Postado em 11 agosto 2011 por Gustavo Medeiros
Postado em 09 dezembro 2009 por Gustavo Medeiros
A Secretaria Municipal de Políticas Especiais promove no próximo dia 17 de dezembro, às 19h, na Creche Zulmira da Cruz Silveira, no distrito da Sapucaia em Cruz das Almas, a palestra Por Uma Vida Sem Violência. A palestrante será a secretária Ilza Francisca da Cruz.
Voltada ao público feminino, a palestra aborda assuntos como a violência doméstica que vitima mulheres de diversas classes sociais. O encontro também pretende mostrar às participantes a importância da auto-estima e de conhecer a Lei Maria da Penha, sancionada pelo presidente Lula em 2006.
A lei cria mecanismos para coibir e punir pessoas do âmbito familiar e doméstico que cometem agressões contra as mulheres. O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha, que sofreu duas tentativas de assassinato de seu ex-marido. Na primeira ele deflagrou dois tiros, deixando-a paraplégica, e na segunda tentou afogá-la.
O agressor só foi julgado 19 anos depois, ficando apenas dois anos em regime fechado. Em 2008, conforme números divulgados pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do governo federal, houve 269 mil casos de agressões ou relatos de violência contra as mulheres.
Outro dado fornecido pela Secretaria é a quantidade de atendimentos realizados pela Central de Atendimento a Mulher, que funciona 24 horas por dia, inclusive feriados,através do numero 180. De abril de 2006 a outubro de 2009 a Central recebeu 791.407 chamadas.
A palestra organizada pela Secretaria de Políticas Especiais faz parte da Campanha dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero. A mobilização internacional, criada em 1991, acontece todos os anos de 25 de novembro a 10 de dezembro.
Por Maurício Medeiros
Postado em 20 novembro 2009 por Gustavo Medeiros
A Secretaria Municipal de Políticas Especiais promove no próximo domingo (22/11), a partir das 09h, na Praça Landulfo Alves, no bairro da Suzana, a IVª Edição do Concurso da Beleza Negra. O evento, realizado desde 2006, faz parte das comemorações do Mês da Consciência Negra no município.
A Secretaria recebeu a inscrição de 12 candidatos, 10 mulheres e dois homens. Em 2009 o concurso tem o formato diferente dos realizados em anos anteriores. Os concorrentes serão responsáveis pela própria produção, desde a escolha da indumentária até a preparação de cabelos e maquiagens. O vencedor do concurso participa dos materiais publicitários elaborados para a campanha de 2010.
Os candidatos serão julgados pelos integrantes do Conselho de Promoção da Igualdade Racial. Aparência, trajes, desenvoltura, beleza e discurso racial são os aspectos levados em conta na hora do julgamento para a escolha da beleza negra deste ano.
A Secretaria de Políticas Especiais também reservou apresentações com grupos de hip hop, samba de roda, dança de rua e shows com o cantor soteropolitano Dado Brazzaville, Banda Ágora, Cássia Maria e Mega Star.
Por Gustavo Medeiros
Postado em 13 novembro 2009 por Gustavo Medeiros
A Secretaria Municipal de Políticas Especiais de Cruz das Almas inscreve até a próxima quinta-feira (19/11) as interessadas em participar do Concurso da Beleza Negra 2009. Mulheres de qualquer idade podem se inscrever. Continue Lendo
Postado em 11 setembro 2009 por Tamires Peixoto
Cresce o número de mães solteiras no Brasil, apesar da redução dos números de filhos por mulher. A tensão é ainda maior quando as futuras mamães são “meninas”, entrando na fase da adolescência ou já adolescentes.
Segundo site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil, 27,4% entre os 328 mil jovens, mulheres, de 15 a 19 anos, são responsáveis pelos domicílios, principalmente nas áreas mais carentes. Houve um ligeiro aumento na proporção de meninas de 15 a 17 anos de idade com filhos, de 2004 para 2005, de 6,8% para 7,1%. Esse aumento ocorreu principalmente no Norte (1,6 ponto percentual) e Nordeste (0,5 p.p.).
Amadurecimento precoce, perda de espaço, de desenvolvimento, o estudo é deixado para segundo plano e os sonhos de conquistas, muitas vezes, são interrompidos. Além disso, o estado emocional dessas meninas – mulheres é intensamente abalado.
