Arquivo | fevereiro, 2009

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O que não muda com o decreto

Postado em 26 fevereiro 2009 por Coordenador

O registro homologado pelo Governo do Estado, através de um decreto assinado por Jacques Wagner, garante a continuidade das características peculiares do Carnaval de Maragojipe. Todos os anos, quem visitar a cidade, vai encontrar nas ruas as “caretas”, os grupos fantasiados, as charangas, as marchinhas e toda irreverência do povo maragojipano.

Também para proteger a tradição maragojipana,  foi criado o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Natural de Maragojipe. A cerimônia aconteceu pouco antes da chegada do governador Jaques Wagner ao município, em reunião aberta no Auditório da Casa da Cultura.

Fonte: Ascom Prefeitura de Maragojipe

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Carnaval de Maragogipe é patrimônio imaterial da Bahia

Postado em 05 fevereiro 2009 por Coordenador

Desde 2007, equipe de técnicos (historiadores, sociólogos, antropólogos e museólogos) da Gerência de Pesquisa, Legislação Patrimonial e Patrimônio Intangível (Gepel) do IPAC, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, realiza coletas de materiais que registram a manifestação do carnaval em Maragojipe. Com os resultados, o IPAC encaminhou dossiê para análise do Conselho Estadual de Cultura (CEC). Através do processo nº008/2008, a Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural do CEC propôs o registro da festa no Livro Especial de Eventos e Celebrações. O evento foi considerado oficialmente, como patrimônio imaterial da Bahia, através de decreto do governador Jaques Wagner,  publicado no Diário Oficial do Estado.

Considerada uma das manifestações carnavalescas mais tradicionais da Bahia, a festa é marcada pelo uso de máscaras, instrumentos musicais típicos, caretas e fantasias. A festa detém influências africanas e européias com a presença secular das caretas e dos pierrôs, que desfilam pelas ruas, que remetem ao carnaval Europeu do século XIX, e os costumes e cantos afro-descendentes, herança de escravos africanos que habitavam a região, além da presença de alegorias acompanhadas com bandas de sopro.

Fonte: Assessoria de Comunicação – IPAC

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Um shopping em São Félix

Postado em 03 fevereiro 2009 por Tamires Peixoto

Na orla de São Félix, em frente ao Dannemann, dia de quarta e sexta, vendedores ambulantes montam barracas e comercializam diversos produtos. As roupas são a principal atração, mas pode-se encontrar também cds, dvds, calçados e até arranjos decorativos.
As mulheres são clientes potenciais, até porque as barracas dispõem mais de roupas femininas e infantis. “Os produtos são de qualidade. Encontro até roupas de marca”, comenta a doceira Patrícia Duarte.
Os preços variam de R$5 a R$ 60, dependendo da procedência e qualidade da mercadoria. O ambulante Vivaldo Moreira diz que pega seus produtos em Caruaru e Fortaleza.
A feira de roupas funciona em São Félix desde meados de 2007. Os vendedores são todos de cidades vizinhas, como Feira de Santana. Antes, eles vendiam em Cachoeira. Mas uma decisão da prefeitura passou a não permitir que feirantes de outras localidades continuassem vendendo suas mercadorias no mesmo espaço que os ambulantes cachoeiranos. Eles foram então transferidos para as proximidades do mercado do peixe. No entanto, não concordaram com a idéia, preferindo ocupar o espaço onde estão hoje em São Félix, principalmente, porque não precisam pagar taxas pelo local que ocupam. Cada vendedor tem o seu lugar fixo e uns respeitam o espaço dos outros.
“Essa mudança não interferiu nas minhas vendas. As freguesas de lá atravessam a ponte e compram aqui na minha mão”, afirma a ambulante Erilândia Bonfim (Lande). Ela trabalha no ramo há treze anos. Conta que vende as roupas à vista ou numa espécie de crediário, com anotações de quem deve num caderno.
O interessante é que as barracas são dispostas parecendo obedecer a uma hierarquia de preços e qualidade das roupas, como num shopping, que, geralmente, possui uma área voltada a lojas de departamentos, com produtos mais baratos; outra com preços intermediários; e, por último, no terceiro piso, as alamedas das grandes grifes.
Em São Félix, é possível encontrar uma área com barracas que possuem as roupas mais baratas e até um sistema de autofalante, onde os feirantes mercam seus produtos ao som de músicas populares. Em outra região, as roupas são mais caras.
Mercados informais como os de São Félix são praticamente uma regra em várias partes do país e a indústria e o mercado formais sentem fortes impactos em suas vendas.

