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Feira da Mulher movimenta Cruz das Almas na próxima sexta

Postado em 10 março 2010 por Gustavo Medeiros

A Secretaria Municipal de Políticas Especiais promove nesta sexta-feira (12/03), a partir das 13h, na Praça Senador Themístocles, a Feira da Mulher. O evento faz parte das comemorações do Mês da Mulher, que começou na última segunda-feira (08/03) com uma sessão solene realizada na Câmara dos Vereadores em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

A feira conta com doze barracas, onde as artesãs do município expõem e comercializam seus produtos, que vão do simples artesanato até a culinária. Além da exposição dos trabalhos artesanais, shows musicais com sete atrações femininas animam os participantes até às 19h.

Os serviços de cabeleireiro, manicure, orientação e assistência para o enfrentamento contra a violência doméstica também serão oferecidos durante o evento.

A secretária Ilza Francisca da Cruz falou da importância da atividade comemorativa dentro da programação da Secretaria para o Dia Internacional da Mulher. “Essa atividade tem o objetivo principalmente de agregar”, comentou a secretária.

Após a Feira da Mulher, a programação do Mês da Mulher segue no sábado (13/03), às 19h, com uma sessão especial da sala de cinema da Biblioteca Municipal Carmelito Barbosa Alves com a apresentação de filmes voltados para a temática feminina. A partir do dia 17 de março acontecem palestras itinerantes nas comunidades rurais do município com o tema Mulher, Política e Violência.

 As comemorações ao Mês da Mulher encerram no dia 29 de março com uma Mesa Redonda na Biblioteca Municipal Carmelito Barbosa Alves que tem como tema Mulheres que derrubam barreiras e chegam ao poder.

Por Gustavo Medeiros

 

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Desfile do 29 de julho homenageia as mulheres

Postado em 17 julho 2009 por Gustavo Medeiros

Com o tema A Participação da Mulher na Construção da História de Cruz das Almas, a Secretaria Municipal de Educação faz uma homenagem às mulheres no desfile cívico do dia 29 de julho. O objetivo é contar a formação da sociedade cruzalmense através da presença feminina.

As 45 escolas e nove creches se dividem em oito grupos temáticos para apresentar, através de stands expositivos e desfiles, a participação efetiva das mulheres na história do município. Fotos, painéis informativos e maquetes ficam expostos na Praça Senador Themístocles, em frente ao Paço Municipal, no dia 29 de julho.

Também participam do desfile as escolas estaduais, particulares, fanfarras das cidades vizinhas de Muritiba e Castro Alves, os Tiros de Guerra de Cachoeira e Nazaré, além da banda de música do 19º Batalhão dos Caçadores. A Secretaria da Saúde vai montar um stand sobre a saúde da mulher.

O projeto do desfile contou com a colaboração das matriarcas de cada comunidade do município, artistas, historiadores e as operárias da indústria fumageira. Os estudantes se mobilizaram para pesquisar sobre a participação feminina na sociedade. “Houve uma aceitação muito boa por parte dos alunos”, afirma a secretaria de educação, Ana Alice Teixeira.

Ana Alice também destacou a importância de prestar uma homenagem às mulheres no dia em que o município comemora 112 anos de emancipação política. “O nosso objetivo é favorecer uma reparação histórica e as mulheres assumem um papel importante na nossa sociedade”, garante a secretaria.

Por Gustavo Medeiros

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Situação da mulher é tema de debate em Cruz das Almas

Postado em 09 março 2009 por Coordenador

No último 05 de março, no salão principal da Câmara de Vereadores de Cruz das Almas, aconteceu o lançamento da Cartilha da Lei Maria da Penha da Deputada Estadual Neusa Cadore (PT – BA). Na Mesa, a Deputada Neusa Cadore, o Prefeito de Cruz das Almas, Orlando Peixoto (Orlandinho), o Presidente da Câmara de Vereadores, Osvaldo da Paz, a vice-presidente do MULECA (Movimento Unificado de Lésbicas Cruzalmense) também vice-presidente do Grupo OMNI, Débora Valadares, a Presidente da Associação de Mulheres Amigas de Cruz das Almas – AMA, Carmen Oliveira, a Secretária de Políticas Especiais, Ilza Francisca e a Presidente do Coletivo de Mulheres em Luta Jacinta Passos, Rosana Vieira.
O público estimado em 150 pessoas, da zona rural e sede, bem como de cidades próximas, lotou a galeria da Câmara. Parte do secretariado, incluindo as quatro secretárias municipais estavam na galeria.