Na cidade de São Félix, a situação não é diferente. O número de mulheres que tiveram filhos, precocemente, e que assumiram a responsabilidade sobre as crianças “sozinhas”, sem ajuda dos parceiros é significativo.
“O destino pregou essa peça em mim. Não é nada do que eu planejei, não é nada do que eu esperava”, relata Jéssica Samile da Silva Martins, 18 anos, moradora de São Félix e mãe aos 17. Jéssica encontrou na sua família, o apoio emocional e financeiro necessários para enfrentar essa fase turbulenta de sua vida. “Se eu não tivesse minha família ao meu lado eu não sei o que seria de mim. É muito difícil ser mãe solteira”, acrescenta. Além disso, o pai do seu filho não ajuda nas despesas da criança. Nairobi Chaves Cerqueira, 21 anos, também tem uma história parecida. Engravidou aos 17 anos e só conviveu com o pai de sua filha 10 meses após o nascimento da criança. “Cada um foi para o seu lado, não dava mais certo ficarmos juntos, mas ele continuou com a obrigação dele de pai e eu com a minha de mãe. Não reclamo de nada, tenho minha família ao meu lado. Minha filha veio na hora certa e só trouxe coisas boas pra mim, ela é tudo na minha vida”, comenta Nairobi.
Cobrança da família em casa, repudio da sociedade lá fora. Esse também é um dos obstáculos que as mães solteiras enfrentam, seja na vida profissional, seja na reconstrução de um novo relacionamento ou nas amizades. “No começo minha mãe me colocou pra fora de casa. Engravidei por descuido, tinha apenas 14 anos e o pai do meu filho era casado e eu não sabia. Minha família ficou revoltada, principalmente por que eu era muito nova”, diz Lílian da Silva Pedreira, 24 anos, mãe há nove anos.
Lílian sofreu muitos preconceitos por todos os lados. Chegou a não querer pegar o seu filho nos primeiros meses por medo. “Sofri demais. Na escola armaram uma cadeira quebrada para mim, eu sentei e cair. A minha barriga feriu e quase foi aberta. Minhas amigas se afastaram de mim. As mães proibiram que elas andassem comigo. Falavam que eu iria colocá-las a perder”, completa.
Ser mãe solteira atrapalha o lado amoroso, afirma as entrevistadas. A insegurança e o receio de “começar de novo”, está presente na vida dessas mulheres. Jéssica Samile admite que será complicado encontrar um outro namorado. “Eu e o pai do meu filho brigamos muito. E ele não quer que eu me relacione com outra pessoa”, conclui. Nairobi afirma que namora, mas não se vê morando com outra pessoa. “Não pensei ainda em um relacionamento profundo. Tenho receio por causa da minha filha. Se fosse menino seria diferente. A gente nunca sabe o que está passando na mente da outra pessoa. Ela vai crescer, vai despertar. E eu fico pensando: será que ele vai abusar da minha filha?”, relata.
“Se você é casada e contrata uma pessoa para trabalhar em sua casa e essa pessoa é mãe solteira, você não vai confiar nela. Vai sempre querer que ela fique longe do seu marido, pensando que ela vai dar em cima dele. É assim que acontece comigo”, observa Lílian. E continua: “Na construção de um outro relacionamento atrapalha também, por que não são todos os homens que aceitam o filho de outro homem. Aí reclama o tempo todo, muitas vezes quer maltratar o filho da gente e a gente que é mãe, sente um bocado. Desse jeito, não tem como ficar com ninguém”.
Com tudo isso, todas elas são muito felizes do jeito que vivem. Amam os seus filhos e fazem tudo por eles. O instinto materno é ainda mais forte. Sendo solteiras, casadas, divorciadas e viúvas, todas possuem algo muito forte em comum. Acima de tudo são verdadeiramente mães.
Maiane Matos
Postado em 10 setembro 2009 por Gustavo Medeiros
O CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) formou na última quarta-feira (08/09) 18 alunas que concluíram o curso de bordado mix. Voltado apenas às beneficiárias do Programa Bolsa Família, as aulas começaram em abril e tiveram a duração de quatro meses.A intenção é capacitar as alunas com subsídios práticos para que possam ser inseridas no convívio social e proporcionar melhorias na auto-estima, uma vez que boa parte delas possuem probelmas vinculados a depressão.
Durante o curso, as beneficiárias aprenderam a fazer três tipos diferentes de bordados: ponto matriz, bordado em fita e macramê. A partir do que foi aprendido nas aulas, as alunas confeccionam bolsas, toalhas, panos de prato e lembranças que podem ser feitos sob encomenda e ajudam na geração de renda.
