado, sobre a trajetória de corpos afeminados que se expõem em suas redes sociais, seja de forma artística ou não, e usam esses espaços de forma livre.
Ficha Técnica:
Charles Morais - Produtor, diretor e montador
Elenco: Charles Morais (Charlie), João Guimarães (Joanne LaBixa,) Guilherme Rocha, K.I.T.O
Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL
Título: Os Dias com Você
Sinopse:
Em meio a uma pandemia, um casal se prepara para a inevitável despedida, e terão que conviver com a saudades um do outro..
Ficha Técnica:
Direção Geral: Letícia Cristina e Luan Santos;
Produção: Letícia Cristina e Luan Santos;
Roteiro: Letícia Cristina e Luan Santos;
Direção de Fotografia: Letícia Cristina e Luan Santos;
Montagem: Letícia Cristina e Luan Santos;
Atriz: Letícia Cristina ; Ator: Luan Santos;
Arte: Letícia Cristina e Luan Santos;
Trilha sonora: Miguel Caligari;
Assistente de Set: Larissa Vitória;
Cartaz: Luciano Maciel
Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL
Título: Artista é assim mesmo
Sinopse:
“Reflexões” acerca do fazer artístico e da artisticidade de outros fazeres. "Nós precisamos da arte para não morrer de verdade" - Nietzsche.
Ficha Técnica:
Trabalho realizado para a disciplina: Linguagens e Expressões Artísticas
Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL
Título: Há algo diferente em você
Sinopse:
-.
Ficha Técnica:
Rodrigo Xavier
Campus: Centro de Artes, Humanidades e Letras - CAHL