Conexões afroindígenas: diáspora, identidades e antirracismo
Milhões de africanas e africanos traficados. Milhões de indígenas nas Américas. Genocídios, etnocídios, epistemicídio, violenta diasporização... Instaura-se o maior processo de desterritorialização e reterritorialização da história da humanidade.
Povos negros e indígenas apresentam diversidades e especificidades, distintas perspectivas, cosmovisões, temporalidades e sociabilidades; atravessaram distintos processos históricos e sociais, diferentes processos de luta e resistências, diferentes atuações dos movimentos e organização social. Em contrapartida, compartilham as marcas do racismo, do preconceito e discriminação, de uma sociedade anti-negra e anti-indígena implantada pela branquitude nas Américas.
Conexões Afroindígenas não correspondem à alusão à mestiçagem, ao integracionismo. Não se trata de questão identitária ou esvaziamento de suas identidades, dos processos de hibridização e dissolução cultural, de subtração de suas potências, tampouco à criação de uma nova categoria ou identidade social.
Nessa encruzilhada, funde-se o direito à existência, à memória, ao território, à linguagem, à construção de suas próprias narrativas, à circularidade dos saberes, à pluralidade dos modos de vida, ao reconhecimento de seus direitos políticos, as alianças face a políticas assimilacionistas e integracionistas.
Em 2023, as Conexões Afroindígenas pautarão o Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo aprofundadas por meio de apresentações artístico-culturais, apresentações de trabalhos em Sessões Temáticas e publicações em anais, oficinas e minicursos e lançamento de livros. Desse modo, esse grande marco político de nossa universidade oportunizará ampliar as bases epistemológicas das relações étnico-raciais, a relação entre mundos, as fronteiras e os territórios existenciais potencializados pelas Ações Afirmativas e proporá estratégias de enfrentamento do racismo. Afinal, precisamos pensar nas confluências históricas, nas sequelas dos processos de desumanização, nas insurgências e movimentos antirracistas, pró-equidade étnico-racial e inclusão social.
O evento é promovido pela Pró-reitoria de Políticas Afirmativas e demais Pró-Reitorias, Superintendências, em articulação com todos os Centros de Ensino e Assessoria de Comunicação da UFRB e acontecerá entre os dias 21 e 23 de novembro, em todos os Centros da UFRB (Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL; Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade – CETENS; Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – CCAAB; Centro de Ciências da Saúde – CCS; Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – CETEC; Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas – CECULT; Centro de Formação de Professores – CFP). O Centro de Formação de Professores (CFP), Amargosa-BA, sediará a abertura do evento.
Nesse novo tempo, a disputa não é pelo protagonismo, mas pela dignidade humana e justiça social. Por Quilombos e Aldeias. Pelo Pertencimento Coletivo. A Conexão Afroindígena é política e ancestral.
Edital | Prazo | Formulário |
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Lançamento de Livros | até 16/10 | Resultado |
Monitoria | Encerradas | Resultado |
Submissão de Minicursos e Oficinas | até 16/10 | Resultado |
até 16/10 |
Resultado |
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