Carmen Oliveira, presidente da AMA, associação que promoveu o evento, e que dialoga conjuntamente com o Grupo OMNI, bem como a secretária Ilza Francisca, mantiveram um discurso uníssono. Ambas falaram de uma conquista local que é o Conselho da Mulher. Segundo Ilza, este Conselho já teve sua crianção aprovada pela Câmara na gestão passada e agora só precisa ser devidamente estruturado para dar início às atividades.

Carmen também solicitou ao prefeito que ele buscasse trazer para Cruz das Almas a Delegacia Especial de Apoio à Mulher – DEAM Territorial. “Devido ao número populacional de Cruz ser pequeno para comportar uma delegacia como esta, pensa-se em uma entidade que comporte todo o Território de Identidade do Recôncavo”, disse. Outra reivindicação da AMA é uma Casa de Passagem para mulheres em situação de violência; uma ferramenta para que ela tenha assessoria jurídica e apoio psicológico a fim de reestruturar sua vida.

Durante sua fala, Débora Valadares apresentou dados colhidos em 2008, quando 3% dos assassinatos de homossexuais na Bahia acometeram mulheres lésbicas (GGB). Também relatou à deputada casos apresentados durante o Seminário do Fórum LGBT, realizado em Feira de Santana, onde adolescentes em São Sebastião do Passé são amarradas ao pé da mesa e espancadas constantemente por pais evangélicos homofóbicos. A deputada mostrou-se surpresa com o fato e disse investigar o caso para que providências sejam tomadas. Ela ressaltou o Grupo OMNI pela coragem de colocar um movimento tão oprimido como é o movimento LGBT, ainda mais num cenário que se diz super conservador, católico e homofóbico como é a cidade de Cruz das Almas.

Neusa falou da importância da Lei Maria da Penha, inclusive para casais de lésbicas. Segundo a deputada, a violência contra a mulher ocorre em vários âmbitos: físico, psicológico, em caráter heterossexual e homossexual também. Neusa reafirmou a necessidade que a mulher agredida tem de denunciar seu agressor e lutar para que sua punição seja efetivada como manda a lei. Entretanto, esse trabalho perpassa várias instâncias, principalmente internamente na mulher que sofre as agressões, pois muitas vezes ela é dependente do agressor.

Entretanto, o ponto mais alto do evento foi a retratação pública do Prefeito Orlandinho, que esclareceu que o Governo do Povo não é homofóbico, reiterando constantemente esta fala. Orlandinho admitiu a  legitimidade do OMNI enquanto entidade, e, finalmente garantiu que irá sentar à mesa com as representantes e descortinará uma nova realidade para o movimento homossexual de Cruz das Almas. Desta vez, Orlandinho se mostrou sensível e comprometido com a causa, mesmo tendo reafirmado que escutou o que os outros homossexuais disseram ao queixarem-se ao prefeito por não estarem dentro da militância.

Ressalte-se que o Grupo LGBT OMNI é composto por núcleos: MULECA (lésbicas), Panteras (gay), Amazonas (travestis/transgêneros/transexuais), Bi Happy (bissexuais).

O vereador Uberdan Cardoso (PT), de Santo Antônio de Jesus, que esteve no evento, se comprometeu a levar esta provocação ao seu município.

Por Débora Valadares

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A pausa que envelhece

Postado em 19 janeiro 2009 por Coordenador

Muitos especialistas já disseram que menopausa não é problema, más sim “um fenômeno biológico que coincide com uma proporção de doenças, porque coincide com o envelhecimento, com a maturidade”, afirma a ginecologista Rosana Azevedo, de Salvador.

