Apresentação
O Centro de Artes de Amargosa: Diversidade, Universidade, Cultura e Ancestralidade é um programa de extensão permanente e está localizado no prédio da antiga cadeia pública, no centro da cidade. Construído no final do século XIX, o espaço foi revitalizado e agora abriga projetos de extensão do Centro de Formação de Professores, seus grupos de pesquisa e as atividades culturais ligadas a eventos, cinema e teatro.
Com o objetivo de movimentar a vida cultural de Amargosa e região, o Centro dá visibilidade para manifestações artísticas como exposições, mostra de filmes, contações de histórias, performances, atrações musicais e muito mais. A CAsA do DUCA articula os saberes populares com os acadêmicos, realizando um duplo movimento: da Universidade à comunidade e da comunidade à Universidade.
Histórico
Centro de Artes de Amargosa: Diversidade, Universidade, Cultura e Ancestralidade
2008 – Nasce a CAsA do DUCA
No final de 2007 – ano após a inauguração da UFRB – um grupo de alunos e professores do CFP (Alessandra Gomes, Andreia Barbosa, Eduardo Oliveira – hoje prof. da UFBA – e Edilene Maioli, in memorian) reuniram-se pensar em um espaço que pudesse agregar e promover situações culturais diversificadas para o campus de Amargosa.
Teatro, cinema, música, dança, grafite, literatura e artes plásticas eram algumas das linguagens que o grupo vislumbrava como necessárias para a formação da comunidade universitária e da comunidade ampla da cidade de Amargosa. Essas e outras linguagens artísticas poderiam colaborar para a aproximação de si e do outro, poderiam fortalecer e valorizar aspectos ligados à nossa ancestralidade negra e indígena, poderiam promover a cultura popular, questionar padrões estéticos, normatizações de gênero, combater o racismo, o machismo e outras as formas de exclusão e subalternização.
Pensava-se ainda que esse lugar deveria ser levado adiante por alunos, professores e funcionários da universidade e também por líderes comunitários, estudantes e professores das escolas da cidade e moradores que propusessem ações artísticas e culturais com esses princípios que orientavam o que mais tarde se transformaria em um Programa de Extensão.
Surge então o nome CAsA do DUCA, que, na verdade, é uma sigla:
Centro de Artes de Amargosa - Diversidade, Universidade, Cultura e Ancestralidade
Tínhamos a ideia, mas não tínhamos o lugar...
Foi quando alunos moradores da cidade chamaram atenção para este prédio da Antiga Cadeia pública que estava desativado e servindo de depósito para alimentos da Prefeitura. O grupo entrou em contato com o prefeito da época (Valmir Sampaio/PT in memorain) e ele autorizou a ocupação da antiga Cadeia pública para uso da CAsA do DUCA.
Teve início, então, o Cine Rapadura, rodas de capoeira, o Projeto Ciranda Cultural (contemplado com verba do Ministério da Educação e Cultura em 2009. Este projeto foi elaborado pela profa. Alessandra Gomes, pela servidora Josemary da Guarda e por Van Couto) e alguns professores do CFP passaram a utilizar o espaço para suas aulas.
Outra ideia inicial estava acontecendo: a transformação de um lugar antes voltado para restrição da liberdade, para a punição e para o encarceramento do corpo em um lugar de liberdade de expressão, de construção conjunta de conhecimento, de artes e de libertação.
Em 2009 o grupo propôs à Prefeitura a doção o prédio à Universidade, com a intenção de que o mesmo fosse reformado para, de fato, abrigar um Centro de Artes que pudesse realizar suas atividades com qualidade. A Reitoria na época (Gestão do professor Paulo Gabriel Nassif Soledad) se mostrou aberta à ideia e comprometeu-se à destinar verba para a reforma que lá ocorreria, caso o prédio fosse doado à Universidade.
Nesse mesmo ano, em uma sessão solene na Câmera de Vereadores de Amargosa, o prédio da Cadeia pública foi doado à UFRB sob a condição de que os responsáveis pela CAsA do DUCA deveriam realizar, no período de 1 ano, atividades periódicas de arte e cultura.
