Artigo opinativo de Débora Valadares*
O Grupo OMNI atua promovendo e solicitando políticas públicas, cidadania e direitos humanos, além de programas de prevenção DST/AIDS, apoio psicológico, jurídico e cultural para dar visibilidade e garantir auto-estima aos excluídos e marginalizados socialmente, não só a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros.
A palavra OMNI que vem do latim, está flexionada no coletivo, “aportuguesou-se” e quer dizer “para todos”. Como somos do movimento feminista incluímos “para todas”. O OMNI tem trazido informação e conhecimento a Cruz das Almas e região sobre a questão da sexualidade, tema polêmico que não dá mais para ser ignorado e precisa ser tratado com respeito e de frente.
A atual direção tem uma preocupação em desconstruir os modelos tradicionais e tem popularizado o OMNI. Por entender que a camada com menos instrução e que não pode adquirir informação, pois depende sempre de quem a detém está tentando, a duras penas, dar grande circulação ao grupo OMNI, que continua a fazer sua parte social indo até a zona rural e a periferia provocando a tod@s, com responsabilidade e compromisso.
Estamos nas ruas, nos bares, nas escolas, nas conferências, nas empresas de Cruz das Almas e região. Na Assembleia baiana, nas ruas e nas passarelas de Salvador, para fazer um trabalho oriundo da população. Valorizar e empoderar a sociedade civil é uma das metas do Grupo LGBT OMNI que vem sendo revolucionado ‘cotidiariamente’.
Com a vinda do Século XXI, duvida-se que haja outro LULA tão logo, mas acreditamos que o nome desse presidente, para o país, reforçou a auto-estima de quem vivia sob o jugo da mão de ferro dos Neoliberais onde o poder existia pelo poder e quem estava à margem, os tidos “MARGINAIS” como são determinados os de baixa renda, negros e negras, semi-alfabetizados ou não alfabetizados, mulheres, deficientes e homossexuais. E entre esse trabalho social incluímos agora o nosso lar, o planeta Terra, na perspectiva do aquecimento global.
Percebemos a necessidade de se fazer um exercício de Cidadania urgente e eficaz, para que as previsões científicas do filme de AL GORE, candidato à Presidência dos E.U.A em 2000, Uma verdade inconveniente, não venham, mais uma vez, a atingir quem menos teve informação e pouco se preparou para a revolta das condições climáticas, mas que contribuiu muito, por ignorância e desinformação para esse aquecimento Global.
Quando você destaca um pacote de batatas fritas, aquele lanche saboroso, e o descarta na rua, não há uma consciência ambiental construída. A escola deveria ser o primeiro passo para essa educação paralela, porém pouco tem feito. Em contrapartida à escola, as famílias também esquecem que não é só no chão de casa que não se deve descartar lixo. Hoje o destino do lixo é uma incógnita, que todos que produzem quilos e quilos de lixo por dia não sabem como agir até que aconteçam as enchentes e que se percam anos de lutas e vidas.
O século que venceu, e ainda vence pelo diálogo, não está conseguindo alcançar os seus receptores por vários motivos desconhecidos, mas em sua grande maioria é pela grande vaidade das pessoas detentoras de informação e refazem o caminho da ditadura reproduzindo, sem perceber, outras camadas marginais: OS EXCLUIDOS DIGITAIS.
As pessoas estão internéticas, mas usam mal ou quase nada das informações do mundo que é a grande rede. Passam horas na frente do computador, recebendo a luz que vem das telas e no final não fizeram nem sequer uma pesquisa para acúmulo coletivo. É nessa hora que percebemos a questão geracional: os mais jovens sabem tudo de internet, mas não entendem nada da vida do possível amigo virtual, falam por uma linguagem própria.
Temos muitos e muitas jovens preocupados com o verde, e atuando na área. Somos muitos, mas o feito ainda é pouco porque nos deparamos com a ignorância de algumas pessoas que insistem no conformismo ao dizer: “…Deus sabe o que faz…!” E quanto a nós? Não sabemos o que fazemos? Destruímos o planeta por achar que ele era autolimpante como os fogões que compramos nas lojas. Só esquecemos-nos de uma coisa: os fogões precisam das mãos humanas para acionar a função autolimpante.
A Terra precisa das ações isoladas ou coletivas para continuar sendo o nosso planeta, o nosso planeta água. Faz-se necessário implantar ações de conscientização e efetivação para preservar áreas onde ainda existem pedaços de vegetação nativa: cerrado, pântanos, mata atlântica, manguezais, e outras tantas variedades de fauna e flora existentes por todo o mundo. O mesmo valendo para nascentes e foz de rios, lagos, lagoas e mares.
Apesar de ultimamente estarmos vivendo de forma cada vez mais individualista, as catástrofes ambientais tem unidos povos geograficamente distantes. Lembrem dos furacões nos E.U.A (qualquer referência a este blog não é mera coincidência), os tsunamis no oriente, as secas no sul e enchentes no nordeste do Brasil. Diariamente as TVs de todo o mundo fazem apelos, utilizando imagens e mensagens apelativas ao sentimentalismo humano para que doemos qualquer centavo, depositado em contas de entidades que se encarregariam, via de regra, a levar a ajuda que essas populações necessitam de imediato.
Essas ações paliativas podem ser evitadas se passarmos realmente a abraçar o ambiente em que vivemos. E, parafraseando uma mente brilhante do ENEM, “não só o meio ambiente, mas o ambiente todo”. Plantar uma árvore, não jogar lixo em encostas, não tocar fogo no lixo acumulado nas ruas, são ações que podem ajudar o nosso planeta a ter uma vida útil ampliada.
A preciosidade natural que mais tem chamado a atenção de estudiosos no mundo todo e que poucas pessoas e empresas têm voltado a devida atenção é a água. Já se sabe que é o nosso novo petróleo. Já foi comprovado que a água não é um recurso renovável, como se acreditou por décadas. Alguns pessimistas de plantão, inclusive, já anunciavam, desde 1996, que a água será a razão da terceira grande guerra. E mais: nosso Brasil é um grande concorrente a ser o principal alvo.
Débora é presidente do Grupo OMNI