Segundo a médica, muito antes do que se imagina, já temos a presença do climatério, que antecede a menopausa. Ele começa a se manifestar a partir dos 35 anos. É o período em que a produção de hormônios diminui, e começa as várias modificações no organismo. Estes sintomas fazem parte da vida de muitas mulheres, como é o caso de D. Cleuza Oliveira da rua da feira, 52 anos, que já está convivendo com essas mudanças biológicas e emocionais: “uma hora eu sinto um calor intenso, outrora fico aflita e muito estressada, além de minha menstruação demorar vários dias a mais para ir embora”.

A menopausa é um período em que a menstruação já cessou. Durante esse período, os ovários gradualmente passam a produzir menos hormônios sexuais como o estrogênio, que é fundamental para o desenvolvimento dos órgãos femininos, além de afetar os aspectos emocionais da mulher, e a progesterona que tem a função de controlar a menstruação, afirmou Azevedo.

A fase da menopausa tende a causar grandes mudanças na saúde e no comportamento das mulheres, pois as suas funções vitais estão sendo perdidas. Os sintomas mais comuns são os fogachos (calorões), suor em excesso, cefaléia, pele ressecada entre outros. Também como a perda da capacidade de reproduzir, é notório que o apetite sexual também desapareça nesta fase.

Há também casos em que as mulheres menopáusica passam a sentir maior vigor e melhora na vida sexual, pois seu orgasmo pode ser mais intenso, devido às terminações nervosas estar muito mais à flor da pele, além de não temer mais com a possibilidade de uma gravidez indesejada e de não ter mais o período menstrual. Esse momento passa a ser sublime para muitas mulheres que experimentam um reflorescimento da vida sexual.

Segundo o ginecologista Evandro Machado de Salvador, que atende na Santa Casa de Cachoeira, não há relação entre a primeira menstruação e a idade da menopausa. Portanto muitas mulheres podem começar a sentir manifestações de sintomas específicos da menopausa muito cedo. O ideal é que assim que for constatada a presença desses sintomas, a mulher deve procurar o seu ginecologista, para cuidar e lhe guiar durante essa trajetória inevitável que o órgão feminino deve passar.

por Aline Pires

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Mulheres sustentam a casa

Postado em 06 dezembro 2008 por Tamires Peixoto

Bárbara Pedreira, 53 anos, moradora de São Félix, vive com o filho e separou-se do marido, por causa da infidelidade dele. Ela conta que só conviveu com ele enquanto esteve grávida. Quando a criança nasceu, há treze anos, o marido passou a ter um outro relacionamento e saiu de casa.
O filho recebe uma pensão alimentícia do pai. No entanto, Bárbara, que é funcionária pública, sustenta a casa sozinha. Isso já ocorria mesmo quando estava casada, pois o marido gastava toda a sua renda com a amante. As irmãs que moram no Rio de Janeiro sempre ajudaram nas despesas. Ela diz que nunca faz o que não tem condições, e demonstra ser bem controlada financeiramente.
Bárbara conta que não sente falta do marido e que, depois dele, não se relacionou com mais ninguém. Ela se queixa do desrespeito dos homens. Prefere ficar sozinha. “Meu filho sente falta da presença do pai, mas eu tento preencher esse vazio”, comenta.
“As estatísticas (…) (IBGE, 2002) revelam que 24,9% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. A maior concentração está nas camadas mais pobres da sociedade, onde as condições precárias de vida, evidenciadas pelo desemprego ou subemprego dos companheiros ou a própria condição de mães solteiras, separadas ou viúvas as conduzem ao mercado de trabalho em situações que vão desde o compartilhar até responsabilizar-se sozinhas pela manutenção da casa” (Mary Alves Mendes).
Rejane Conceição, 44 anos, tem um namorado há dois anos. Contudo, ele se envolveu com uma outra mulher e ela engravidou. Desde então, as despesas da casa passaram a ser de responsabilidade de Rejane. O sustento vem de uma pensão do falecido pai e de um primeiro marido, também falecido, com quem teve dois filhos. Rejane já trabalhou em casas de família. O interessante do caso de Rejane é que ela parece complacente com situação, não se queixando tanto do fato de dividir o namorado com outra mulher. Ela brinca, dizendo que será uma outra pessoa em 2009.
Muitos estudos consideram o posicionamento da mulher no posto de chefe do lar como uma conquista de lutas do feminismo. Contudo, deve-se perceber que, em muitos casos, o perfil de provedora do lar é assumido por conta de situações que indicam que a população feminina ainda encontra obstáculos na sociedade, tais como o desrespeito conjugal, as desigualdades da divisão sexual do trabalho (algumas profissões ainda continuam sendo consideradas próprias apenas para homens e outras, apenas para mulheres) e até mesmo a violência.

