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Projeto de estudante e egressos da UFRB promove educação pela arte em comunidade quilombola

16/09/24 11:58 , 23/09/24 11:05 | 731
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Tijupá é o nome do local onde pescadores guardam instrumentos de pesca. Tijupá também é o nome do projeto de arte e educação desenvolvido por estudantes e egressos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) na comunidade de Santiago do Iguape, em Cachoeira. Assim como o tijupá dos pescadores  abriga os instrumentos da pesca artesanal, o projeto também pretende ser um local onde crianças e adolescentes manifestem seu fazer artístico fortalecendo, assim, a cultura e a identidade locais. 

A idealização do projeto parte de Caroline Fernandes, conhecida artisticamente como Carol Maré, a partir da sua própria relação ancestral e familiar com o território. Ela é egressa do curso de Agroecologia da UFRB e estudante da instituição no curso de Licenciatura em Artes e, em  conjunto com James Ribeiro e Manuela Ferreira, também egressos do curso de Agroecologia, construíram a proposta da iniciativa e dirigem o projeto.  A escolha da comunidade quilombola e pesqueira de Santiago do Iguape para abrigar o Tijupá das Artes vai ao encontro da proposta do projeto, já que o local se trata de um grande berço de manifestações culturais e artísticas. “A ideia desse projeto é estimular que crianças e jovens pratiquem a arte a partir de seu território, a partir de seu lugar, na ideia de que é possível fazer arte sem sair da comunidade”, explica James Ribeiro. 

Com objetivos e local de execução definidos, o projeto foi submetido e aprovado na seleção do edital Lia da Silveira nº 10/2023, de apoio às artes, pela Lei Paulo Gustavo. Com o incentivo do edital de fomento, as atividades da ação tiveram início em abril deste ano, com a pré-produção. Em julho, o grupo ofertou quatro oficinas de artes em diferentes linguagens: modelagem com barro; pintura com tintas naturais;  fotografia e poesia. “Todas essas oficinas tiveram como um direcionamento a perspectiva das crianças falarem de seu lugar, falarem de seu território. Então, foram oficinas que tiveram como orientação o fortalecimento da identidade, da identidade quilombola, da identidade negra, da identidade pesqueira da comunidade”, detalha James.

Além das oficinas com crianças e adolescentes da comunidade, o Projeto Tijupá  também realizou ações de formação com educadores(as) da rede municipal de Cachoeira que atuam na comunidade de Santiago do Iguape. A primeira delas abordou a arte no fortalecimento da identidade e da cultura popular e a segunda com a temática da Arte Educação teve o objetivo de estimular o uso da arte como ferramenta para o trabalho escolar.

Para a execução das atividades do projeto, a equipe contou com apoio de estudantes e egressos da UFRB e de membros da comunidade local, que atuaram como facilitadores de algumas das ações desenvolvidas. 

Exposição dos trabalhos

As obras produzidas durante as oficinas ofertadas pelo Projeto Tijupá das Artes  serão expostas no dia 12 de outubro, na comunidade de Santiago do Iguape. Segundo os organizadores, a exposição artística coletiva ficará aberta até o fim de outubro.

Imagens: Arquivo Tijupá das Artes

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