Conheça a Feira.

Links relacionados:

Feira de Caruaru

Comércio Informal

Por Caio Barbosa e Tamires Peixoto

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Turismo em Cachoeira

Postado em 02 fevereiro 2009 por Tamires Peixoto

Conhecida pelo seu caráter turístico, Cachoeira recebe pessoas de vários lugares do país e do mundo em diferentes épocas do ano, que vão desde o São João à famosa Festa da Boa Morte. A cidade, além de contar com algumas pousadas, recentemente, ganhou dois apart hotéis, proporcionando uma maior variedade em hospedagem ao turista.
“Geralmente os estrangeiros (em sua maioria franceses e norte-americanos) optam por ficar em pousadas. Já os apart hotéis costumam receber profissionais de outras cidades, como professores, médicos e funcionários de empresas”, afirma Josevaldo Oliveira, gerente de um dos apart hotéis.
O perfil do turista também varia a depender da festa. No São João e na Festa D’Ájuda, por exemplo, ocorre um turismo interno, atraindo pessoas de Salvador e outras cidades do estado. Já a famosa Festa da Boa Morte, época de maior fluxo turístico na cidade, há um maior uma maior número de estrangeiros.
Segundo Valmir dos Santos, administrador da Casa Boa Morte, é na festa da Boa Morte que os serviços hoteleiros se encontram deficientes, devido ao grande número de turistas. Porém, em outras épocas do ano, as pousadas dão conta de atender a todos. “A alta estação é entre julho e outubro. Nessa época, os estrangeiros começam a chegar para a festa. A Boa Morte é o ouro do turismo de Cachoeira”, diz.
Valmir afirma que a partir da década de 70, Cachoeira passou por uma fase de reconstrução. Nasce, nessa época, a Cabana do Pai Thomaz e a Pousada do Guerreiro, iniciando o turismo no município. “A cidade mudou muito, mas acredito que ainda mudará mais. Hoje, ela não é só turística. Está se tornando universitária”, comenta ele.
“Existe ainda o projeto de Cachoeira ser elevada à categoria de patrimônio mundial. Caso esse fato ocorra, a cidade “pegará fogo”. Será preciso abrir mais uns 30 hotéis. Acredito que isso acontecerá em breve”, conta Josevaldo Oliveira.

Por Gislene Mariano

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Aí vou eu, Cachoeira!

Postado em 02 fevereiro 2009 por Sayonara Moreno

Trânsito, asfalto, poluição, violência, impessoalidade. São vários os fatores que convencem moradores de grandes centros urbanos a procurar uma vida tranqüila e de melhor qualidade em cidades do interior. Cachoeira, com 33 mil habitantes, a 116 km da capital, oferece todos os benefícios de uma cidade do interior mas o diferencial é que tem uma vida cultural vasta e badalada.

Cátia Bamberg, pedagoga, deixou Porto Alegre – RS para morar em Cachoeira. Na cidade, a gaúcha montou um bar e restaurante em parceria com o irmão, também gaúcho, com o objetivo de se manter e aproveitar as opções de lazer, ainda que poucas em relação as capitais. “Queria muito morar no interior. No início, fiquei em dúvida entre o interior do Rio Grande do sul e Cachoeira, aqui na Bahia. Escolhi Cachoeira por minha irmã já morar aqui. Gostei muito da cidade e agora estou apaixonada por este lugar”, afirma.

Outra pessoa que trocou a agitação de grandes centros urbanos pela tranqüilidade da pequena cidade do interior baiano foi a estudante Nathalia Oliveira. Ela saiu do Rio de Janeiro e depois de uma breve temporada em Salvador se mudou para Cachoeira. “Conheci Cachoeira através de uma amiga, na época que morava em Salvador. Gostei da cidade e resolvi vir morar aqui”. Nathalia diz não ter se acostumado rapidamente com a rotina do interior, mas está gostando da nova experiência. “No início eu sentia falta do asfalto, da praia. Não agüentava mais ver casas coloridas em todo lugar que eu passava. Precisava ver os prédios cinza, mas agora já estou acostumada”, completa.

Atualmente, a jovem carioca está se preparando para prestar o vestibular do curso de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Ela conta que, caso passe no vestibular sua relação com Cachoeira será ainda mais duradoura.

Cátia e Nathália são exemplos de pessoas que desejam uma vida diferente da que levavam em grandes centros urbanos. Cachoeira tem cumprido este papel desde muito tempo. Na cidade também mora o comunicólogo e poeta Damário Dacruz que mantém o Pouso da Palavra, um espaço à arte e lazer.