Links relacionados:

Mulheres independentes ainda assustam os homens?

Esposas como principais provedoras da renda familiar

Por Caio Barbosa e Tamires Peixoto

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Gravidez: emoções à flor da pele

Postado em 04 dezembro 2008 por Vanhise Ribeiro

“Uma hora você ri de tudo, outra chora sem parar… Esse turbilhão de atitudes indefinidas que aparecem de repente caracteriza a complicada gangorra de emoções durante a gestação”, afirma a psicóloga Lúcia Moreira.

Assim que muitas mulheres recebem a grande notícia: “deu positivo”, milhares de mudanças físicas e emocionais começam a se manifestarem. As conseqüências são muitas no cotidiano de quem partilha dessa experiência. Para não entrar em pânico ou deixar amigos, familiares e parceiros “enlouquecidos” é preciso compreender as inúmeras transformações no corpo e no humor.

Mariana Santos, 27anos, moradora da cidade de Muritiba, diz ter passado por muitas mudanças no seu comportamento desde que ficou grávida, mesmo na companhia de seu marido é comum sentir-se insegura. Um dia acorda alegre e acha a barriga o máximo, no outro não quer nem olhar e ver seu corpo em transformação, relata.

A respeito dessa declaração, a psicóloga explica as supostas causas dessa falta de segurança: “O humor das mulheres é bastante influenciado pelas alterações hormonais, a gestante apresenta alterações de vários hormônios no período da gestação, o que a torna mais sensível e instável emocionalmente”.

As alterações do formato do corpo, do peso e da imagem podem abalar a auto-estima. O medo do parto, das dores, das possíveis conseqüências pós-parto, principalmente para as gestantes de “primeira viagem”, além do receio de não dar conta do recado em ser mãe, profissional e mulher ao mesmo tempo, aumenta a insegurança.

De acordo com a médica Rita Leite do Hospital de São Félix, nesta hora vale contar com o apoio de todos os amigos e familiares. “É necessária a compreensão e ajuda dos que estão em volta, fazendo com que o ambiente seja o mais equilibrado possível para que a gestante tenha uma referência de estabilidade para se apoiar”, alerta.

A solução para alguns dos problemas na fase de gestação, segundo a ginecologista Marcela Bezerra da cidade de Salvador, é que a gestante deve aprender a aproveitar cada instante desse período sem ansiedades e curtir o momento da gravidez de forma tranqüila e prezeirosa.

Conversar bastante com o médico que acompanha o pré-natal, tirar dúvidas e ter diálogos com amigas e outras mulheres que já passaram pela gestação é essencial, pois estas podem dar boas dicas e oferecer um valioso suporte no dia-dia.

Por Aline Pires

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Quando a alegria de ser mãe vira um pesadelo

Postado em 04 dezembro 2008 por Tamires Peixoto

“Minha gravidez foi planejada, meu marido me deu apoio durante toda a gestação. O parto foi tranqüilo, mas depois do nascimento de minha filha me senti confusa, feia, gorda. Sentia-me sempre cansada, incapaz de dar conta das atividades domésticas e de cuidar da minha filha. Meu marido trabalhava durante o dia e eu ficava muito tempo sozinha, acho que esse fato piorou a situação. Cheguei a pensar que poderia machucar, e até mesmo matar minha filha. Perdi toda minha auto-estima. Achei que estava ficando louca”, relata a moradora de Cachoeira que preferiu não se identificar e iremos chamar de Maria.

