Parceria entre CECULT e PercPan leva atrações internacionais a Santo Amaro
O PercPan - Panorama Percussivo Mundial, maior festival brasileiro de música percussiva, se estende este ano para além dos limites de Salvador, cidade onde surgiu há 21 anos, na edição que acontece entre os dias 17 e 21 de janeiro. O festival, criado pela socióloga Elisabeth Cayres – e que já passou por Rio de Janeiro, São Paulo e Recife e chegou a ter uma edição em Paris – ocupa na capital o palco do tradicional Teatro Castro Alves e o Terreiro de Jesus. E, pela primeira vez, avança até o Recôncavo Baiano, no interior do estado, com mesa-redonda e encontros culturais que levarão as atrações nacionais e internacionais deste ano ao Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas – CECULT da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, em Santo Amaro.
"Saudemos a grande novidade deste PercPan, sempre emocionante e surpreendente. Encontros e debates sobre a música percussiva acontecerão também no Recôncavo Baiano, próximo ao berço do samba e dentro de uma Universidade, a UFRB”, destaca Jorge Portugal, Secretário de Cultura do Estado da Bahia.
Programação
PERCPAN - CECULT/UFRB
17 de janeiro
10h às 12h: Oficina de percussão: Perconvexo (CECULT/UFRB)
18 de Janeiro
10h às 11h: Apresentação artística (CECULT/UFRB)
11h às 13h: Encontro cultural com Sona Jobarteh (Gâmbia/UK)
15h às 17h: Encontro Cultural com o grupo Khusugtun (Mongólia)
20 de Janeiro
10h às 12h: Encontro cultural com o grupo Glass Duo (Polônia)
14h às 16h: Mesa-redonda: Acessibilidade musical
Mediadora: Profª. Kátia Cucchi
Convidados: Staff Benda Bilili (RD Congo); Mônica Millet (Bahia); Banda Coração de Tambor do Instituto de Cegos da Bahia e Dedinho (pandeirista de São Félix).
Local:
Teatro Dona Canô
Rua do Imperador – 142, Cais de Araújo Pinho – Santo Amaro/BA
Todas as atividades são gratuiras
Convidados internacionais
Sona Jobarteh
Nascida no Reino Unido, a cantora, compositora e multi-instrumentista Sona Jobarteh descende de uma das cinco mais importantes famílias Griot da Gâmbia, cujos membros são os únicos autorizados a tocar o Kora, harpa africana com 21 cordas. Este é um dos mais importantes instrumentos do grupo étnico Mandingo, que está presente em países da África Ocidental, com uma população de mais de 11 milhões de pessoas espalhadas pela Gâmbia, Senegal, Mali, Guiné e Guiné-Bissau. A tradição hereditária de mais de sete séculos tem sido passada de pai para filho e ganhou uma nova dimensão ao ser quebrada por Sona, primeira mulher a tocar o instrumento. Seu virtuosismo e técnica apurada, aliadas à sua voz marcante e forte presença de palco, rapidamente a levaram ao sucesso internacional, com passagens aclamadas por diversos países.
Khusugtun
o sexteto Khusugtun, da Mongólia, conhecido por aliar o uso de instrumentos tradicionais da cultura nômade ao canto Tuvan Throat Singing, que utiliza técnicas vocais praticamente desconhecidas no Ocidente e foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. “A tradição musical da Mongólia, originária da cultura de seus grupos nômades, tem muitas semelhanças com os ritmos matriciais afro-brasileiros”, observa o curador.
GlassDuo
Egressos da Orquestra Sinfônica de Gdansk, Anna e Arkadiusz Szafraniec abriram mão de suas posições no conjunto para se tornar o primeiro grupo da Polônia a tocar o instrumento de taças de cristal conhecido como Glass Harp. E é deles o maior Glass Harp do mundo, com cinco oitavas de alcance, cuja afinação profissional permite tocá-lo sem a necessidade de água no interior das taças. Além de se apresentarem em duo, suas performances incluem ainda formações com quartetos de cordas e orquestras, entre outras.