Por Ted Sampaio

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Prédios em estado de degradação compõem o cenário cachoeirano

Postado em 02 fevereiro 2009 por Danielle Souza

Em um breve passeio pela cidade de Cachoeira é possível perceber o grande número de prédios em estado de degradação avançado. Em alguns casos, só existe a fachada do prédio parcialmente destruída. Essas ruínas reforçam o visual histórico da cidade, mas por viés negativo. Cachoeira fica, em muitos trechos, com a aparência de abandono.

O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), concluiu a restauração de trinta prédios, sendo que dezoito são privados e doze públicos. As obras em andamentos são treze no total. Para que o imóvel seja reformado, é preciso fazer parte de um processo de seleção feito pelo IPHAN. Caso o imóvel seja privado, os responsáveis devem buscar um órgão financiador que em conjunto com o Projeto Monumenta, órgão que realiza as reformas, darão início as obras. Já foram selecionados cento e quarenta prédios privados, dos quais, cento e dezoito já foram convocados.

Mas não é tão simples assim quanto parece. A maioria dos prédios que precisam de reformas são privados, e os proprietários não têm condições de pagar o financiamento, sendo assim, os imóveis ficam destruídos, muitas vezes de maneira irreversível.

Por Camila Moreira e Danielle Souza

Vídeo: predios1

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Mais saúde para a comunidade de São Félix

Postado em 02 fevereiro 2009 por Tamires Peixoto

Aulas de hidroginástica, dança e natação. Acompanhamento médico, com fisioterapeuta, dentista, psicólogo, nutricionista, assistente social e massoterapeuta. E o melhor, sem ter que pagar para adquirir esses serviços. É assim que funciona o CIPS, Centro Integrado de Promoção a Saúde. Segundo o coordenador do projeto, Juraci Rocha, a idéia é incorporar atividades físicas e hábitos saudáveis à comunidade.
“Nosso objetivo é promover a saúde, incentivando desde a prática de esportes ao maior convívio social. É necessário sair de casa, sair do stress, ir caminhar na rua, adquirir outros hábitos.”, conta ele.
É importante esclarecer que o projeto não é voltado apenas para a terceira idade. Na verdade, ele visa às pessoas portadoras da DANT, Doenças de Agravo Não Transmissíveis, como hipertensão, diabete, obesidade, depressão, doenças cardíacas e artrose. Essas doenças são mais freqüentes na terceira idade. Porém, pessoas de todas as idades, inclusive crianças, podem fazer parte do programa.
“Nosso país é cheio de modismo. Todo ano tem uma moda. Já houve uma chamada “portadores de necessidades especiais”. No ano anterior, foi a moda do pan-americano. Dessa forma, foi criado,também, uma moda para os idosos, que consistiu em olhá-los de outra forma. Daí as pessoas confundem nosso programa como voltado para a terceira idade.”, esclarece Rocha.
Edna Anunciação, 36 anos, já participa das aulas do CIPS há 2 anos. “Foi uma colega que me indicou. Depois eu indiquei à minha irmã. As aulas de ginástica e os eventos fazem eu me sentir mais disposta, mais viva, minha saúde melhorou bastante depois desse programa”, conta ela.

Ouça a entrevista com Juraci Rocha, diretor do CIPS.

Assista o vídeo da aula.

Por Gislene Mariano

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Nossas roupas revelam muito mais que um estilo

Postado em 01 fevereiro 2009 por Vanhise Ribeiro

Sabe aquela peça de roupa, lençol ou bichinho de pelúcia que não conseguimos dormir sem o seu cheirinho, a marca de desodorante na manga da camisa ou quem sabe as desproporcionais dimensões de uma roupa que acaba cedendo ao toque, aos ajustes e as adequações dos corpos de quem a usa? Pois é a roupa não é uma mera mercadoria, extrapola as fronteiras da ‘moda’ e dos modismos, revela a sua concreta relação com quem a usa.

“A magia da roupa está no fato de que ela nos recebe: recebe nosso cheiro, nosso suor, recebe até mesmo nossa forma” (Peter Strallybrass, O casaco de Marx: Roupas, memória e dor). Tais impressões registram nossa marca, comportam a materialidade das relações sociais inscritas por seus usuários.

Na modernidade a vida social dos indivíduos esteve profundamente relacionada à vida social da roupa, além de ser listada em testamentos, era tanto uma moeda como um meio de incorporação.

Na contemporaneidade a roupa ainda determina status, inclusão e/ou códigos de conduta. Como lembra Márcio Bender, “já fui barrado algumas vezes por não estrar com roupa adequada. Órgãos públicos e casas noturnas são locais que sempre exigem no mínimo camisa, calça e sapatos”, diz Bender.