Após a conclusão do curso, as futuras artesãs recebem um portfólio com uma mostra dos trabalhos produzidos e são encaminhadas para o Grupo de Inclusão Produtiva, onde aprendem a lucrar com a venda dos produtos confeccionados.
Além do curso de bordado mix, o CRAS oferece para os usuários dos programas sociais cursos de corte e costura, pintura, crochê, violão e canto. No centro também acontece o Projovem Adolescente e os grupos de Convivência Familiar, Sócio-Educativo Infantil e de Inclusão Produtiva.
Para saber mais sobre o que acontece no CRAS é só entrar em contato pelo telefone (75) 3621-5255, ou então se dirigir a Rua Otavio Mangabeira s/n no bairro do Itapicurú em Cruz das Almas.
Por Gustavo Medeiros
Postado em 24 agosto 2009 por Gustavo Medeiros
Cruz das Almas recebe no dia 03 de setembro o Seminário Regional Entendendo e Implementando Políticas de Estado para Mulheres. O evento acontece na Câmara de Vereadores, a partir de 08h.
Fechado às cidades que fazem parte da NIPOMUR (Núcleo Intermunicipal de Políticas para Mulheres do Recôncavo) o encontro vai servir para os prefeitos assinarem o convênio de contrapartida dos municípios na manutenção do Centro de Referência da Mulher, que tem previsão de ser inaugurado no próximo mês de dezembro, em Cruz das Almas.
O Centro vai contar com advogado, defensoria, psicólogo e assistente social. “Elas agora terão a quem recorrer. Não será apenas a denúncia de violência que será feita. Haverá uma estrutura para o atendimento”, comemora Ilza Francisca, secretária de Políticas Especiais.
O Seminário vai contar com as palestras de Luíza Barrios, secretária estadual de Promoção da Igualdade (SEPROMI), Dra. Cléia Santos, procuradora do Estado e Dra. Márcia Teixeira, promotora do Estado.
Por Maurício Medeiros
Postado em 17 julho 2009 por Gustavo Medeiros
Com o tema A Participação da Mulher na Construção da História de Cruz das Almas, a Secretaria Municipal de Educação faz uma homenagem às mulheres no desfile cívico do dia 29 de julho. O objetivo é contar a formação da sociedade cruzalmense através da presença feminina.
As 45 escolas e nove creches se dividem em oito grupos temáticos para apresentar, através de stands expositivos e desfiles, a participação efetiva das mulheres na história do município. Fotos, painéis informativos e maquetes ficam expostos na Praça Senador Themístocles, em frente ao Paço Municipal, no dia 29 de julho.
Também participam do desfile as escolas estaduais, particulares, fanfarras das cidades vizinhas de Muritiba e Castro Alves, os Tiros de Guerra de Cachoeira e Nazaré, além da banda de música do 19º Batalhão dos Caçadores. A Secretaria da Saúde vai montar um stand sobre a saúde da mulher.
O projeto do desfile contou com a colaboração das matriarcas de cada comunidade do município, artistas, historiadores e as operárias da indústria fumageira. Os estudantes se mobilizaram para pesquisar sobre a participação feminina na sociedade. “Houve uma aceitação muito boa por parte dos alunos”, afirma a secretaria de educação, Ana Alice Teixeira.
Ana Alice também destacou a importância de prestar uma homenagem às mulheres no dia em que o município comemora 112 anos de emancipação política. “O nosso objetivo é favorecer uma reparação histórica e as mulheres assumem um papel importante na nossa sociedade”, garante a secretaria.
Por Gustavo Medeiros
Postado em 19 janeiro 2009 por Coordenador
Muitos especialistas já disseram que menopausa não é problema, más sim “um fenômeno biológico que coincide com uma proporção de doenças, porque coincide com o envelhecimento, com a maturidade”, afirma a ginecologista Rosana Azevedo, de Salvador.
Segundo a médica, muito antes do que se imagina, já temos a presença do climatério, que antecede a menopausa. Ele começa a se manifestar a partir dos 35 anos. É o período em que a produção de hormônios diminui, e começa as várias modificações no organismo. Estes sintomas fazem parte da vida de muitas mulheres, como é o caso de D. Cleuza Oliveira da rua da feira, 52 anos, que já está convivendo com essas mudanças biológicas e emocionais: “uma hora eu sinto um calor intenso, outrora fico aflita e muito estressada, além de minha menstruação demorar vários dias a mais para ir embora”.
