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UFRB oferece curso de Libras para servidores da Receita Federal de Feira de Santana

17/12/24 08:42 , 17/12/24 09:06 | 317
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Durante três meses, servidores e terceirizados da Receita Federal em Feira de Santana deixaram suas funções habituais de trabalho para se dedicarem ao aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Semanalmente, eles(as) se reuniram na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) para participar de um curso oferecido pelo Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS/UFRB), por meio do projeto de extensão Librando.

Nas aulas, ocorridas entre agosto e outubro, a turma aprendeu Libras em nível instrumental  e conheceu as singularidades, história, cultura e direitos da comunidade surda. Albery França, estudante surdo do CETENS e um dos ministrantes do curso, compartilhou sua experiência: “Foi um momento de aprendizado, onde nós tivemos o contato em Libras com o objetivo de promover a acessibilidade ao público surdo na Receita Federal e isso muito me emociona”.  Além de Albery, Luciano Oliveira, estudante com deficiência visual, e Isis Costa, estudante ouvinte, também participaram como instrutores. A professora e coordenadora do Librando, Sátila Souza Ribeiro, ressaltou que a atuação dos(as) estudantes como professores(as)  também foi uma forma de “proporcionar um ambiente de aprendizado colaborativo e troca de experiências entre os(as) participantes”.

Sátila contou que, nas observações iniciais do curso, percebeu que a maioria dos inscritos possuía pouco ou nenhum conhecimento básico de Libras, o que representa uma das principais barreiras de comunicação. Para ela, isso reforça a importância do Projeto Librando, que não só promove a valorização da cultura surda, mas também destaca a necessidade de acessibilidade e respeito às diferenças no serviço público.

Gustavo Breitenbach, delegado da agência, enfatizou a importância de todos os servidores, incluindo ele próprio, participarem da capacitação. “Nós prestamos atendimento a todo tipo de público que precisa de serviços, e por isso é essencial que todos da equipe saibam se comunicar de maneira básica em Libras”, afirmou. Para ele, mesmo sendo um curso introdutório, os resultados já são positivos, especialmente pelo engajamento da equipe.

Rosângela Pereira, servidora da agência, também confirmou o comprometimento da equipe nas aulas. Para ela, o curso foi transformador, não apenas pelo aprendizado de datilologia, mas pela convivência com pessoas surdas, o que trouxe uma visão mais ampla sobre as dificuldades enfrentadas por essas pessoas. "Foi uma oportunidade maravilhosa que a Receita me deu. Aprendemos muito com as pessoas com deficiência, e esse aprendizado vai além da vida profissional", avaliou Rosângela.

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