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UFRB lança o projeto Censo das Manifestações Culturais Negras

04/07/14 12:04 , 13/01/16 15:50 | 3283

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou na noite dessa quinta-feira (03), no Cine Theatro Cachoeirano, a cerimônia de lançamento do projeto Censo das Manifestações Culturais Negras nos Estados da Bahia, Maranhão e Pernambuco, em cooperação com a Fundação Cultural Palmares (FCP-Minc). O projeto fará parte do Sistema Palmares de Informação. 

O censo vai reunir dados sobre as culturas afro-brasileiras e contribuir para as políticas públicas culturais e para a implantação das metas do Plano Nacional de Cultura. Trata-se de um sistema georeferenciado que será utilizado por meio de uma ferramenta oficial na internet, com o cadastramento dos grupos culturais, contendo informações sobre localização; período de realização; histórico; responsáveis e organizadores; contatos e material audiovisual.

A coordenadora geral do projeto, professora Ângela Figueiredo, explica que a finalidade é a realização do mapeamento das manifestações culturais afro-brasileiras nos estados da Bahia, Maranhão e Pernambuco. “Temos como objetivo a realização de uma pesquisa para a construção de um banco de dados que subsidiará a construção do Sistema Palmares de informação e para contribuir com Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), através da disponibilização de subsídios sobre as manifestações culturais afro-brasileiras”, definiu Ângela.

A coordenação geral do projeto funciona no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL-UFRB) e conta com polos de pesquisa e recenseamento nas Universidades Federais do Maranhão e Pernambuco. O banco de dados poderá ser acessado pela internet de qualquer computador e celulares com sistema operacional Android. 

Estiveram presentes à cerimônia o reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif, o Pró-reitor de Política Afirmativas e Assuntos Estudantis, Ronaldo Barros, e o presidente da FCP, Hilton Cobra, além de representantes do Governo da Bahia e prefeitura municipal da Cachoeira, deputados federais e ativistas do movimento negro da Bahia, Maranhão e Pernambuco.

“Somos uma Universidade diferenciada. Contra todos os prognósticos nos tornamos a maior Universidade criada nos últimos anos no Brasil. E o desenvolvimento de projetos grandiosos como esse é uma amostra da nossa dimensão”, ressaltou o reitor, Paulo Gabriel Nacif.

Hilton Cobra, presidente da Fundação Palmares, falou da luta do povo negro e da importância do censo para os grupos culturais no Nordeste. “Agora, com esse projeto, não terão desculpas para negligenciar nossas manifestações e vamos cobrar os devidos investimentos no fomento a nossa cultura, afinal somos 110 milhões e queremos o que é nosso por direito. Temos a obrigação de alterar o processo que nos exclui”, afirmou Cobra.

A cerimônia contou ainda com a apresentação do percussionista pernambucano, Naná Vasconcelos, e da cantora baiana, Virgínia Rodrigues. Ambos apresentaram um show com os elementos da musicalidade negra, como alusão ao objetivo e importância do projeto.

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