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Mulheres na Ciência

Professoras da UFRB integram rede nacional de mulheres na Nanociência

16/10/24 09:15 , 16/10/24 09:49 | 973
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Ocupar espaços no debate científico ainda é um desafio para as mulheres. Um relatório de 2022 da editora Elsevier, em parceria com a agência Bori, revela que, apesar do aumento da participação feminina em pesquisas científicas, essa taxa diminui à medida que as mulheres avançam na carreira. Na tentativa de mudar esse cenário, foi criada a “Rede Nacional de Mulheres na Nanociência: conhecimento e inovação para cientistas e profissionais do futuro”, coordenada pela Universidade Franciscana (UFN). 

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) está presente na Rede com as professoras Rogelma Maria da Silva Ferreira, Karina Araújo Kodel, Livia Paz e Marília Conceição de Souza Carceres, do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC) no campus de Cruz das Almas. Além da UFRB, o projeto envolve outras 20 Instituições de Ensino Superior (IES), quatro empresas e 20 escolas de Educação Básica. A Rede está presente nas cinco regiões brasileiras, alcançando 12 estados, 80 pesquisadoras e mais de 10 mil estudantes.

A Rede foi aprovada no início de setembro pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Seu objetivo é ampliar o acesso, a permanência e a inclusão de meninas e mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, com foco em Nanociência e Nanotecnologia (N&N). A Nanociência investiga as propriedades dos materiais e as técnicas para manipular a matéria em escala nanométrica, que varia de 1 a 100 nanômetros, enquanto a Nanotecnologia é a aplicação desse conhecimento. O projeto visa capacitar e formar uma nova geração de cientistas e profissionais, promovendo a distribuição equitativa e o acesso a oportunidades educacionais e de pesquisa em todas as regiões. 

A professora Rogelma Ferreira destaca que as duas áreas são interdisciplinares e  reconhecidas como recursos essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico, englobando diversas disciplinas, como Química, Física, Matemática, Biologia, Computação, Farmácia, Engenharias, Medicina e Educação. “A Nanociência e a Nanotecnologia têm potencial para revolucionar diversos aspectos de nossa vida cotidiana”, explica Rogelma.

Nesse sentido, a professora Lívia Paz acredita que a estatística, sua área de atuação, tambémpode contribuir significativamente para o projeto e para os estudos em N&N. “A estatística é linda, pois tem uma área muito ampla de aplicabilidade em qualquer área. Então é possível mostrar as ferramentas estatísticas utilizadas na área do estudo do projeto colocando na prática nos exemplos atuais pois qualquer pesquisa/projeto somente vale a pena quando utiliza o seu conhecimento e coloca na prática do dia a dia demonstrando para essas meninas que é possível sermos profissionais e cientistas do futuro”, explica.

Para aumentar a inserção de meninas em temas interdisciplinares de N&N,  a Rede propõe atividades que incluem a criação de materiais educacionais, como histórias em quadrinhos sobre mulheres na ciência, cursos de formação para estudantes de diferentes níveis e a oportunidade de participarem de laboratórios de pesquisa.

Outro ponto destacado por Rogelma é o uso da cultura digital como aliada  para o desenvolvimento científico e tecnológico na área de N&N.  “Este projeto busca aproximar tecnologias de realidade virtual e gamificação dos participantes do projeto na área de nano. Abordaremos ações em a) realidade virtual que permite que se explore e interaja com átomos e moléculas para formar novos materiais e promove o aprendizado lúdico, capacitando o aluno a manipular diretamente os elementos constituintes de novos materiais e observar em tempo real os efeitos de suas modificações; b) uso de estratégias de gamificação em parte das atividades a serem desenvolvidas nas escolas de educação básica, comunidades indígenas e quilombolas e nos ambientes das Universidades; c) Imersão com PhET Interactive Simulations (projeto da University of Colorado Boulder de recursos educacionais abertos sem fins lucrativos), o que permite descrever diferenças entre átomo e a molécula, construir moléculas simples a partir de átomos, reconhecer que o índice numa fórmula molecular indica o número de átomos na molécula, reconhecer também que o coeficiente indica o número total de moléculas e associar nome de moléculas comuns a múltiplas representações; d) preparação de material envolvendo a cultura maker buscando materiais de baixo custo e com sustentabilidade (Arduíno, robótica, entre outros) para ser usado em oficinas para as estudantes”, detalhou a pesquisadora.

Para a professora Lívia, fazer parte da Rede é fundamental para as estudantes da UFRB, pois o projeto “incentiva meninas do ensino médio alçarem voos mais altos em qualquer área de conhecimento principalmente na área das exatas”. Ela também destaca que a importância para as pesquisadoras envolvidas: “Sinto-me muito privilegiada”.

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