Segundo o site ABC da saúde, a depressão pós-parto tem características semelhantes à de uma depressão comum, ou seja, a pessoa sente uma tristeza muito grande de caráter prolongado, com perda da auto estima, da motivação para a vida, podendo até mesmo tentar o suicídio.
Porém, ela não deve ser confundida com a chamada “blues post partum”. Esta seria uma forma mais leve e comum da depressão pós-parto. O “blues” se inicia nos primeiros dias após o parto e dura, no máximo, poucas semanas. Seus sintomas são tristeza e choro fácil que não impedem a realização das tarefas de mãe.
Quando os sintomas incluem perturbações de apetite e sono, fadiga e perda de motivação, vontade de chorar, sentimento de incapacidade, inutilidade ou culpa e, pensamentos de suicídio, o diagnóstico é o da depressão pós-parto, e a ajuda de um médico é necessária.
“Quando me dei conta que não estava bem, conversei com meu marido. Procuramos um médico, fiz terapia. Não precisei tomar remédio, o apoio da minha família e dos meus amigos foi fundamental para o meu tratamento. Hoje, minha filha está com três anos, e o que antes me afligia, hoje não me preocupa mais, estou curada.”, conta Maria*.
Outro sintoma comum da depressão pós-parto é a preocupação excessiva com a saúde do filho. Porém, nem todas as mães que desenvolvem essa característica, necessariamente desenvolvem a depressão. “Quando meu filho nasceu fiquei muito apegada a ele, não deixava ninguém chegar perto. Eu era uma leoa defendendo a cria. Fui um pouco exagerada nos cuidados. Superprotegia, mas nada que merecesse ajuda psiquiátrica”, afirma Marla Michelli Portela, estudante universitária.

Ouça o áudio com a entrevista da estudante Marla Portela.

Imagem retirada: http://novohamburgo.org/saude/img/9depre.jpg

Texto:Aline Pires 

Áudio:Gislene Mariano

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Registro de ocorrências não revela o verdadeiro panorama da Violência contra mulher

Postado em 10 novembro 2008 por Gustavo Medeiros

Após a promulgação da lei nº 11.340, ou Lei Maria da Penha, os registros de crimes cometidos contra a mulher em Cruz das Almas ainda são pequenos, mesmo a cidade possuindo um número maior de casos não registrados. Segundo a secretária de políticas especiais do município, Rita Leone, o medo faz com que as vítimas não denunciem os seus agressores. Segundo ela, a função da secretaria, neste sentido, é atender os casos e encaminhar para o setor jurídico da prefeitura que tratará do assunto. “Só tem seis casos registrados pela secretaria, mas o universo é maior”, afirma. Além disso, a secretaria implementa ações para conscientizar as mulheres, como palestras e seminários em parceria  com as polícias militar e civil.
Rita lamenta o fato de não ter uma delegacia especializada em crimes contra mulher (DEAM), nem centros de referência no município que disponha de profissionais, o que facilitaria muito para quem foi agredida por seus parceiros, nos casos de violência doméstica.

LEI MARIA DA PENHA: Promulgada em 2006, a Lei Maria da Penha é um marco e um direito conseguido pelas mulheres. Esta lei cria mecanismos para coibir qualquer tipo de violência contra a mulher de acordo com os termos criados pela constituição federal de 1988.

Veja o portal que analisa violência contra a mulher

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres promove a campanha nacional “Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres”. A iniciativa busca um diálogo específico com os homens e a idéia é que as assinaturas sejam recolhidas, até o dia 6 de dezembro, dia de Luta dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A campanha é dirigida ao público masculino que pode contribuir com a assinatura acessando o site http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br/ .