As roupas carregam histórias, valores, memória e em certo sentido, a dor. Exprimem o luto, recriam a ausência, a frustração com a morte. Os fantasmas decididamente residem nos armários, se manifestam através da presença vigorosa das vestes que os abrigam. Maria Félix, lembra com certa emoção da morte de sua mãe e relata que após ela ter morrido, evitou abrir o armário da mãe. “Seu cheiro, suas roupas, tudo lá me lembrava ela”, fala Maria.

Talvez resida aí a capacidade da roupa de durar no tempo, de ser um legado, uma memória ativa, um bem material e imaterial, de carrgar o corpo ausente, de sustentar seus gestos.

Strallybrass resume bem a sua concepção sobre roupas. “Ao pensar nas roupas como modas passageiras, nós expressamos apenas uma meia verdade. Os corpos vêm e vão: as roupas que receberam esses corpos sobrevivem”.

Por: Vanhise Ribeiro

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Reforma na orla cachoeirana agrada a população

Postado em 01 fevereiro 2009 por Danielle Souza

O calçamento da orla de Cachoeira foi trocado, as praças reformadas. Balizadores foram colocados para separar a área dos pedestres da área dos carros. Mais postes de iluminação e lixeiras. Também houve preocupação com a parte paisagística. Parte da fiação que ficava exposta agora é subterrânea. Foram implantadas até faixas de pedestres, típicas de cidades históricas (pedras grandes com uma tonalidade diferente das pedras comuns de calçamento). O problema é que grande parte da população não compreende que elas são faixas, nem foram avisados sobre isso. “Eu soube por acaso, os peões da obra estavam fazendo e eu perguntei”, afirma a vendedora ambulante, Maria José, 42 anos.

Para Maima Abadi, arquiteta do Monumenta, é necessário que haja uma educação no trânsito, que exista uma parceria entre os órgãos públicos, já que o Monumenta sozinho não pode fazer isso. Um outro problema é evidente: os motoristas não respeitam o espaço dos pedestres e não é difícil ver carros estacionados na área disponível para eles.

Um aspecto curioso e digno de aplausos nesta reforma passa despercebido aos olhos dos menos atentos: todas as praças da orla têm rampas nas suas extremidades para facilitar o acesso para os cadeirantes e há sinalização em relevo e pintada para que os deficientes visuais identifiquem os postes. Segundo o governo do estado, o investimento foi de R$2,2 milhões. No site da secretaria de infra-estrutura, consta que ‘a reforma deve impulsionar a revitalização econômica da área e foi sugerida pela própria comunidade’. “A orla ficou mais bonita, gostei muito. As pessoas agora podem fazer suas caminhadas a vontade” afirma Eloina Pereira, 46 anos, moradora de Cachoeira.

Camila Moreira e Danielle Souza

Vídeo:

[vimeo]2307731[/vimeo]

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Cachoeira tem poucas atrações noturnas

Postado em 01 fevereiro 2009 por Tamires Peixoto

Cachoeira é uma cidade com muitas atrações turísticas (históricas e religiosas). No entanto, as atividades noturnas cachoeiranas não atraem essa gama de turistas.
A infra-estrutura dos hotéis e pousadas não melhoram esta situação. Poucos restaurantes oferecem cardápios com opções variadas. Segundo Kátia Bamberg, pedagoga e comerciante, a maioria dos turistas são de idade mais avançada e não têm interesse nas opções de alimentação e atrações noturnas que a cidade oferece.
Nascido em Cachoeira, Rafael Dias, estudante, 21 anos, mora em Salvador há oito anos e lamenta que quando visita a cidade natal não encontra estabelecimento que invistam em atrações que envolvam o samba de roda. Ele diz que é muito bom ver os amigos e familiares, no entanto, a cidade deixa a desejar em termos de atrações noturnas. “Eu gosto de frequentar o Sebo Café com Arte Ana Néri, mas acabo indo com os amigos para a praça 25 de junho porque lá é o local mais movimentado e, muitas vezes, o único”.
Kátia Bamberg morava no Rio Grande do Sul e veio morar em Cachoeira em 2008 e adorou o samba de roda. “Uma forma de melhorar as atividades noturnas seria produzir concursos de samba de roda envolvendo as comunidades, especialmente, em momentos próximos de festas como a Boa Morte ou a festa em comemoração à data 25 de junho, que já atraem turistas”, ela sugere.

Por Astrude Modesto

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