A menopausa é um período em que a menstruação já cessou. Durante esse período, os ovários gradualmente passam a produzir menos hormônios sexuais como o estrogênio, que é fundamental para o desenvolvimento dos órgãos femininos, além de afetar os aspectos emocionais da mulher, e a progesterona que tem a função de controlar a menstruação, afirmou Azevedo.
A fase da menopausa tende a causar grandes mudanças na saúde e no comportamento das mulheres, pois as suas funções vitais estão sendo perdidas. Os sintomas mais comuns são os fogachos (calorões), suor em excesso, cefaléia, pele ressecada entre outros. Também como a perda da capacidade de reproduzir, é notório que o apetite sexual também desapareça nesta fase.
Há também casos em que as mulheres menopáusica passam a sentir maior vigor e melhora na vida sexual, pois seu orgasmo pode ser mais intenso, devido às terminações nervosas estar muito mais à flor da pele, além de não temer mais com a possibilidade de uma gravidez indesejada e de não ter mais o período menstrual. Esse momento passa a ser sublime para muitas mulheres que experimentam um reflorescimento da vida sexual.
Segundo o ginecologista Evandro Machado de Salvador, que atende na Santa Casa de Cachoeira, não há relação entre a primeira menstruação e a idade da menopausa. Portanto muitas mulheres podem começar a sentir manifestações de sintomas específicos da menopausa muito cedo. O ideal é que assim que for constatada a presença desses sintomas, a mulher deve procurar o seu ginecologista, para cuidar e lhe guiar durante essa trajetória inevitável que o órgão feminino deve passar.
por Aline Pires
Postado em 06 dezembro 2008 por Tamires Peixoto
Bárbara Pedreira, 53 anos, moradora de São Félix, vive com o filho e separou-se do marido, por causa da infidelidade dele. Ela conta que só conviveu com ele enquanto esteve grávida. Quando a criança nasceu, há treze anos, o marido passou a ter um outro relacionamento e saiu de casa.
O filho recebe uma pensão alimentícia do pai. No entanto, Bárbara, que é funcionária pública, sustenta a casa sozinha. Isso já ocorria mesmo quando estava casada, pois o marido gastava toda a sua renda com a amante. As irmãs que moram no Rio de Janeiro sempre ajudaram nas despesas. Ela diz que nunca faz o que não tem condições, e demonstra ser bem controlada financeiramente.
Bárbara conta que não sente falta do marido e que, depois dele, não se relacionou com mais ninguém. Ela se queixa do desrespeito dos homens. Prefere ficar sozinha. “Meu filho sente falta da presença do pai, mas eu tento preencher esse vazio”, comenta.
“As estatísticas (…) (IBGE, 2002) revelam que 24,9% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. A maior concentração está nas camadas mais pobres da sociedade, onde as condições precárias de vida, evidenciadas pelo desemprego ou subemprego dos companheiros ou a própria condição de mães solteiras, separadas ou viúvas as conduzem ao mercado de trabalho em situações que vão desde o compartilhar até responsabilizar-se sozinhas pela manutenção da casa” (Mary Alves Mendes).
Rejane Conceição, 44 anos, tem um namorado há dois anos. Contudo, ele se envolveu com uma outra mulher e ela engravidou. Desde então, as despesas da casa passaram a ser de responsabilidade de Rejane. O sustento vem de uma pensão do falecido pai e de um primeiro marido, também falecido, com quem teve dois filhos. Rejane já trabalhou em casas de família. O interessante do caso de Rejane é que ela parece complacente com situação, não se queixando tanto do fato de dividir o namorado com outra mulher. Ela brinca, dizendo que será uma outra pessoa em 2009.
Muitos estudos consideram o posicionamento da mulher no posto de chefe do lar como uma conquista de lutas do feminismo. Contudo, deve-se perceber que, em muitos casos, o perfil de provedora do lar é assumido por conta de situações que indicam que a população feminina ainda encontra obstáculos na sociedade, tais como o desrespeito conjugal, as desigualdades da divisão sexual do trabalho (algumas profissões ainda continuam sendo consideradas próprias apenas para homens e outras, apenas para mulheres) e até mesmo a violência.
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Por Caio Barbosa e Tamires Peixoto