Em paralelo às ações realizadas, o grupo dirigiu-se à Reitoria da UFRB e Pró-Reitoria de Extensão exigindo a efetivação da reforma. O posicionamento dado, foi o de que naquele ano (2009) a CAsA do DUCA seria prioridade.
Todavia, em 2009, ao final do Projeto Ciranda Cultural, que levou para a CAsA do DUCA cerca de 750 pessoas, a Direção pró-tempore do CFP determinou o fechamento da CAsA do DUCA, alegando falta de segurança e salubridade para realização de atividades.
Novos encontros com a reitoria e Pró-Reitora de Extensão se deram, mas a reforma não aconteceu naquele ano.
Em 2011, alunos e professores ao passarem em frente ao prédio da CAsA do DUCA, perceberam uma movimentação lá dentro... Homens trabalhavam e quebravam paredes. Ao serem indagados sobre o que acontecia ali dentro, responderam: “uma reforma. Aqui serão construídas salas de aula ou algo do gênero”.
A CAsA do DUCA estava sendo transformada em outra coisa à revelia de seus precursores e coordenadores. Os alunos e professores saíram de lá indignados e propuseram uma OCUPAÇÃO do espaço. A CAsA do DUCA não seria transformada em sala de aula! Aquele lugar havia sido uma conquista de alunos e professores para sediar um Centro de Artes!
Novos encontros com Reitoria e Pró Reitoria de Extensão; justificativas de que havia ocorrido um equívoco e que a reforma do Centro de Artes seria prioridade.
Paralelamente a esta situação, tem início a organização de todo um material (plantas, contrato, especificações precisas do prédio, termo de doação da Câmera de vereadores) para que pudesse ser expedido um alvará de reforma do edifício.
Em 2011 a Reitoria alugou uma casa na parte central da cidade para que abrigar a sede provisória da CAsA do DUCA. Mais uma conquista: essa locação representava o reconhecimento da importância da CAsA do DUCA pela e para a Univesidade.
De 2011 a 2015 a CAsA do DUCA esteve sob a coordenação do prof. Ricardo Henrique Resende, da profa Ana Cristina Givigi, Profa Cilene Canda (hoje docente da UFBA) e outros que participaram de sua organização. Em 2015, a profa Alessandra Gomes reassume e Coordenação do Programa e ele é deslocado para outro imóvel provisório onde permaneceu até 2020, quando tem início a pandemia no Corona vírus (COVID-19).
Saraus, espetáculos teatrais, shows, defesas de TCCs e Dissertações, Oficinas, Cursos, palestras, exibições de filmes (Cine Rapadura), Rodas de capoeira (feitas pela comunidade externa), aulas de Box (feitas também pela comunidade externa), batalhas de RAP, grafitagem, aulas de diferentes disciplinas, eventos acadêmicos variados, Exposições fotográficas, atividades de Feira Literária de Amargosa, atividades em parceria com distintos Grupos de pesquisa e Extensão do CPF e também com escolas públicas da cidade foram algumas das atividades que ocorreram na CAsA do DUCA no período de 2011 a 2020.
Ao final de 2019 tem início a reforma do edifício da antiga cadeia pública. Isso foi possível devido à verbas da Universidade e à uma emenda parlamentar destinada à Cultura e remetida à UFRB pelo Deputado Estadual Jorge Solla/PT.
A reforma foi finalizada em 2022 e em 18/04/2022 é realizada a INAUGURAÇÃO DA CAsA do DUCA!
Esta é a marca registrada da CAsA DO DUCA. Ela foi criada por Josemary da Guarda de Souza, servidora técnica administrativa do Centro de Formação de Professores da UFRB. A marca é composta pelo conjunto de símbolo e logotipo. O símbolo é um desenho do antigo prédio da Delegacia e Cadeia Municipal de Amargosa/BA, erguido em 1896, durante a Intendência do Coronel Francisco Almeida Sampaio e mostra sete janelas e duas portas em linhas pretas. Sobrepondo esse desenho, há formas geométricas coloridas representando a diversidade (roxo, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho). Já o logotipo apresenta a sigla do Centro de Artes de Amargosa: Diversidade, Universidade, Cultura e Ancestralidade.
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