Para mais informações acesse::http://www.ufrb.edu.br/linkreconcavo/?p=294

Por Gustavo Medeiros e Orlando Silva

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Quando o amor acaba

Postado em 04 novembro 2008 por Maiane Matos

Segundo o IBGE, em 2007 o índice de divórcio no Brasil foi o maior dos últimos dez anos, 7,7% dos casais separaram-se. Pesquisas comprovam que a separação é a última decisão tomada por um casal. É a saída encontrada quando não existe mais salvação para o casamento. O amor acabou, as brigas tornaram-se freqüentes, as cobranças são intensificadas e a responsabilidade, que deveria ser dividida entre o homem e a mulher, começa a recair sobre os ombros de uma das partes, que na maioria das vezes é a mulher. Esses são alguns dos motivos que levam ao desgaste do relacionamento.

As pesquisas do IBGE apontaram como causa desse aumento deve-se ao ingresso da mulher no mercado de trabalho e a mudança da legislação brasileira, a qual facilita a dissolução de casamentos pelo divórcio direto e a separação judicial.

Em São Félix, o número de casais divorciados é significativo e as mulheres além de mães e donas de casa, assumem o papel do “homem da casa”, antes desempenhado pelos maridos. São fortes, lutadoras e determinadas, porém, mesmo assim se omitem quando alguém questiona o motivo da separação.

M.V.R., 54 anos, divorciada, afirmou que um dos principais motivos da sua separação foi a falta de responsabilidade do seu parceiro. “Ele era preguiçoso, e queria acabar com o que eu tinha, jogava toda a responsabilidade nas minhas costas”. O casamento de M.V.R., segundo ela, começou de forma errada. Casou-se contra a própria vontade, apenas para agradar a família, afinal, ela não gostava do seu cônjugue como marido, e sim como amigo. “Eu não sei como vivi seis anos com ele. Tivemos três filhos e o caçula,  nunca teve uma aproximação maior com o pai. Ele nunca procurou os filhos, eu que ia procurá-lo”.

Caso semelhante é o de M.L.S.M., 45 anos, separada do primeiro marido. “Não sei como eu casei. Era muito jovem e tudo aconteceu muito rápido. Eu não gostava dele como deveria”. Ela tem dois filhos e explica que sentiu algo mais forte pelo seu esposo quando nasceu sua primeira filha. Porém, o casamento só durou cinco anos. “Depois da separação, não tive mais nenhum contato com ele, e não faço questão de ter. Passei por muitos problemas. Casei novamente e vivo feliz com o meu companheiro”, diz.

As duas mulheres possuem casos semelhantes e afirmam que ser pai e mãe, ao mesmo tempo é muito complicado. Não deixar os filhos sentirem falta do pai, não os deixar passarem por dificuldades, criá-los com muito carinho e amor, foi a luta incessante dessas mães. “O divórcio deve ser a última decisão tomada pelo casal. O sofrimento da separação atinge toda a família que cobra e pressiona o tempo todo, principalmente a mulher. Casar por casar sem nenhum sentimento concreto que una o homem e a mulher, não é bom. As conseqüências, muitas vezes, são desagradáveis”, conclui M.L.S.M.

 

Por Maiane Matos

 

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Presença feminina na Câmara Municipal de Cruz das Almas.

Postado em 23 outubro 2008 por Patrícia Neves

A câmara municipal de Cruz das Almas foi renovada para 2009. Apenas um dos dez vereadores se reelegeu.

Dentre os novos vereadores apenas uma mulher foi eleita, repetindo o resultado da eleição passada.

Margarida Carvalho era a única vereadora na bancada da câmara, candidata a prefeita este ano, termina seu mandato em dezembro.

Quem assume o posto de única mulher no poder legislativo de Cruz das Almas é Dra. Lenina (PSDB), médica da cidade e filha da ex-vereadora Dra. Rilza.

Lenina se elegeu em segundo lugar no quadro geral, com 1.438 votos.

A médica não foi encontrada por nossa reportagem para falar sobre sua vitória nas urnas.

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